Título: Glasslip
Adaptação: Original
Produtora: P.A. Works
Géneros: Slice of Life, Romance, Drama
Glasslip | Enredo
Os primeiros minutos de transmissão de Glasslip fizeram cair por terra aquele que era o foco das principais sinopses que circulavam por aí. O maior sonho de Touko Fukami até pode ser o de se tornar uma “artesã” de vidro e dar continuidade ao negócio da família. No entanto, já deu para perceber o que o “prato principal” da série será o clima de romance que se irá criar e desenvolver entre as seis personagens principais, por intermédio das várias aventuras e peripécias que irão vivenciar.
Seis personagens principais? É de facto um número demasiado largo para protagonistas … numa parte inicial da história. Certamente que se contam pelos dedos o número de espetadores que conseguiram fixar os nomes dos seis jovens que dão vida a Glasslip: Touko Fukami, Yukinari Imi, Sachi Nagamiya, Kakeru Okikura, Hiro Shirosaki e Yanagi Takayama. Nada de grave, visto que no terceiro episódio todos os espetadores deverão ter este problema solucionado.
Como é dado a perceber, cinco delas já se conhecem, sendo que o fator que promete tornar o verão mais intenso será o aparecimento de um novo estudante naquela região: Kakeru Okikura. A influência que este rapaz misterioso conseguiu ter em Touko no capítulo inicial parece confirmar isso mesmo e poderá ser a premissa que irá deflagrar muitos acontecimentos. Entre o pouco que para já se sabe, há alguém que se sente bastante atraído por Fukami e costuma-lhe fazer as vontades todas, sendo que o aparecimento de Kakeru poderá suscitar ciúmes. Seja como for, ainda é muito cedo para grandes teorias. A ver vamos o que aí vem!
Glasslip | Ambiente
O desenvolvimento do enredo é algo bem mais complicado de avaliar numa estreia do que o ambiente de uma produção. As paisagens e os efeitos apresentados no arranque de um anime permitem muitas prever o que se vai seguir daí em diante nestes aspetos. Pois bem, nesta vertente, Glasslip marca com facilidade uma posição de grande valorização.
A desenvoltura exibida no fogo de artifício com que tudo começa e os detalhes presentes na cena em que Fukami faz uma pintura de Jonathan, um dos galos que está ao cuidado da escola que a rapariga frequenta, são provas vivas disso mesmo. Mas não é tudo! Por vezes, a qualidade gráfica pode ser de grande nível, mas os locais onde tudo se passa podem não ser os que mais nos encantam. Aqui isso não se verifica, felizmente. Para uma série deste tipo em que tudo é cópia do nosso mundo, nada melhor do que ver uma região divida entre lugares habitacionais e muitos espaços verdes.
Relativamente à parte musical, de realçar o bom enquadramento do opening e ending com aqueles que são os principais géneros deste anime. A música suave que tem preenchido as cenas passa um pouco despercebida para já. Fica a dúvida se mais à frente conseguirá fazer a diferença.
Glasslip | Potencial
Após a visualização do primeiro episódio, não vejo qualquer risco em dar já os meus parabéns à P.A. Works pelo trabalho desenvolvido em termos ambientais. Tudo está muito bom, podendo este aspeto funcionar como rampa de lançamento para tornar Glasslip uma das produções mais bem concretizadas no seu género.
Já sobre o enredo, ainda tudo é uma incógnita. Estes primeiros 20 minutos conseguiram deixar uma boa impressão. A questão é se a obra numa fase mais avançada conseguirá afirmar-se, ou seja, se realmente vamos ter um ambiente mágico como se perspetiva, ou se por alguma razão iremos deambular entre demasiados acontecimentos paralelos que irão retirar importância e vivacidade ao que realmente é importante.
Análises
Glasslip
O desenho e os ambientes já convenceram. Já o enredo ainda tem muito que pedalar para provar o seu valor.
Os Pros
- Produção Visual
- Enredo
- Banda Sonora
Os Contras
- Personagens precisam de mais trabalho