Andava eu às voltas para tentar perceber por que ângulo devia eu abordar este segundo episódio e só depois de o ver pela segunda vez é que me apercebi que o Reigen deu a resposta logo no começo deste.
Aliás se eu tivesse que justificar o episódio – e vamos ser claros, não tenho – diria que este é uma resolução de si mesmo: num episódio em que aparentemente “nada” aconteceu (isto é, sem avanço na história ou personagens), uma das personagens está a combater o mesmo “nada” a que o espectador assiste.
Meta ou apenas eu a ler demais nas entrelinhas, quando podia simplesmente dizer: é Mob, assistam!
>>>ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS!<<<
Mob Psycho 100 II – Opinião Episódio 2
Tirando o “chato” da frente: o episódio parece mais parado que o habitual e não parece iniciar algo ou aludir a eventos vindouros (parece está sublinhado por algum motivo). Contudo, e tal como falei acima, Reigen parece saber o poderíamos esperar do episódio e, após expressar o seu tédio, decide ir com Mob procurar por clientela.
Foi então que, “entre as paredes” deste episódio, encontrei três elementos que me fizeram apreciá-lo e gostar ainda mais quanto mais nele penso: dois são inegáveis e o terceiro é resultado de um debate que tive com o meu cérebro!
#1 – Pode faltar enredo, mas que nunca falte a precious, oh so precious, comédia!
Pode ser do meu funny bone, mas se forem fãs de Mob é mesmo complicado passar um episódio inteiro sem se rirem, mesmo num tão relaxado como este foi, até ao confronto com a Dragger.
Este episódio trouxe-nos momentos como: o momento “diz o roto ao nu” quando Reigen conhece Shinra Banshomaru, o prato de batatas fritas de Mob poder ajudar contra espíritos, o round de “Pedo Fighter” (é uma má pun, desculpem. É da hora tardia) e, claro, toda a lenda urbana da Dash Baba, só para nomear alguns.
Claro que tudo isto só funciona graças à fantástica forma como os seiyuu interpretam as cenas, em concordância com a singular linguagem corporal e expressões conferidas às personagens!
#2 – Mob rebelde e Reigen um querido!
Se a memória não me falha, como na primeira temporada Shigeo vivia na completa ilusão de que Reigen era o mais fantástico psíquico de sempre, todas as balelas que da boca dele saíam eram engolidas pelo nosso protagonista. Dada a forma como a temporada concluiu, ficámos a saber porque Reigen é na verdade boa influência para Mob apesar de todas as petas, mas este ficou também a conhecer as “verdadeiras” capacidades do seu mestre.
Não deixa de ser curioso, e sorrateiramente engraçado, ver nesta segunda temporada o nosso protagonista completamente cúmplice dessas mesmas petas, ao mesmo tempo que dá “pequenas facadas” ou tece comentários. Tal não sucedia anteriormente e confere outra dimensão à relação deles.
Quanto a Reigen, depois da revelação de que o seu carácter é bem melhor do que deixa transparecer, é mais notório nesta temporada, e especificamente neste episódio, a sua genuína preocupação com alguém que não ele e até a sua amabilidade. Ele bem tenta ocultar, mas até Mob consegue ver para lá da sua muralha de sarcasmo, e o nosso protagonista é bem denso.
#3 – Regra dos 3:
Esta ideia surgiu-me na cabeça e quanto mais a tentei desacreditar, mais me pareceu intencional. São três conjuntos neste episódio, constituídos por três elementos cada, que parecem ter sido deliberados como uma espécie de rule of three à la Mob:
- Psíquicos – Aqui temos: o inocente ético com alguma capacidade latente Shinra, o balelas “vendedor de carros usados” Reigen e o the real deal, Mob.
- Lendas Urbanas – Neste caso temos: a Dragger, que como o Dimple explica não se pode qualificar como real ou falsa porque foi gerada pela lenda em si (em paralelismo com Shinra); o Cão com Cara Humana, que é claramente falso; e a Dash Baba que como vemos no final é bem real!
- Depois, como piada, há toda a questão do pedo flasher – Temos a mente ardilosa que antecipou como seria se ele fosse fazer perguntas a crianças (Reigen), o inocente e genuinamente curioso que é obviamente mal interpretado, o tótó, portanto, (Shinra) e o verdadeiro predador sexual (o qual me traz grande satisfação ver que a obra o humilha a cada esquina, fá-lo borrar as “calcinhas” e, para finalizar, o coloca na choldra)
P.S.: A Dragger arrasta três bonecas! Eu não sei se isto é setup para algo ou se faz apenas parte da narrativa do episódio mas, hummm…
Dimple em Destaque:
O Dimple devia ir para a NBA com a capacidade que ele tem em “quebrar tornozelos” (desculpem, fez-me rir, tive que colocar).
Ao contrário do primeiro episódio, o “momento” para os animadores deixarem a sua skill correr desenfreada, acontece no confronto final com a Dragger. Gostei que tenham dado o grosso desse confronto a Dimple + Shinra, destacando assim uma personagem que há muito “acompanha” os nossos protagonistas. A sequência em si é altamente e adorei aquele momento final antes de Mob aparecer, no qual Dimple preconiza “o fim”.
A solução passar por Mob não surpreende, mas gostei muito de como justificaram isso e como incorporaram o exorcismo de Shigeo na temática do episódio e na mitologia da própria Dragger.
Fanboy Zone:
- Já falei nela mas tenho que a colocar aqui. Sai com cada bullshit dessa boca Reigen. Ahahahaha:
- Round 1:
- Prototype teve direito a cameo neste episódio… What?
- Perfeito para wallpaper
- Pobre Mob =(
- Foreshadowing e payoff
- Gostei do Shinra Banshomaru. Espero que possa voltar!
Nota Final:
De longe, não tão bom quanto o regresso. Ainda assim, e como espero ter destacado com esta opinião, teve bastantes elementos interessantes e hilariantes que me fizeram passar um bom tempo.
Há momentos de personagem que me fizeram pensar que algo pode estar a chegar, mas isto pode ser apenas devido à ainda indefinição de um enredo maior, ou ao facto do episódio não ter tanto aonde me possa “agarrar”.
Esperando pelo terceiro episódio, já esta segunda feira!
E tu, que achaste deste segundo episódio? As minhas conjunturas fazem sentido?
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Mob Psycho 100 – Primeiras Impressões
Mob Psycho 100 II – Opinião Episódio 1