Antes de qualquer coisa, é digno de importância referir isto: eu sou fã de ecchis hardcore. Quanto mais fan service mais eu me divirto. Ou seja, eu vou avaliar Shinmai pelo que ele é e pelo campo em que se enquadra. Se quiserem ler esta análise tenham isto em mente, não esperem que seja mais uma crucificadora do género só porque hoje em dia esta na moda criticar os ecchis abusados. Serei sempre sincera, independentemente das minhas opiniões não agradarem à maioria.
NOTA: Esta análise mostra nudez explicita, sigam por vossa conta e risco.
Shinmai Maou no Testament | Enredo e ecchi de mãos dadas
Shinmai Maou no Testament parte de um argumento tão simples como este: Basara sempre quis ter uma irmã, então o seu pai pervertido num dia como todos os outros trouxe duas demónias para viver com ele. Numa brincadeira imbecil, o protagonista acaba preso numa relação mestre-servo com uma das novas residentes, Mio. Esta é filha do Diabo e é perseguida por vários demónios, que não olham a meios para conseguir roubar o seu poder.
Basicamente é este o “complexo” enredo que nos é apresentado no início. A história por detrás da trama vai surgindo gradualmente, e só passa a fazer sentido praticamente nos últimos episódios. Agora, vamos pôr as coisas em pratos limpos: se um anime for apenas ecchi no sentido literal da palavra, é automaticamente bombardeado pela crítica. Então, opta-se por acrescentar algum contexto à obra só para o argumento – não tem história – não ter fundamento.
São jogadas estratégicas, se são sensatas ou não, vai dos ideais de cada um. Se resultam? Não. Ninguém vai ver um anime deste género pela sua maravilhosa “história”, hipócrita é aquele que usa essa asserção como defesa. Estes ecchis são para quem quer ver seios e pseudo actos sexuais, não para quem procura um drama elaborado.
Shinmai Maou no Testament | Um sucesso entre tantos do género
No meio dos inúmeros ecchis que saem por cada temporada, Shinmai conseguiu destacar-se dos demais e causar um certo tumulto entre os fãs. Como disse um leitor nosso, o anime conseguiu a “honra” de ser comparado a High School DxD – que é a obra de arte do género. Sinceramente, poucos ecchis alcançam esse patamar. Acreditem, eu já assisti todas as sagas que dizem ser parecidas com DxD e nenhuma lhe chegou aos calcanhares.
A história está longe de ser medíocre, contudo está à mesma distância de ser espetacular. Consegue criar algum suspense e sustentar uma certa curiosidade, mas não deixa de ser ridiculamente previsível e básica. Não, não sou eu que sou vidente, é a trama que é linear e recheada de clichés. É uma questão de se somar dois mais dois, ou se calhar este facto ocorreu porque eu já vi ecchis demais.
O tema sobrenatural a acompanhar seios fartos não é novidade. Acaba por acrescentar algo apelativo à premissa. Pena que em todos os animes que seguem estas linhas, as mulheres caiam do céu. Apareceram do nada, por algum acaso apaixonam-se pelo protagonista e passam a viver com ele. Só os vossos pais é que não vos deixam trazer para casa raparigas que encontram na rua, e só no nosso mundo é que não aparecem mulheres com incríveis atributos no meio da estrada. É triste, mas é a realidade.
Trata-se de um harém, com menos integrantes do que o habitual, mas continua a existir um número de raparigas apaixonadas pelo protagonista – mesmo que este não tenha nada de atrativo. Basara é mestre de Mio, sempre que a mesma lhe desobedece entra num sofrimento profundo. Para aliviar a dor o protagonista tem de acariciar os seios da demónia. Conveniente, não é mesmo? É por isso que eu não critiquei de forma direta o enredo de Shinmai, este consegue ligar-se de uma maneira engraçada à vertente do ecchi. Seja no que mencionei agora, ou até nos treinos para aperfeiçoar os poderes das personagens principais. Não é brilhante, mas é inteligente.
Shinmai Maou no Testament | Personagens
Por um lado Shinmai conseguiu – sem muita inovação – apresentar-nos personagens principais engraçados, porém pecou numa das protagonistas.
Basara é um guerreiro treinado desde de criança para lutar e a sua habilidade é inquestionável. Não é uma personagem propriamente cativante. O seu diferencial é que ele não é tarado. Ao contrário do que seria de esperar, não passa o tempo inteiro a pensar em sexo. Quem o incentiva a praticar atos obscenos são as integrantes do harem e quando isso acontece ele não tem medo de apalpar ninguém.
