A segunda temporada de Fate Zero chega já na primavera e, portanto, está mais do que na altura de refinar as minhas primeiras impressões à primeira série deste anime com uma análise mais detalhada.
Fate Zero | A História
Fate Zero conta-nos a história de 7 pessoas que foram escolhidas pelo Santo Graal para disputarem a 4ª Grande Guerra Santa. O Santo Graal é um cálice poderoso que será entregue ao vencedor da guerra e que tem a capacidade de realizar o desejo mais profundo do seu detentor.
Cada um dos sete escolhidos tem o seu objectivo particular, e terá como principal arma de combate um “Espírito Sagrado”. A maioria destes seres são representações de grandes heróis dos tempos de outrora, que trazem consigo os seus maravilhosos poderes.
Nós como humanos também temos as nossas armas e como é óbvio, os 7 Masters também irão fazer uso das suas potencialidades, sejam elas a inteligência, a astúcia, a força ou a manipulação de alguma arma em especial.
Apesar de termos os intitulados Masters e Servants, estes nomes pouco vão significar porque iremos presenciar casos em que os súbditos irão controlar os seus próprios mestres afinal, estes também pensam e agem consoante as situações.
Enganam-se aqueles que pensam que o universo de Fate Zero gira à volta destes 14 seres. Temos outras personagens nesta história que poderão vir a ser mais importantes que os envolvidos na guerra.
Magia, poder e heróis antepassados caracterizam este mundo de fantasia que nos promete colar ao ecrã até o vencedor desta guerra ser encontrada.
Fate Zero | Ambiente e Enredo
Ao estarmos numa grande guerra com 7 concorrentes estamos como é óbvio perante uma série que vai andar constantemente a saltar de cena para cena. Para que se perceba, não vamos ter todos os espíritos a lutar uns contra os outros tipo uma battle royal. Os embates vão na maioria dos casos envolver 2 a 3 concorrentes.
Significa isto que o ambiente de Fate Zero não é atractivo apenas para os fãs que procuram um anime de acção. Como já disse, as relações Mestre-Servo e o seu quotidiano são abordadas durante os episódios em paralelo com cenas de combate.
Arrisco-me mesmo a dizer que esta primeira temporada tem como objectivo principal ajudar o espectador a perceber as relações existentes entre as várias personagens. Vamos ter episódios em que os próprios espíritos vão marcar encontros entre si para conversarem. Como acontece na própria história da humanidade, em tempos de guerra ganham-se amigos e inimigos e em Fate Zero as coisas funcionam da mesma maneira.
De destacar ainda a grande variedade de poderes e de armas que este anime detém, e que nos leva a um grande choque entre gerações tornando Fate Zero ainda mais recomendável.
Fate Zero | As Personagens
Depois de passar metade desta análise sem mencionar nomes de personagens chegou a altura certa de o fazer. Como temos 7 concorrentes na luta pelo cálice começo por apresentar uma tabela “Master -> Servant“:
Emiya Kiritsugu -> Saber (Arturia Pendragon);
Tokiomi Tosaka -> Archer (Gilgamesh);
Kirei Kotomine -> Assassin (Hassan-i-Sabbah);
Kayneth El-Melloi Archibald -> Lancer (Diarmuid Ua Duibhne);
Kariya Mato -> Berserker (Lancelot);
Waver -> Rider (Iskandar);
Ryunosuke Uryu -> Caster (Gilles de Rais);
Por esta altura, vocês devem-se estar a perguntar o que são aqueles nomes entre parêntesis. São nada mais nada menos que os nomes dos heróis de outrora que cada Servant representa. Enquanto que pelos apelidos (ex: Saber) é possível tentar perceber qual o tipo de combate de cada Servant, os nomes levam-nos até à história antiga.
Vamos tomar novamente como exemplo Saber. O seu nome é Arturia porque a personagem é do sexo feminino mas baseada no Rei Artur. Se escrevermos “Gilles de Rais” no Google ficamos logo a saber que este foi um nobre francês. Iskandar é como se escreve “Alexandre” em persa e neste caso está relacionado com “Alexandre, O Grande“. Cada um tem a sua referência particular.
Falando agora de outras personagens, temos Irisviel que apesar de não lutar pelo cálice sagrado é uma das personagens mais importantes da história. Na verdade, Irisviel é que anda sempre com Saber já que o seu verdadeiro Master, Emiya Kiritsugu não a aceitou muito bem. Kiritsugu opta mesmo por andar lado a lado com Maiya Hisau. Temos ainda Rin, filha de Tokiomi que tem mesmo um episódio em que é a personagem em foco.
A nível de relações entre tanta gente é fundamental realçar que Kiritsugu e Tokiomi são grandes “rivais”. Por seu lado, Kirei Kotomine, mesmo sendo detentor de um Servant, trabalha para Tokiomi.
Fate Zero | Juízo Final
Com tanto pormenor e vários elogios ao longo desta análise, a conclusão é fácil de adivinhar. Fate Zero é uma série cheia de qualidade a nível de entrosamento entre personagens, de ação, de grafismo, de som, e de muitas outras coisas.
Este anime foi uma das grandes sensações da temporada de outono de 2011, a par de Chihayafuru e de mais um ou outro anime. Recomendo vivamente a todos os fãs de anime, e lembrem-se que a segunda parte desta excelente história chega já na Primavera.
Pena que os trailers disponíveis não sejam os melhores para mostrar um bocadinho que seja da grandiosidade de Fate Zero. De qualquer das formas fica em baixo o opening do anime e um pequeno vídeo. Reforço que o primeiro episódio é obrigatório e suficiente para convencer qualquer um.
Análises
Análise de Fate/Zero
Uma série que junta a magia e a fantasia a um lote de figuras e artefactos históricos repletos de misticismo para alimentar uma Guerra Santa que promete ter os seus melhores momentos na sequela.
Os Pros
- Contexto Histórico.
- Exploração dos relacionamentos entre as várias personagens centrais.
- Produção Visual.
- Banda Sonora.
Os Contras
- Nada a apontar.