Após ler o artigo de uma colega aqui do ptAnime sobre animes que mereciam mais reconhecimento, senti-me inspirada e decidi fazer um também na minha opinião.
Irei versar sobre obras animadas que eu penso que sejam excelentes (não precisam de ser nota 10, apenas terem algo diferenciador e especial) e desconhecidas da maioria das pessoas. Quero fazer com que essas animações cheguem a mais gente. Quero cultivar aquilo que eu acho ser bom anime e partilhar as minhas boas experiências com vocês.
Devo dizer que o maior número é do tipo Seinen ou Psicológico, por ser esse o meu género preferido. Mas também vos vou apresentar outros de diferentes estilos.
Acompanhem-me nesta viagem e sugiram-me outros animes igualmente bons no mesmo sentido!
Animes que Merecem Mais Reconhecimento – Usagi Wright
Kino no Tabi
https://www.youtube.com/watch?v=ZVgHN8cfy1I
Tive de começar pelo anime que me é mais querido e, provavelmente, o menos conhecido. Sei que agora com a nova Temporada de Outono 2017 e com o remake deste anime talvez ele ganhe mais atenção, no entanto eu quero dar ênfase a esta obra de 2003 que se encontra no meu top de animes preferidos de sempre.
Kino no Tabi não é apenas uma história mas sim um conjunto delas, isto porque como cada episódio se trata de um pequeno conto, então cada episódio é como se de um novo anime se tratasse. Kino, montada na sua motorizada, viaja de país em país, cada qual com a sua peculiaridade e modo de ver a vida, seja em termos de violência, do que é certo e errado…
Por exemplo, no episódio 1 do anime que estreou agora em 2017 fala-se sobre um país onde é permitido matar pessoas sem qualquer tipo de punição. Como será um país assim? Quais as implicações?
Ou seja, Kino no Tabi pega em questões que muitos de nós temos e leva-as para o ecrã. É fantástico poder viajar com os personagens principais e a cada país ficarmos com um novo entendimento sobre o mundo!
Sempre que possível recomendo este anime e aqui estou eu a fazê-lo uma vez mais! Quem gosta de animes lentos e psicológicos, dê uma chance.
Produtora: A.C.G.T.
Tipo de Adaptação: Light Novel
Género: Ação, Aventura, Slice of Lice, Psicológico
Primeiras Impressões: Indisponível
Análise: Indisponível
Rainbow: Nisha Rokubou no Shichinin
Basta ouvir o opening de Rainbow para saber que este anime é épico! Este anime é uma completa montanha russa de emoções, desde a alegria, felicidade imensa, tristeza, desespero, amor e ódio.
Rainbow é um anime com 26 episódios cuja linha temporal se passa uma década após a II Guerra Mundial (em 1955). Sete adolescentes foram obrigados a viver juntos numa cela pertencente a uma escola de correção em Shio. Esta espécie de reformatório é habitado diariamente por humilhação, violência e dor. Existirá algum raio de esperança que os guie nesta viagem assustadora?
Este anime é aquilo que eu chamo de anime bipolar. Faz-vos sentir felizes e com ódio ao mesmo tempo. Rainbow realmente é uma avalanche de emoções e acreditem que não vão conseguir sair do anime (nem que seja a meio como muitos) sem pelo menos ter vivido algo com os personagens.
Rainbow foi um dos animes que vi em poucos dias, episódio atrás de episódio, sem dar tempo sequer de ir ao wc (foi um caso amoroso bastante sério e complicado).
Não entendo como um anime como este ainda é assim tão desconhecido, principalmente sendo da Madhouse! Mas deem uma oportunidade, garanto que não se vão arrepender.
Produtora: Madhouse
Tipo de Adaptação: Manga
Género: Drama, Histórico, Seinen, Thriller
Primeiras Impressões: Indisponível
Análise: Disponível
Monster
https://www.youtube.com/watch?v=msTB5r8nUHU
Esta obra é uma que também se encontra no meu top de animes preferidos de sempre! É uma história completamente psicológica, na qual o espetador tem de estar atento a todos os pormenores para entender realmente o que se está a passar. Não é um anime para se ver com sono!
A história gira em torno de um famoso neurocirurgião que trabalha no Hospital Memorial Eisler, em Dusseldorf (Alemanha). O hospital recebe muitos pacientes políticos para fazerem cirurgias, obviamente realizadas pelo Dr. Tenma, embora os créditos sempre fossem atribuídos ao diretor do mesmo.
No entanto, obedecendo a ordem de chegada dos pacientes, Tenma movido muito mais pela ética que por ordens superiores, decide operar um menino baleado na cabeça em vez de um político. A criança sobrevive e o político morre! Logo aqui entendem que “o caldo está entornado” para o lado do médico.
Vem-se a saber depois que o menino tem uma irmã gémea e ambos são conhecidos por terem sobrevivido a um assassinato! Isto causa uma reviravolta enorme na vida de Tenma que terá de descobrir quem são estas crianças e terminar com a sequência de acontecimentos que adveio do seu salvamento.
Não consegui mesmo fazer uma sinopse mais pequena, porque este anime é cheio de detalhes. É como se jogássemos a: quem é o assassino? e vamos pelos 74 episódios descobrindo as peças do puzzle!
Devo dizer que é complicado ver este anime todo de uma vez, Monster puxa muito por nós e pode acontecer de precisarmos de dar uma pausa antes de avançarmos novamente. É normal, o anime cansa o cérebro! A sério, não estou a brincar. Como temos de estar tão atentos, aqueles dias em que voltamos a casa cansados das aulas ou do trabalho e só queremos relaxar, Monster não ajuda muito a isso.
