Produzida pela Lantis e Satelight, Nobunaga the Fool surge na temporada de inverno de 2014 e termina na temporada da primavera, sendo assim constituída por 24 episódios de 20 minutos.
Esta é logo à partida, uma obra que quis ser muito e de forma rápida. O seu desenvolvimento bem como a sua conclusão, levaram a que o pouco público que assistiu a esta obra se tenha dividido em dois lados bem opostos.
Nobunaga the Fool | A História
Existem dois planetas, o planeta Ocidental e o planeta Oriental. Estes dois servem de metáfora literal para aquilo que existe dentro do nosso. Ou seja, cada lado revela todos os seus costumes e culturas típicas, tal e qual como as conhecemos. A civilização, em tempos mais primogénitos, teve a sua época de ouro. No entanto, após um acontecimento invulgar, iniciou-se uma guerra sem fim não só entre os dois mundos, mas também dentro de cada mundo. O enredo segue a história de três amigos revolucionários que pretendem destruir a guerra e instalar a paz entre os dois planetas.
Nobunaga the Fool | Análise
A premissa é de longe algo novo. Contudo algo nos capta a atenção, e nesta obra em específico é o universo em si. Dois planetas diferentes que simbolizam as nossas diferenças culturais encontram-se em guerra, pode e devia ter sido criada uma história interessante dentro deste universo, mas não o foi. O enredo tenta esforçadamente ser tudo ao mesmo tempo. Não possui uma linha de história coerente, com um objetivo, acabando por se tropeçar nela mesma vezes sem conta.
Tenta ser Ecchi, Harem, Mecha, Shonen, Shoujo, por vezes Seinen, Comédia, Romance Histórico entre tantos outros estilos e elementos que o podem caraterizar. Colocar tantos géneros e demografias diferentes, adicionar personagens históricas marcantes com personalidades fortes, e por fim construir tudo isto sobre uma base de acontecimentos cliché consecutivos, não é (de longe!) a receita para um anime de sucesso qualitativo. Talvez para sucesso comercial funcione, mas não para sucesso junto dos verdadeiros fãs de Anime.
O character design é igualmente horrível, pouco detalhado e muito desproporcional ao longo de toda obra. A animação é muito pobre, fraca ao ponto de ser provavelmente uma das piores animações de 2014. Em contrapartida, é fácil visualizar onde se encontra todo e qualquer orçamento: na Animação 3D. Sendo este o único ponto pelo qual vale a pena dar uma vista de olhos à obra. As modelações dos Mechas são detalhadas, consistentes e até originais em muito aspetos. As animações das mesmas, apesar de se tornarem um pouco repetitivas, são agradáveis e com coreografias dentro da média de qualidade.
A banda sonora tem algumas composições que fortalecem muito ligeiramente a obra, que valem a pena ser ouvidas sozinhas, visto que a obra não as consegue acompanhar de forma alguma. Apesar tudo, o leque de músicas é tão escasso, que aquilo que outrora fora bom de ouvir, tornara-se cansativo.
Nobunaga the Fool | Juízo Final
Anacronicamente pretensioso, é talvez a melhor descrição que encontro para descrever a salada de elementos desconetados que é “Nobunaga the Fool”! Esta obra, é a combinação perfeita de aspetos narrativos pobremente escritos, animação a roçar o ridículo, personagens históricas reutilizadas e transformadas em personagens-tipo do mais básico que pode existir. Toda esta mixórdia de aspetos, transforma-se numa obra longa, aborrecida, desconexa e redundante a todos os níveis.
A quem recomendo esta obra? Eu não a recomendaria a ninguém, com uma ínfima quantidade de Anime e Manga de qualidade para serem assistidos, arranjar uma boa razão para colocar alguém a assistir a “Nobunaga the Fool” torna-se uma tarefa árdua. Ora, se simplesmente conseguem ver tudo e mais alguma coisa, esta obra preenche os vossos requisitos. Em contrapartida, e se procuram algo com um objetivo, recomendo esta obra a fãs de Mechas que tencionem ver lutas razoáveis com uso exclusivo da tecnologia CGI.
Trailer Nobunaga the Fool
Análises
Nobunaga the Fool
Esta obra é a combinação perfeita de aspectos narrativos pobremente escritos, animação a roçar o ridículo, personagens históricas reutilizadas e transformadas em personagens-tipo do mais básico que pode existir.
Os Pros
- Algumas sequências de determinadas batalhas
- Pormenores CGI
Os Contras
- Narrativa fraca, desprovida de qualquer tipo de nexo ou interesse