Depois de uma primeira parte bastante interessante, Fate Zero teve, nesta segunda metade, a oportunidade de se afirmar como uma produção de grande qualidade. As expetativas criadas pelos fãs após a visualização dos 12 episódios iniciais subiu vários patamares, e portanto, vamos já de seguida descobrir se a série conseguiu corresponder às exigências apresentadas.
Antes de começar com a análise em si, quero apenas chamar à atenção de que a mesma vai ser um pouco mais curta e diferente das habituais. Esta temporada número dois é a continuação da história introduzida neste artigo, que viu o seu elenco permanecer inalterado, de maneira que optei por reformular os nomes dos tópicos e proporcionar-vos uma análise diferente. Fica o aviso!
Fate Zero vs Fate Zero 2
Se a série que marcou a adaptação desta obra para o ecrã teve como principal objetivo dar-nos a conhecer as identidades e os elos de ligação que as várias personagens tinham umas com as outras, em Fate Zero 2 esperava-se o salto para o passo seguinte, ou seja, para a verdadeira ação. Nos primeiros episódios já tinhamos assistido a alguns combates bastante interessantes, mas sempre com os diálogos longos a tomarem conta dos vários capítulos.
Acontece que, infelizmente, as coisas não se inverteram. No regresso ao ecrã, este anime surgiu com excelentes capítulos de ação como se esperava, mas ao fim de três episódios quebrou completamente o ritmo e entrou outra vez em extensos diálogos, desta vez com o acréscimo das viagens ao passado de determinadas personagens. Com tantos Masters e Servants na luta pelo Cálice Sagrado, os fãs ficaram eternamente à espera dos duelos que apenas surgiram na reta final da série. Mesmo o último capítulo, onde se esperavam grandes coisas, foi uma tremenda desilusão. No entanto, tem a sua razão de ser. Fate Zero antecede a história do anime produzido em 2006 chamado “Fate/stay night”, facto que fez o episódio final funcionar como uma introdução ao que se passa a seguir na obra original.
Falando agora um pouco dos combates em si, estes mantiveram a grande qualidade gráfica a que desde cedo nos habituamos. Todavia, para além de já serem poucos, a maioria dos confrontos pecou pela sua longevidade reduzida. Particularmente no que diz respeito aos Servants, vemos alguns de nível médio/alto de importância desaparecerem tão rapidamente que quase nem nos damos conta. Ora isto não faz muito sentido quando nos lembramos dos embates da primeira parte e constatamos que a maioria sobreviveu a duros testes, para agora perderem duelos quase num abrir e fechar de olhos. Este aspeto certamente que foi uma verdadeira desilusão para a maioria (se não para todos!) os espetadores da série.
A fechar este tópico, quero referir mais uma vez a excelente qualidade gráfica de Fate Zero, fator que se revelou super importante naquelas cenas mais intensas. Diria mesmo que se tornaram arrepiantes dado o elevado nível de detalhe dos desenhos das personagens e claro, o ritmo lento que lhes foi aplicado também ajudou bastante. Falo concretamente de situações de alto nível emocional, passadas fora dos combates, que pouco se viram em Fate Zero (1).
Fate Zero 2 | Juízo Final
Resumindo, esta segunda metade manteve a identidade da primeira quando não era isso que se pretendia. Continuamos a ter muito mais conversa e menos ação do que aquilo que se fazia prever, para além de que algumas batalhas duraram muito pouco como já referi.
Estes dois pontos foram, a meu ver, as grandes falhas de Fate Zero 2. Estamos a falar da reta final de uma série repleta de personagens com míticos poderes, e como tal não passa pela cabeça de ninguém assistir a uma fase terminal abundante em discursos e pobre em confrontos entre rivais.
Como diz um provérbio português, “quanto maior o pau, maior é a queda”, e isso foi precisamente o que aconteceu com Fate Zero 2. Criou muitas expetativas com a primeira série, para depois não cumprir com elas no sprint final. Ou das duas uma, ou cingiam-se ao mais importante nestes 25 episódios e aperfeiçoavam as lutas, ou então aumentavam o número de capítulos do anime, para assim exibirem tudo aquilo que desejavam. Não aconteceu nem uma coisa nem outra, acabando Fate Zero muito longe daquilo que se podia ter tornado, isto é, uma das melhores séries de sempre!
Fate Zero 2 | Trailer
Análises
Análise de Fate/Zero 2
Uma produção que, acima de tudo, defraudou as altas expectativas criadas pelo enredo ao longo da sua prequela.
Os Pros
- A banda sonora.
- A arte.
- A animação.
Os Contras
- Momentos de acção com tempo de transmissão abaixo do expectável.
- Diálogos demasiado longos afectaram, negativamente, o ritmo da série.