Título: Ajin
Adaptação: Manga
Produtora: Polygon Pictures
Géneros: Sci-Fi, Ação, Drama
Ficha Técnica: Disponível
Primeiras Impressões: Disponível
Ajin Primeira Temporada – Análise
“Yoru wa Nemureru kai?” – flumpool
– Ver ou Não Ver? –
Se viram o primeiro episódio e estão aqui para entender se devem ou não continuar, poupo-vos o tempo: nada muda. A história é sobre um rapaz inteligente que ganha poderes sobrenaturais. O desenvolvimento é sobre como ele aprende a controlar esta nova habilidade e como se vai livrando das mais variadas encruzilhadas.
A única coisa que não se consegue retirar do primeiro episódio é o tipo de abordagem. Ou seja, se vamos passar muito tempo com esta personagem ou não. Aqui encontrei algo de muito positivo, que não transpareceu no primeiro episódio. Apesar de ele ser a personagem principal passamos um bom tempo na companhia dos restantes protagonistas, o que acabou por transformar a narrativa em algo muito mais dinâmico.
Portanto, se gostaram do que viram no primeiro episódio, e este bónus também é do vosso agrado, podem continuar a ver, pois vão sentir um bom nível de entretenimento com muitos dos momentos que vos serão entregues. No caso de já terem torcido o nariz logo desde início, então acho que a série não tem nada para vos oferecer.
– Mais alguns Elementos de Interesse –
Ajin não tem camadas narrativas. Resume-se a uma série com sequências de ação, pinceladas com suspense muito bem executado, ao som de uma banda sonora que as intensifica da forma mais correta possível. Se procuram entretenimento deste género, estão na porta certa. É como quando estamos a comer um snack salgado, comemos um, comemos dois, enquanto estamos a comer às vezes sabe bem, outras vezes nem por isso, mas no final deixa sempre a pedir a próxima dentada. Ajin funciona da mesma forma: os episódios como um todo não são grande coisa, mas tem momentos que nos agarram a atenção, e o final de cada episódio compromete sempre o suficiente para que seja impossível resistir a ver o seguinte.
Outra coisa muito porreira que apreciei em Ajin é que a história não se foca de forma excessiva nos poderes, mas sim na consequência deles. Esta série realiza uma leve reflexão de como algo assim se comportaria no seio da sociedade contemporânea. Como lidaríamos com esta situação? Como é que as nações olhariam para este problema? Que tipo de dificuldades surgiriam nas personagens? Acaba por tratar assuntos muito próximos dos abordados no universo dos X-Men, mas de forma muito mais contida, inserida no contexto nipónico.
Além do paralelismo com X-Men, Ajin possui claras inspirações ocidentais e presta homenagens a diversas obras deste lado do oceano. Sendo que a certa altura o próprio antagonista se compara com um dos maiores vilões da História da literatura. Mais sobre isto não vou revelar, não vos quero, de maneira nenhuma, estragar o saboroso momento…
– Ajin precisava deste tipo de animação? –
Sim e não.
Os Ajins em si ficaram favorecidos, o resto nem por isso. Principalmente porque as personagens, dentro do género de thriller necessitam de uma boa dose de expressão facial, o que não foi conferido através da animação 3D. O framerate não sei se foi problema técnico ou limitação de transmissão televisiva, mas se considerar que foi escolha criativa, foi uma má escolha. A animação sem fluidez retira-nos daquilo que estamos a ver. O que é pena. Foi uma constante batalha entre a narrativa a puxar a nossa atenção e o fraco framerate a empurrar-nos para fora… Se virem alguns episódios seguidos os olhos lá se habituam e o nível de imersão aumenta.
– Pensamentos Finais –
O final da primeira temporada está longe de ser conclusivo… bem pelo contrário, deixa material suficiente por explorar. Dito isto, considero que este título tem potencial para nos fornecer momentos ainda mais aliciantes na segunda temporada, fazendo com que Ajin se transforme num bom pack de ação com suspense, a ser consumido na sua totalidade.
Análises
Ajin Primeira Temporada
Um bom pack de suspense, drama e ação. Este título é o ideal para quem quer ver algo só para puro entretenimento sem ter que pensar muito sobre o assunto.