Lá em 2007, há 13 anos atrás, Travis Touchdown fazia sua estreia em No More Heroes! Jogo de ação e aventura, com uma história muito doida e muitas referências. Originalmente um jogo exclusivo de Nintendo Wii, o sucesso de No More Heroes foi absurdo, rendendo a este o prémio de Melhor jogo de Wii da IGN e Gamespot. Com todo o sucesso de No More Heroes, em 2010 foi lançado No More Heroes 2: Desperade Struggle. Hoje venho falar da versão para a Switch destes jogos, lançada agora em 10/2020!
No More Heroes 1+2 – Análise | Nintendo Switch
Antes de falar de cada jogo, quero falar aqui sobre a versão para a Switch como um todo. Toda vez que se pega num jogo antigo e transferem-no para uma nova consola, há a possibilidade de corrigir ou alterar alguns pormenores que o jogo precise. Infelizmente isto não foi feito em No More Heroes! As únicas duas coisas que foram mexidas:
- resolução de jogo, que agora está rodando em HD;
- e a mudança do controle por movimento do Wii, para os botões normais do Switch.
O facto deles não terem alterado nada dentro do jogo pode ser considerado bom e mau. Bom: por que o jogo, já amado por muitos, dá as caras de forma integra, permitindo serem revividos os momentos de 2007. Mau: perderam a oportunidade de tornar o jogo ainda melhor! Tirando este detalhe o port está muito bom! Bem fluido no carregamento do jogo, não vivenciei nenhum bug ou problema!
No More Heroes 1+2 – Análise
No More Heroes
No More Heroes não funciona como os jogos tradicionais, logo no início do jogo somos lançados a um vídeo que mostra os acontecimentos que antecedem o jogo. Fiquei tão confuso que até fui confirmar se estava a jogar o 1 ou o 2! Nós jogamos com Travis Touchdown, um otaku, fã de animes Mahou Shojo e de Luta-Livre. Sem dinheiro para pagar os seus hobbies e com uma Bean Sword, que este ganhou num concurso, Travis entra para o mundo dos assassinos de aluguer. O objetivo é ser o rank nª 1.
O jogo é basicamente um Hack’n’Slash, estilo de jogo onde vamos andando pelo mapa matando, com armas, diversos inimigos, assim como Devil May Cry, Darksiders ou God of War. Essa mecânica entra em operação nas missões ranqueadas, que é a história principal do jogo. Para entrar nestas missões precisamos de dinheiro, dinheiro esse que conseguimos realizando trabalhos e missões secundárias.
O mau e o bom de No More Heroes
Acredito que o grande problema de No More Heroes foi seu sistema de missões secundárias. Como o jogo nos obriga a conseguir dinheiro para melhorar as nossas técnicas, comprar armas, comprar roupas e entrar nas missões principais, temos que fazer as missões secundárias.
Existem dois tipos de missões secundárias: os trabalhos e os contratos de assassinato. Os trabalhos são aleatórios e chatos, resgatar gatos, limpar grafites das paredes, caçar escorpiões. Os contratos são melhorzinhos, pois usam a mecânica hack’n’slash do jogo. Mesmo assim ainda temos o mapa, o mapa do jogo é grande de mais para pouca utilidade, de forma que ficamos indo de um lado para o outro na nossa moto, de forma tediosa.
O jogo surpreende nas suas missões principais pois, apesar delas serem, de forma geral, lineares, cada uma tem uma surpresa escondida. O jogo pode parecer repetitivo no “correr e bater”, mas as localizações e batalhas com chefes são sempre diferentes e cheias de personalidade. A gama de personagens criados em No More Heroes é surpreendente, muitos deles não fazem o menor sentido, e isso deixa tudo melhor ainda!
No More Heroes 1+2 – Análise
No More Heroes 2: Desperate Struggle
Se No More Heroes era fora da casinha, Desperate Struggle leva tudo para um novo nível! Três anos depois dos acontecimentos do primeiro jogo, Travis volta a Santa Destroy. Desta vez ao invés de ter que subir do Rank 10º para o 1º, ele deve ir do 51º para o 1º. Tudo o que já parecia bizarro e estranho piora! Alguns personagens que tinham morrido, voltam dos mortos. Temos luta de robôs, temos missões com outros personagens. Tudo mais doido!
A mecânica base do jogo foi refinada, agora podemos ter até quatro armas e trocar entre elas no meio de cada batalhas. Foi retirado o mapa, estilo mundo aberto, de forma que tudo ficou mais simples e direto de se fazer! Isso também reduziu ligeiramente o meu tempo de gameplay, de 10h para 8h30.
O mau e o bom de Desperate Struggle
Para mim há pouca coisa má em Desperate Struggle, consigo ver uma nítida evolução entre ele e o seu antecessor. Com a retirada do mapa e o acréscimo de missões segundárias mais divertidas, eles conseguiram manter o clima e diversão do jogo, sem que este arrastá-se. As missões segundárias agora são literalmente minigames, todos são uma versão 2D de Travis e uma homenagem a jogos antigos.
Não há mais obrigatoriedade quanto a pagar para entrarmos nas missões principais! O dinheiro serve somente para comprarmos armas e treinarmos, ambas são extremamente importantes. Parece-me que, por não ser obrigatórios, essas missões são menos penosas do que as do primeiro jogo. As missões principais são ótimas, nunca sabemos o que esperar, sendo que cada missão tem um ritmo totalmente diferente uma das outras.
No More Heroes 1+2 – Análise
O julgamento final
No More Heroes é um jogo que envelheceu muito bem! A sua mecânica base não envelhece e exatamente por isso que entre um jogo ou outro eles só a refinaram um pouco. Com o terceiro título da franquia a chegar para a Switch no ano que vem, jogar os dois primeiros faz-se obrigatório! Foi uma ótima decisão da Grasshoper Manufacture de portar os jogos. É somente uma pena não os terem refinado ainda mais!
Quero saber de vocês! Quem daí já jogou a versão de Wii ou de Switch? Qual foi a batalha de boss favorita? A minha certamente foi contra Ryuji, uma digna batalha entre dois honrados guerreiros diante do pôr do sol!
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Análises
No More Heroes 1+2
Com o eminente lançamento de No More Heroes 3 para Nintendo Switch, os dois primeiros jogos da franquia receberam um port para a consola! Venha ver o que achamos do port!
Os Pros
- Melhor jogabilidade;
- Personagens carismáticos;
- Epic Boss Battles.
Os Contras
- Perderam a oportunidade de concertar alguns defeitos dos jogos originais.