Resident Evil 3 | |
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Plataformas | PC, Playstation 4, Xbox One |
Publicadora | Capcom |
Desenvolvedora | Capcom |
Género | Survival Horror |
Data de Lançamento | 3 de abril de 2020 |
A Capcom tem passado por uma fase de sucesso nestes últimos anos e isso deve-se a uma mudança de mentalidade que levou a que os jogadores voltassem a ganhar confiança na companhia.
O lançamento de jogos como Resident Evil 7, Mega Man 11, Resident Evil 2 Remake e Devil May Cry 5, são prova de que a Capcom aprendeu que deve investir em projetos que os fãs querem ao invés de desenvolver jogos a pensar puramente no lucro.
Com essa ideia em mente, a developer anunciou, no ano passado e de forma surpreendente, o remake de Resident Evil 3: Nemesis para a atual geração de consolas, deixando muitos fãs ansiosos por uma experiência igual ou melhor à de Resident Evil 2.
Mas será este jogo melhor que o original? Ou será apenas um cash-in ao sucesso de Resident Evil 2 Remake? Graças à Ecoplay, temos a oportunidade de responder a essas e mais questões.
Sem mais demoras, aqui fica a análise de Resident Evil 3.
Resident Evil 3 – Análise ao Jogo
Resident Evil 3 é o remake do jogo original lançado para a PlayStation em 1999, no Japão, e foca-se nos eventos que antecedem Resident Evil 2 do ponto de vista de Jill Valentine e Carlos Oliveira.
Este remake utiliza algumas das mecânicas de Resident Evil 2 Remake e tenta dar uma nova vida a este memorável título na franquia.
O ambiente aterrorizante de Raccoon City
O “recente” sucesso da Capcom traduziu-se num renascimento da franquia Resident Evil com especial atenção na sensação de medo do jogador através do ambiente em que o jogo decorre, tal como vimos em Resident Evil 7 e 2.
O ambiente de Resident Evil 3 diferencia-se bastante do seu antecessor ao ter a sua ação a decorrer numa cidade repleta de espaços abertos, becos apertados e ruas com luzes de néon, o que, mesmo assim, que não afastam a sensação de medo e terror.
Infelizmente, enquanto jogador não é possível absorvermos a beleza destes ambientes visto que passamos pouco tempo a jogar neles e não temos a possibilidade de voltarmos para explorar espaços em falta como em Resident Evil 2.
Ainda assim, têm de ser dados os parabéns a Capcom por conseguir apresentar gráficos melhores para este jogo, tendo em conta o que Resident Evil 2 mostrou quando foi oficialmente lançado.
Falta de sensação de perigo
A ideia por detrás de um jogo survival horror deverá ser sempre a de tentar criar tensão e medo no jogador, enquanto este tenta sobreviver mediante os recursos limitados que lhe são fornecidos pelo jogo ao longo da experiência.
Por algum motivo, Resident Evil 3 parece ter-se esquecido dessa ideia porque o ambiente está repleto de recursos para o jogador utilizar, o que acaba por remover a parte de sobreviver e nos incentivar a sermos desleixados.
Em contraste, o combate continua semelhante ao de Resident Evil 2, apenas com algumas modificações no dano de cada arma e na adição de uma habilidade que os 2 personagens jogáveis incluem:
- A Jill consegue dar dodge aos inimigos, se for no momento certo o tempo fica mais devagar;
- O Carlos consegue dar parry nos inimigos para os afastar.
Essas habilidades não conseguem encaixar bem na jogabilidade, porque retiram ainda mais a sensação de perigo ao jogo, que neste momento já deve estar abaixo de zero e que infelizmente vai deixar a experiência ainda pior, devido ao ponto que abordo a seguir.
Omissão de elementos importantes
Tal como o seu antecessor reconstruído, Resident Evil 3 acabou por ficar diferente da versão original. Contudo, a diferença entre os dois é que parece que este novo jogo tem menos conteúdo quando olhamos para os cenários e para o Nemesis.
O Nemesis é, na minha opinião, a maior decepção do jogo. Digo isto porque todas as aparições que ele faz são planeadas e não aleatórias como o Mr. X, para o qual é compreensível ter sido feito tendo em conta que o jogador em Resident Evil 2 passa bastante tempo na mesma área.
Isso não seria grave se virmos que o Nemesis é muito mais poderoso que o Mr. X, mas o problema é que o Nemesis é bastante fácil de empatar e, quando conseguimos, ele deixa um item para nos ajudar (como se precisássemos de mais) e isso só faz dele um problema nada assustador.
A história, apesar de ser diferente do original, consegue fazer um bom serviço em interligar-se a Resident Evil 2 e os jogadores vão ficar sentidos depois de conviverem com personagens sobre as quais já sabem qual será o seu destino.
Resident Evil 3 – Análise ao Jogo | Veredito final
Quando acabamos de jogar Resident Evil 3, sentimos que falta alguma coisa ao jogo. Não porque temos de voltar a jogar, mas porque o jogo tem excesso de material e falta de conteúdo.
Os gráficos e a história são a melhor parte do jogo, mas tudo o resto falha em fazer justiça ao impacto que o original causou aquando do seu lançamento. O jogo é curto, o Nemesis é uma decepção e quase não existe desafio nenhum para tentarmos superar.
Resident Evil 3 Remake não é um mau jogo, mas fica aquém das expectativas quando comparado com Resident Evil 2 Remake ou até mesmo com o original. Ainda assim, se quiserem conhecer os eventos que levaram à prequela, dêem vista de olhos.
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Análises
Resident Evil 3
Um jogo que falha em proporcionar uma nova experiência de terror para a nova geração de fãs e para os mais antigos, que aguardavam ansiosamente pelo remake.
Os Pros
- Gráficos melhorados
- História bem ligada ao antecessor
Os Contras
- Puzzles inexistentes
- Falta de dificuldade
- Faltam áreas do jogo