Atenção
- Esta lista trata-se de uma compilação de primeiras impressões das estreias da Shounen Jump deste ano de 2018;
- É uma lista pessoal, pelo que os comentários e a sua seleção foram com base nos meus gostos;
- Os mangas não estão ordenados por ordem de preferência;
- Se quiserem ver mais opiniões sobre manga sigam a rubrica Noites de Manga.
Mangas 2018 Shonen Jump Parte 1 – Raquel Cupertino
Tudo começou com a estreia – fracassada – de Bozebeats. Um manga que me despertou a atenção – sobretudo pelo design – e que misturava conceitos de várias das minhas obras preferidas, com uma componente de mistério acima da média.
A premissa gira em torno de um universo parecido com o de Ao no Exorcist, onde espíritos existem e a acumulação de espíritos negativos pode levar a consequências desastrosas. Com um cheirinho de Shaman King (admito que foi a primeira associação depois de ver aquela espécie de Japamala budista), Bozebeats criou um universo bastante interessante dentro do, já gasto (mas sempre amado), folclore místico japonês.
Escusado será dizer que fiquei desolada quando, logo após o terceiro capítulo, vejo o manga a acelerar desastrosamente no enredo. Fui pesquisar: obra descontinuada…
Ryouji Hirano – Um nome a fixar na Shounen Jump…
Sem vos querer spoilar, este manga tinha o potencial de ser um Tokyo Ravens (anime) bem escrito. Em termos de componentes dramáticas Bozebeats assemelha-se muito a Code: Breaker, mas sem aquela espécie de miscelânea dramática de personagens que nos faz gritar “too much mexican drama“. Para piorar a frustração, o artista é incrível!
Vejam-me a qualidade com que este reproduz expressões (sem falar do pormenor das imagens acima):
Ryouji Hirano é indubitavelmente um autor promissor! Quem sabe o vejamos em breve… ou até mesmo num remake!
E foi nesta onda de frustração que dei início à minha exploração de “obras shounen com estreia em 2018”.
Ziga – Kentarou Hidano (Arte), Rokurou Sano (História)
Ziga teve desde logo uma entrada triunfal! Aquele primeiro capítulo foi digno de The Promised Neverland, uma construção arrepiante do capítulo para chegar a um clímax arrebatador.
Não sei se é pela veia saudosista ou orgulho nacionalista, a verdade é que este Godzilla aprimorado conseguiu encher o ecrã. Pessoalmente não sou fã de nada que envolva Godzilla. Censurem-me, consigo lidar com isso, mas juro que não faz parte do meu cardápio de maravilhas literárias e cinematográficas.
Ainda assim, Ziga captou a minha atenção, mesmo tendo o capítulo 3 me dado voltas ao estômago com toda aquela semelhança com Owari no Seraph. Mas… vamos ser otimistas e esperar pelo melhor. A premissa é boa, a versão “cientista maluco” do Neuro, de Majin Tantei Nougami Neuro, é intrigante e os elementos sobrenaturais de sci-fi são bastante originais.
Este é o tipo de obra que sugiro que leiam sem saberem de nada. Felizmente comecei a ler sem sequer ler a sinopse. Saibam apenas que há um Godzilla badass pelo meio!
Jujutsu Kaisen – Akutami Gege (Arte e História)
Destas minhas 3 descobertas, Jujutsu Kaisen foi a minha preferida. Dentro do estilo de Bozebeats, Jujutsu Kaisen não é, de todo, o manga com a arte mais bonita ou polida, contudo, achei a premissa bastante interessante. Uma espécie de sucessor espiritual de Bleach.
Escusado será dizer que adoro shounen do género sobrenatural e demónios.
Como fã de Beelzebub, a personalidade e aparência rebelde de Yuuji alimentou-me a expetativa de re-encontrar um shounen tão divertido e carismático quanto esse. No entanto, e felizmente, o manga parece-me fugir em grande escala da comédia sobrenatural. Em vez disso, parece que teremos um protagonista retirado de Bleach (com um cheirinho do Youkou de Smokin’ Parade) misturado com uma espécie de Kyuubi (de Naruto) lá no meio!
Não faz sentido? Ainda bem, não era a minha intenção spoilar!
A verdade é que trata-se de mais um universo tipo Ao no Exorcist ou Soul Eater, onde exorcistas treinados numa escola especial têm como missão destruir as curses. E mais não digo. Será um ver para crer e esperar que todo este potencial nos primeiros 3 capítulos faça jus no futuro!
E esta foi a minha primeira parte de uma “análise” aos lançamentos e obras da revista Shounen Jump, uma das mais emblemáticas e míticas revistas de shounen japonesas.
Claro que há imensos mangas sempre a estrear e outros a descontinuar ou terminar, não conseguirei acompanhar todos. No entanto, tentarei abordar aqueles que me chamarem mais a atenção ou que vocês sugiram! Logo estejam à vontade para deixar as vossas sugestões de manga para eu ler e comentar 😉
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