Monster exige de nós dedicação completa, que nos entreguemos de corpo e alma. Monster chega a um momento em que nos suga a alma e nós só conseguimos sossegar quando chegamos ao final. Por muito sono que tenhamos.
Para quem já viu: aquela cama vazia diz tudo, não diz?
Produtora: Madhouse
Tipo de Adaptação: Manga
Género: Drama, Horror, Mistério, Policial, Psicológico, Seinen, Thriller
Primeiras Impressões: Indisponível
Análise: Indisponível
Paradise Kiss
Numa óptica completamente diferente, apresento-vos aqui um dos romances que eu mais gostei (mas não o meu preferido) e que me fez ver o anime 2x, ler o manga (e fazer a análise a ela aqui no site, cliquem aqui) e ainda ir ver o live action! É preciso gostar para ver a mesma história tantas vezes, certo?
O que me fez gostar deste anime foi em primeiro lugar, o design (bastante diferente e que faz lembrar NANA – bem, a mangaká é a mesma), a OST (quem tem Franz Ferdinand como ending tem tudo!) e, o mais importante, a história. Tentando não dar muitos spoilers, Paradise Kiss é um josei, um romance mais adulto e que foca no crescimento dos personagens dentro de uma relação amorosa. Não é um romance “normal”, “bonitinho”, é sim real e mostra os podres de uma relação imatura e infantil.
Paradise Kiss é bastante cru em vários aspetos e foi isso que me fez gostar dele, principalmente pelo FINAL. Aquele final faz o anime, é uma lição de vida para muita gente que o vê. Não dou, por acaso, nota 10 ao anime porque falha em certas situações, mas decidi recomendá-lo na mesma porque ele precisa de ser mais conhecido.
Quem fala de NANA tem de saber falar também disto. São duas obras praticamente no mesmo nível. Aliás, quem é fã de NANA vai gostar com certeza de Paradise Kiss.
Deixo-vos a sinopse: A história de Paradise Kiss gira em torno de Yukari, uma rapariga de 18 anos que apenas vive para fazer os seus pais felizes (com foco na sua mãe, bastante exigente com os estudos). Um dia ela é “raptada” por um grupo de estilistas excêntricos que se intitulam “Paradise Kiss“; estes pretendem fazer de Yukari uma modelo para o desfile da escola de artes onde estudam. A personagem principal aceita entrar nesta aventura, porém esta nova fase irá colidir com a anterior: os estudos e a sua mãe. Conseguirá a recente modelo equilibrar as duas facetas no decorrer do dia a dia?
Produtora: Madhouse
Tipo de Adaptação: Manga
Género: Slice of Life, Comédia, Drama, Romance, Josei
Primeiras Impressões: Indisponível
Análise: Indisponível
Air Tv
https://www.youtube.com/watch?v=2r2cssCw-Ho
Eu já vi este anime há cerca de 3 ou 4 anos e ainda assim nunca mais me esqueci dele… aliás tenho que o rever. Mas só quando tiver com disposição para ficar desidratada pelo monte de lágrimas que vou (novamente) chorar. O final deste anime foi tão intenso que eu ainda me lembro daquela noite, na minha sala, deitada no sofá com o pc em cima de uma mini mesa (para ficar à altura dos olhos) e o vi pela madrugada dentro todo de uma vez! O anime também é pequeno, são apenas 12 episódios e se estivermos a gostar engolimos tudo de uma assentada e foi o que eu fiz.
É por isso que vos estou a recomendar. A história é bem simples, com aspetos sobrenaturais (que eu nem acho muita piada, confesso) mas que me prendeu. Muita da maravilha de Air está nas entrelinhas, o anime tem muito significado nos pequenos detalhes e senão se focarem neles vão acabar por perder metade das coisas.
O anime tem tanto simbolismo que eu mesma já cogitei fazer um artigo sobre isso como fiz para Death Note -> Simbologia Death Note – A Influência Cristã?! E ainda está em cima da mesa para um futuro breve.
“Conta-se que, em tempos mais antigos, existiam pessoas que podiam voar. Eram as pessoas aladas. Estas pessoas, quando estavam por perto, tinham o dom de trazer a desgraça. Por esta razão, as pessoas aladas eram reprimidas, vivendo sob o mais absoluto anonimato e escondidas de tudo e de todos.” É com esta sinopse que o anime se apresenta, no entanto vai muito mais além disso. O desenvolvimento em torno das personagens é o mais importante e a tal lenda é o que “menos interessa” no meio disto tudo. De novo, atenção aos detalhes para perceberem por completo a história.
Não nos esqueçamos da animação linda! Aliás, tudo o que tiver parecença com Clannad só pode ser bom (ainda não entendo como de uma trilogia de Key apenas Kanon e Clannad ganharam fama).
As pessoas choram com Ano Hana, eu choro com Air Tv. Vejam!
Produtora: Kyoto Animation
Tipo de Adaptação: Visual Novel
Género: Slice of Life, Sobrenatural, Drama, Romance
Primeiras Impressões: Indisponível
Análise: Indisponível
Achei piada que a maioria dos animes que eu recomendo são da Madhouse, apenas o último não é. Presumo que eu seja uma vendida para este estúdio.
E vocês? Também já viram alguns animes que acham que são desvalorizados na comunidade? Contem-me tudo! E avisem-me se assistirem algum dos que eu mencionei.
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