Como fã de manga e anime desde criança, uma visita a Akihabara era um item fundamental da minha “bucket list”. Claro que já tinha visto imensas fotos e relatos, mas ainda assim nada se equipara à experiência real.
Akihabara é também conhecido como “Electric Town”, pois desde a altura da Segunda Guerra Mundial que é o distrito de Tóquio onde se concentram lojas de eletrónica barata. Hoje em dia a realidade é um pouco diferente. Apesar destas lojas ainda estarem por todo o lado nesta área, ela é dominada pela cultura pop: grandes lojas de manga, anime, artigos de cosplay, jogos, música, maid cafés, enfim, tudo o que um otaku poderia desejar reunido num mesmo sítio!
Akihabara em primeira mão!
O primeiro “contato” foi à saída da estação de comboio. Era de manhã cedo, e por isso ainda não havia muita gente nas ruas, mas ainda assim foi um grande impacto. Edifícios altíssimos em todo o lado, imponentes, de cores garridas ou cobertos de posters gigantes.
Passado pouco tempo, a rua, que parecia larga, desapareceu no mar de gente que circula em todas as direções, sem nunca parar (exceto quando os semáforos estavam vermelhos); rapidamente uma pessoa se sentia perdida no meio daqueles prédios megalómanos! Aqui se misturavam não só diferentes nacionalidades, como também diferentes idades. Akihabara não serve apenas as necessidades do “jovem otaku”: também se vêem os típicos sarariman (“salary men”) e pessoas mais idosas a fazer a sua vida do dia-a-dia, quer japoneses ou estrangeiros, turistas ou residentes.
Um grande fator apelativo são as meido, empregadas dos maid cafés, vestidas a rigor e a publicitar na via pública o estabelecimento em que trabalham, oferecendo panfletos aos transeuntes e incitando-os a visitá-las nos cafés.
Uma ida a um destes maid cafés é algo dispendiosa, mesmo para quem não se queira lá alongar muito tempo, pois paga-se não só as bebidas e comida que se consome, como também pelo ambiente e tratamento kawaii que as empregadas oferecem. Em certos locais, apenas por uma hora e bebendo só um café, pode cobrar-se tanto como 3000 ienes, cerca de 22 euros!
Para quem quiser alargar a sua coleção de figuras de anime e manga, Akihabara é o melhor sítio do planeta. As lojas em segunda mão, como a Mandarake, são a escolha ideal para quem quiser poupar bastante a sua carteira. Os artigos vendidos como segunda mão no Japão têm uma qualidade em nada inferior aos de primeira, a grande diferença é mesmo o preço.
Claro que convém sempre avaliar o produto antes de comprar – as figuras normalmente estão expostas em caixas transparentes e bem iluminadas, ou em embalagens individuais que se podem manusear, o que facilita a procura de potenciais defeitos (que raramente se encontram).
A compra de jogos ou DVDs no Japão é mais complicada, pois estes têm regiões específicas e geralmente só podem ser jogados em território nipónico.
Mas um aviso, pois nem tudo é o que parece: neste dia, eu e os meus amigos entrámos num edifício que pensávamos ser mais uma loja de anime e manga, mas que afinal era uma “adult megastore” de seis andares! Neste meio é impossível escapar a lojas e produtos de cariz erótico/pornográfico, mas a grande maioria destes estabelecimentos está facilmente identificável. No entanto, e como esta experiência comprova, há algumas bem disfarçadas!
Akihabara é um mundo à parte!
Akihabara é um mundo quase à parte, dedicado quase exclusivamente ao consumo voraz de entretenimento. As horas passam demasiado depressa a ver tudo o que a Electric Town tem para oferecer, e sem darmos conta acaba por se gastar bastante dinheiro, tal é o furor do consumismo!
Mas mesmo sem fazer muitas despesas, Akihabara tem muito para oferecer só pelo seu ambiente único, uma experiência definitivamente inesquecível para qualquer otaku!
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