Este especial foi produzido com o intuito de festejar o 15º aniversário da obra de One Piece. Eiichiro Oda, esteve diretamente ligado na produção deste, juntamente com a Toei Animation.
A qualidade cinematográfica do filmes, OVAs e episódios especiais de One Piece já é conhecida dentro e fora do circulo de fãs. Será que este conseguiu acompanhar os “irmãos mais velhos”?
Sinopse
O treino de Luffy com Rayleigh foi interrompido por uma nova ameaça, mundialmente conhecida como Byrnndi World. Este é um dos capitães mais fortes na história dos piratas, no entanto, após um confronto com a marinha e o governo mundial à 30 anos atrás, foi derrotado e aprisionado em Impel Down. Contudo, todo o alarido causado por Luffy para salvar Ace, fez com que muitos prisioneiros perigosos tivessem uma oportunidade de voltar a respirar fora das paredes da prisão.
World, é um dos destes prisioneiros, e agora que está livre, pretende prosseguir com a sua vingança. O governo foi alertado e com isto os Shichibukais foram convocados para uma reunião, de forma a tomarem uma ação definitiva sobre World. Boa Hancock forma uma aliança com Luffy para destruírem a tripulação de World e salvarem as irmãs da Imperatriz que foram raptadas pelo mesmo.
Consegue manter o nível narrativo dos seus antecedentes?
Após o Timeskip narrativo que tomou lugar no enredo de One Piece, muitos foram os aspetos que ficaram por explicar. Aquele que criou mais curiosidade no seu vasto público, reside no período de treino do Luffy, mais precisamente, com o célebre Silvers Rayleigh na ilha Rusukaina. Ora, se realmente se tivesse focado no treino em si, observarmos Luffy a ultrapassar o luto da perda, a querer ficar mais forte, as coisas que teve que ultrapassar para realmente ficar mais forte, talvez um aprofundamento de Rayleigh como personagem e até um desenvolvimento da sua relação com o Luffy, acho que teríamos aqui um bom episódio em termos narrativos sem dúvida alguma.
Contudo, como já foi possível observar pela sinopse, não foi bem este o núcleo deste especial. É verdade que temos algumas explicações sobre o Haki, as diversas distinções entres os tipos que existem e algumas das coisas que são necessárias ultrapassar para os obter. Mas, neste ponto, obtivemos apenas uns curtos minutos, e quando me refiro a estes momentos, refiro-me ao treino do Luffy como um todo. Ainda assim, este é um dos únicos pontos negativos, ou pelo menos menos, o mais negativo que irão encontrar neste episódio especial.
Em contrapartida, toda a essência de One Piece foi captada e transportada para a estrutura narrativa deste episódio. Aquilo que mais é apreciado em One Piece a nível de enredo, será entregue num pack com as medidas certas de comédia, drama, gargalhas, lágrimas, um leve e agradável fan-service e muita muita ação de qualidade!
A nível técnico a obra brilhou! Para quem está familiarizado com o reportório fílmico de One Piece, irá notar eventualmente que tanto o design como a animação lembram o estilo peculiar utilizado no sexto filme da franquia. As mais variadas derivações do estilo original de Oda foram sempre únicas e maravilhosas, e isto foi mais uma vez comprovado. O desenho mantém o seu traço original e reinventa-se a si mesmo.
A animação, tirando um pormenor ou outro, encontra-se no mais alto nível! Seja nos momentos mais parados, como por exemplo, numa conversa onde animaram as personagens e o ambiente que as rodeia ao mais pequeno pormenor, seja a roupa, ou cabelo ou até na gesticulação corporal. As cenas de grande ação possuem um detalhe magnífico, uma fluidez absurda que mostra muito trabalho e empenho. O jogo da tecnologia 3D com a animação pura 2D, funcionou de uma forma fantástica, acabando por se tornar o aspeto mais inovador a nível técnico da obra, mostrando assim o que a aliança dos dois tipos de animação nos pode oferecer.
Juízo Final
É certo que não nos deram aquilo que realmente queríamos ver, também é certo que alguns momento foram forçados, repetitivos e/ou cansativos o que perpetuou algumas falhas narrativas mínimas. Ainda assim, são pormenores que causam apenas um incomodo momentâneo (se chegarem a incomodar), pois os aspetos positivos ultrapassam os negativos em grande escala. Foi mesmo muito interessante ver o bom trabalho de equipa produzido entre Hancock e Luffy, quase como se estivessem habituados a lutar lado a lado. Concluindo, é indubitavelmente um excelente complemento narrativo, incontornável a qualquer fã de One Piece.
A nível de som, a banda sonora passa completamente despercebida e as vozes destacam-se de forma qualitativa como fomos habituados. Por fim, apesar do desenho e animação não possuírem a coesão de um filme de One Piece, como por exemplo o Strong World, mantém-se muito forte quando necessário, mostrando toda a freneticidade dos momentos de grande ação.
Em suma, são fãs de One Piece? Então não têm desculpa para não ver!
Trailer One Piece: 3D2Y
Análises
One Piece: 3D2Y
A Hancock e o Luffy lutam juntos. Chega para convencer, certo?
Os Pros
- Luffy
- Hancock
- Animação e lutas
Os Contras
- Repetitivo