Transmitida nas televisões nipónicas durante o verão de 2013, “Senki Zesshou Symphogear G”, sequela de Senki Zesshou Symphogear, tinha como grande objectivo ser melhor do que a série anterior. Como tal, mais 13 episódios foram exibidos, e agora cá estou eu para dizer se surgiram melhorias ou não.
A História
Depois de Tachibana ter conquistado a confiança de Tsubasa a muito custo, as duas estão mais preparadas do que nunca para enfrentarem os Noise. Mas não são as únicas! Chris Yukine, personagem com quem esta dupla mediu forças no final da primeira temporada, também se juntou à comitiva, pelo que dá a ideia de aqui se ter formado um trio imparável.
No entanto, desta vez o grande problema da Mobile Disaster Response Corps não será os Noise, mas sim outros adversários que vão por em causa a capacidade de combate destas jovens guerreiras e dos seus equipamentos especiais, os Symphogears.
Falo de um outro trio de Symphogears comandado por Maria Cadenzavna Eve, do qual também fazem parte Kirika e Shirabe. Com os Noise sobre controlo, Maria declara guerra contra o mundo e, inevitavelmente, contra Hibiki e companhia. Mas desde cedo que há muito mistério em torno de Maria Cadenzavna, tanto a nível das suas intenções como de relacionamentos. Como se costuma dizer, nem tudo é o que parece.
Ambiente e Enredo
Como já era de esperar, a música e os combates continuam inseparáveis nesta série, ou seja, as Symphogears, se assim lhes podemos chamar, cantam durante as batalhas que disputam e iniciam as suas transformações por intermédio desta arte. Se bem que a qualidade das músicas poucas vezes excede o satisfatório.
Por seu lado, a história está ligeiramente mais interessante, particularmente pelo facto de os Noise saírem um pouco de cena. Sem dúvida que é mais agradável ver uma luta entre duas guerreiras detentoras de Symphogears, do que ver uma ou mais a lutarem contra criaturas pouco atractivas como é o caso dos Noise.
Além disto, de notar que há um pouco mais de suspense em algumas alturas da história. Percebe-se que o enredo desta segunda temporada foi construído com esse objectivo em mente. Nem sempre correu bem, pois em algumas cenas é previsível o que vai acontecer, mas na maioria das situações esse objectivo foi conseguido.
Este mesmo enredo está mais coeso do que nunca. Aconteça o que acontecer, o centro de ação não sai de um restrito lote de personagens que cedo são apresentadas, pelo que é fácil acompanhar o fio de história.
A exemplo da primeira série, a qualidade gráfica continua a ser soberba. Seja a nível de planos de fundo, personagens, transformações das Symphogears ou efeitos de combate, tudo está excelente.
As Personagens
Com um novo trio em destaque nesta segunda temporada, chegou precisamente a altura de conhecerem melhor as personagens que o constituem.
Maria Cadenzavna Eve é a principal protagonista deste grupo, pois é quem dá a cara ao mundo exterior pelo trio e respectiva organização que representa. Incumbida de uma grande missão por parte dos seus líderes ocultos, a jovem vê-se obrigada a assumir uma personalidade que não é a sua. Uma responsabilidade que lhe vai trazer muitos problemas e fazer “saltar” para o exterior a sua verdadeira personalidade, perdendo algum antagonismo.
Kirika Akatsuki é uma das guerreiras que acompanha Maria nas várias batalhas travadas contra Tachibana e amigas. Apesar de ser bastante alegre e com grande capacidade para incentivar as suas companheiras, Kirika é, em contra-partida, alguém que acredita muito nos ideias que defende, podendo chegar a questionar as fortes relações de amizade previamente estabelecidas caso as linhas de pensamento de ambas as partes sejam divergentes.
Shirabe Tsukuyomi é provavelmente a mais sensível das três e com maior probabilidade de ser influenciada por outras partes. Sempre pronta a ouvir e a ajudar aqueles que lhe são próximos, Shirabe é capaz de pôr em causa as ideias que defende se encontrar razão para isso. O seu Symphogear é o mais peculiar de todos.
Juízo Final
Após esta análise a “Senki Zesshou Symphogear G”, o que me parece é que a série melhorou ligeiramente em alguns aspectos. De facto, não há nenhum em que tenha piorado, mas ainda não está apta para dar o salto que a coloque entre as obras de maior qualidade e parece-me complicado que isso alguma vez venha a acontecer.
Ainda que uma terceira temporada já tenha sido confirmada, há características na série que dificilmente vão mudar e que por si só não têm potencial para chocarem o espectador, isto é, para o agarrem ao ecrã e não mais quererem largar o anime. É o caso da grande protagonista da história, Hibiki Tachibana, que não é uma personagem tão chamativa quanto isso, e do próprio enredo. De tão coeso que está, fica a ideia de que independentemente do que se passar daqui em diante, tudo vai girar em torno do mesmo, isto é, de guerreiras equipadas com poderosos Symphogears e das criaturas Noise.
Algo que me deixa também um pouco reticente é o facto do elenco principal ser exclusivamente feminino. Por esta razão, sou levado a crer que aqui se perde algum público masculino, que poderia ser conquistado caso surgissem duas ou três personagens masculinas que causassem algum impacto. Não necessariamente com Symphogears visto que dessa forma o mais certo era não assentar bem na produção, mas com um outro tipo de influência, despontada pelos criadores, algo de bom poderia surgir.
Eu, que vi todos os episódios, sou capaz de reconhecer o seu valor enquanto produção de anime. Todavia, se me perguntarem se achei o tema atrativo ou o modo de concepção de Senki Zesshou Symphogear, diria: “não propriamente”, visto que não se enquadra no meu estilo.
Só para terminar, e antes de vos deixar com um trailer desta segunda série da obra, quero reforçar o elogio que fiz previamente à qualidade gráfica, pois nesta vertente a obra está realmente no topo.
Senki Zesshou Symphogear G – Trailer
Análises
Senki Zesshou Symphogear G
Ainda que de forma pouco significativa, todos os aspectos melhoraram ligeiramente em relação à prequela, pelo que os apreciadores desta história têm todos os motivos para continuarem a acompanhá-la.
Os Pros
- Arte visual.
- Animação.
Os Contras
- Nada de relevante a apontar.