Anne Happy | Primeiras Impressões

Título: Anne Happy
Adaptação: Original
Produtora: Silver Link
Géneros: Comédia, Escolar, Slice of Life
Ficha Técnica: Indisponível

 

Anne Happy | Enredo e Personagens

Anne Happy (ou Unhappy) conta-nos a história de uma turma feminina de raparigas azaradas. Agora, reunidas, terão de tentar ser felizes e superar a sua má sorte. Ora bem, Slice of Lifes toscos vão sempre ter premissas toscas. A história do anime é literalmente isso: um bando de retardadas fadadas a falhar na vida numa série episódica.

O foco deste tipo de obras é sempre a comédia. E apesar de no ocidente o público não se encantar por esta (aparente) fofura, no Japão isto vende imenso. Quando me deparei com o primeiro PV de Anne Happy fiquei apaixonada. Adoro animes sem sentido e esta sinopse bastou para me convencer.

Neste tipo de animes importam basicamente duas coisas: o nível e a qualidade da comédia e a ligação dos protagonistas com o humor da obra. Não adianta criar situações engraçadas se as personagens forem apenas adereços.

 

 

Dito isto: Será que Unhappy cumpre os requisitos?

Bem, as personagens que foram introduzidas na trama – de maneira bem bizarra, diga-se de passagem – são o comum deste tipo de obras. Até agora temos a rapariga de cabelo escuro, que é sempre o bom senso do grupo, temos a hiperativa que só faz disparates, e a deredere que aparenta ser um amor, mas que na verdade deve ser uma serial killer.

Não me interpretem mal. Eu gostei das personagens e achei-as engraçadas, principalmente a Hanako. Por mais que lhe aconteçam coisas más, ela vê sempre o lado positivo da situação e sorri. Tenho de admitir que foi a primeira vez que vi um Slice of Life tosco a tentar passar uma lição de moral.

Quanto à comédia em si pode-se dizer que esta é um pouco diferente do habitual. Enquanto noventa por cento dos animes deste género se foca no dia-a-dia comum, em Anne Happy as personagens têm de superar desafios e provar que não irão ter má sorte para sempre. No final das contas, vai tudo dar ao mesmo. Porém confesso que o primeiro episódio foi engraçado, correspondeu basicamente às minhas expectativas e tem um certo humor negro por de trás das piadas.

 

 

Anne Happy | Ambiente

Eu não sou muito fã da Silver Link – mesmo que já tenha feito trabalhos decentes. Considero que é uma produtora que não consegue distribuir os orçamentos e que acaba sempre por prejudicar alguma das suas obras no processo. Porém, Slice of Life não é um género que exija muito a nível monetário. Anne Happy tem uma arte moe e colorida bem bonita. Os cenários são alegres e o próprio design é dos melhores que já vi em obras do tipo.

A banda sonora é o que já seria de esperar. Temos um tema de abertura cantado (aparentemente) por crianças da primária que esbanja alegria e felicidade, mas que tecnicamente é uma desgraça. As músicas que orquestram o anime são sempre naquela linha do “a vida é linda, vamos dançar”. Contudo, no ambiente do anime acho que é o que encaixa melhor, então, mesmo que não vá ouvir nenhuma delas fora dos episódios, aceito.

 

 

Anne Happy | Potencial

Resumidamente, podemos afirmar que Anne Happy se vai manter nas linhas do primeiro episódio até ao final da temporada. Teremos personagens toscas a viver o seu dia-a-dia. Se gostam de animes deste naipe, sinceramente acho que este poderá tornar-se dos melhores. Gostei da comédia e achei a produção visual bem feita. Considero sim que a obra tenha potencial. Para quem quer começar a ver animes do tipo, este deve ser uma boa aposta.