A Maria é provavelmente o maior triunfo do anime. Trata-se de uma succubus pervertida (demónio com aparência feminina que invade os sonhos dos homens afim de ter uma relação sexual com eles) que está sempre à procura de uma abertura para conseguir colocar Basara em cima de Mio. Apesar do seu visual lolicon inocente e adorável, é realmente um demónio que não sossega até ter conseguido filmar atos indecentes praticados pelo protagonista.
Mio é simplesmente a peituda e não faz muito mais que isso. Sim, tem incríveis poderes (notando que ela não derrotou ninguém o anime inteiro) e é o foco da história do anime. Contudo, para mim, as cenas de luta eram melhores se ela não estivesse lá a emplastrar. Resumindo: ela mostra as mamas e isso é muito bom para as cenas de ecchi. De resto não interessa. É uma tentativa de tsundere falhada, e um projeto de personagem que correu mal.
A Yuki consegue ser interessante pelo facto de saber lutar e ter uma personalidade mais fria e reservada. É claramente superior a Mio, mas não mais do que isso.
Shinmai Maou no Testament | Ambiente
A nível visual o anime é bem feito. Lembrando que a Production IMS apesar de ter poucos “originais”, já trabalhou em animes reconhecidos como Kuroko no Bascket ou Fate/stay night: Unlimited Blade Works (TV). Então não se esperava uma produção às três pancadas. As cenas de luta (quando não duram dois minutos) são visualmente agradáveis e é das poucas produtoras que consegue fazer mamilos proporcionais aos seios (se já viram alguns hentais/ecchis vão entender).
A banda sonora é tão boa quanto a animação, a abertura não deixa de ser genérica, mas como é visível eu não me importo com a vulgaridade das coisas se estas tiverem qualidade. Julgo que conseguiram utilizar a música de forma inteligente, principalmente nos cenários de luta (que não duram mais de dois minutos).
Shinmai Maou no Testament | Devo assistir Shinmai?
O anime é, sem dúvida, o ecchi mais explícito e agressivo que já assisti. Todos os episódios têm cenas eróticas. Sinceramente, eu olho para isso como algo positivo. Porquê? Porque a maioria dos ecchis hoje em dia têm fan service, mas não decente. Ou se focam exclusivamente nisso ou de vez em quando lembram-se de meter lá uns seios. São poucos os que conseguem balancear as dosagens sem se esquecer da sua essência.
Apesar de obviamente ter-me divertido a assistir o anime, este sofre de um problema comum a todas as obras do género: a censura. Ninguém gosta, ninguém compreende para quê que esta maldita existe, mas a indústria cisma em colocar raios de luz (mesmo que o ambiente seja mais escuro que carvão) à frente dos mamilos! NÓS SABEMOS QUE AQUILO SÃO MAMILOS, ACORDEM! O que me serve de consolo é saber que umas semanas depois do término da série vamos conseguir pôr as mãos numa versão não censurada.
Shinmai é daqueles animes que simplesmente não vale a pena com censura. Se metade da duração dos episódios é ocupada por cenas de ecchis, vermos o Basara a lamber manchas brancas é ridículo e chato.
Em suma, é um excelente ecchi. Arrisco-me a afirmar que, seja talvez, dos melhores do seu ramo. Apesar das personagens não serem fenomenais nem a história ser a última coca-cola do deserto da Mongólia, continua a valer a pena assistir pela dose incrível e de qualidade das cenas pervertidas. Sem dúvida que será um anime a ter em consideração se gostam de propostas desde tipo.
Apenas não contem com uma análise da segunda temporada tão cedo, porque recuso-me a ver este anime censurado. Gosto demasiado de seios para ser capaz de o fazer.
Análises
Shinmai Maou no Testament
Em suma, é um excelente ecchi. Arrisco-me a afirmar que, seja talvez, dos melhores do seu ramo. Apesar das personagens não serem fenomenais nem a história ser a última coca-cola do deserto da Mongólia, continua a valer a pena assistir pela dose incrível e de qualidade das cenas pervertidas. Sem dúvida que será um anime a ter em consideração se gostam de propostas desde tipo.
Os Pros
- Cenas de ecchi fortes
- Lutas
Os Contras
- História previsível e censura na estreia inicial