Um breve olhar sobre a história da franquia
Antes de começar uma viagem mais longa pela análise a este prólogo, vamos primeiro caminhar com a maior brevidade possível, sobre a história desta franquia (em anime) nos últimos anos. Bem, para começar e relembrar os mais distraídos, esta obra em específico, é um remake indireto do Fate/Stay night original, que por sua vez, foi produzido pelos estúdios Deen em 2006.
Neste ano, a produção foi considerada relativamente boa, no entanto, quando a grande Ufotable decidiu resgatar a franquia em 2011, mostrou-nos o que realmente poderia ser atingido a níveis técnicos e narrativos, ao produzir a prequela da obra, intitulada por Fate/Zero. O sucesso desta adaptação foi indiscutível, não só entre o nicho já existente de fãs da franquia, mas também por entre aqueles que a desconheciam.
Após termos o prazer de visualizar o que era possível ser realizado, através de Fate/Zero, chegou-nos aquela sinapse nostálgica em forma de questão: “Então, e se a Ufotable fizesse remake de Fate/Stay night?”. Com certeza que vos passou na mente imagens bonitas e projeções que vos criaram expetativas altas. Em contrapartida e felizmente, posso afirmar que, não importa o que a vossa mente vos entregou em forma de imaginação, a Ufotable conhece bem demais os fãs que tem. Apesar de possuir conhecimento exato da pressão que tinham, no momento em que decidiram produzir o remake desta aclamada série, conseguiram surpreender de forma exclusivamente positiva.
A perspetiva da Tohsaka Rin | Prólogo
O protagonismo de Rin em Fate/Stay night será sempre uma discussão recorrente, ou melhor, seria! Isto porquê? Ora, na série original tinha o seu destaque a nível de personagem principal, mas nunca chegou realmente a sê-lo. No entanto, penso que com o remake (Fate stay night Unlimited Blade Works) pretendem desmistificar esta questão de uma vez por todas.
A Ufotable decidiu então criar dois episódios com duração de aproximadamente uma hora cada, de modo que este primeiro, será fora da estrutura da série e servirá de prólogo para a mesma.
Narrativamente falando, este episódio estará de mãos dadas com o primeiro da série, na medida em que, encontram-se temporalmente sobrepostos um ao outro, ou seja, acontecem os dois ao mesmo tempo. Porém, o episódio zero mostra-nos a perspetiva de Rin sobre estes eventos, e o episódio número um irá mostrar-nos a perspetiva de Emiya Shirou.
O enredo está a ser construído de uma forma tão bem estruturada, que somos absorvidos inconsciente e progressivamente para dentro daquele mundo. O passo narrativo vai com muita calma, levando-nos por todos os pormenores que ajudam a criar um universo mais consistente e credível, assim como nos vai apresentando calmamente as personagens. Guia-nos e “obriga-nos” de forma agradável a estabelecer uma ligação com as mesmas.
Apresenta-nos a Rin, enquanto nos vão descortinando pormenorizadamente todo o universo que a envolve, mostram a sua personalidade, os seu objetivos, as suas qualidades e defeitos. Assim que entra o Archer em cena, estabelece um diálogo extremamente bem escrito e sólido, dando origem à relação entre estes dois. A interação de Rin com o Archer é fantástica, sendo que são duas personalidades fortes que colidem, mas que gradualmente se vão aceitando, conhecendo, envolvendo e, acima de tudo, criando um enorme respeito mútuo.
A nível narrativo esta obra brilhou sem qualquer tipo de falha, na medida em que possui uma estrutura mesmo sólida, dando-lhe um brutal motor de arranque.
Fate stay night Unlimited Blade Works | Um nível técnico sem precedentes!
Não esquecendo que apesar de Fate stay night Unlimited Blade Works ser um remake, é uma adaptação de um Visual Novel, portanto e assim sendo, a construção visual será assente sobre a estrutura que existe num Visual Novel, principalmente nos diálogos e introduções.
O nível de qualidade técnica presente nesta obra ao longo dos 50 minutos é completamente absurdo, considerando que é uma série e não um filme. Começa nas pequenas cenas, como por exemplo a introdução, no quarto da Rin. O detalhe da composição cénica, a estrutura artística, o preenchimento do quarto em si, chegaram ao ponto de dar um nível equivalente de detalhe a um relógio que se encontra mais longínquo do ponto de foco, em relação a uma cama que se encontra logo no nosso ângulo de visão.
A direção de arte surpreende-nos de novo, com as colorações fortes criadas a partir de gradientes, os contrastes e sombras, e todos os elementos que ajudam a criar um mundo ainda mais plausível. O design de personagens contínua magnífico, e muito melhor comparativamente à obra original.
A animação de Fate stay night Unlimited Blade Works supera-se minuto após minuto, desde o mais subtil e pequeno pormenor até aos momentos e movimentos com maior ação. Os combates e as coreografias de batalha possuem um nível de animação incrível. Os ângulos e planos de filmagem puxam-nos para perto da batalha, de forma a melhor acompanhar-mos os movimentos rápidos e frenéticos dos poderosos adversários. Tudo isto, aliada à original e ao mesmo tempo nostálgica música composta pela Yuki Kajiura, transporta-nos para um mundo de fantasia e magia de níveis epicamente sobrenaturais.
Quero começar a ver a franquia de Fate, por onde devo começar?
Para o mais recente público, a aproximação ideal à franquia (enquanto anime), seria a ordem cronológica de lançamento da obra:
- Fate/Stay Night (2006)
- Fate/stay night: Unlimited Blade Works (2014)
Para quem preferir fechar os olhos à produção realizada pelos estúdios Deen e optar por considerar apenas as produções da Ufotable, então basta riscar a obra de 2006 da lista, o que dá origem a uma organização cronológica a nível narrativo.
E é por esta razão que vemos anime!
Poder assistir a produções como Fate stay night Unlimited Blade Works, apesar de esporadicamente, relembra-nos daquele feeling que sentimos sempre que vemos uma obra poderosa. E é neste momentos que pensamos: “É por produções como estas que vejo anime!!”.
Num formato normal, explicaria com algum detalhe todas as razões pela qual devem ou não seguir esta franquia. Em contrapartida, a consistência narrativa e todos os aspetos técnicos de topo, associados ao que já foi dito ao longo desta análise, resultam numa recomendação máxima relativamente a Fate stay night Unlimited Blade Works, de modo que não existe qualquer tipo de razão pela qual não seguir esta franquia.
Análises
Fate stay night Unlimited Blade Works
Poder assistir a produções como Fate stay night Unlimited Blade Works, apesar de esporadicamente, relembra-nos daquele feeling que sentimos sempre que vemos uma obra poderosa. E é neste momentos que pensamos: “É por produções como estas que vejo anime!!”.
Os Pros
- Produção Visual
- Batalhas
Os Contras
- Nada de significativo a apontar