Título: Big Order
Adaptação: Manga
Produtora: Asread
Géneros: Ação, Super Poderes
Ficha Técnica: Indisponível
Big Order| Opening
“DISORDER” – Yousei Teikoku
Big Order | História
Big Order conta a história de várias pessoas que receberam poderes de entidades sobrenaturais. Estes poderes chamam-se Orders e dependem dos desejos mais profundos de cada pessoa. Anos antes dos eventos do anime, o protagonista desejou que o mundo fosse destruído e acabou obtendo um poder muito forte. Agora, com os usuários desses poderes a aparecer e a fazer o que bem lhes apetece, o herói é obrigado a intervir.
Todos sabemos que a derradeira rampa de lançamento de Big Order não foi a premissa ou o estúdio. O que projetou este anime para a lista dos mais aguardados desta temporada foi o nome por detrás da história. Depois do sucesso apocalíptico de Mirai Nikki, seria de se esperar que BO tivesse um tremendo hype em seu redor. Para quem está completamente away do que estou aqui a falar vou explicar: Esuno Sakae, o autor do manga de Mirai Nikki é também o criador de Big Order. Julgo que não preciso de dizer mais nada.
Mesmo não sendo grande fã de Mirai Nikki, não desgosto da obra – esta tem muitos pontos positivos e características interessantes. A questão é Big Order bebe muito na fonte do seu irmão mais velho. Pega em inúmeros conceitos do mesmo e muda alguns pormenores, porém o ponto mais importante não é mantido: a qualidade.
Big Order | Fail atrás de fail
A premissa entediante da obra não deixa de ser cativante e de nos fazer pensar que, se houver um bom trabalho por parte do estúdio, o anime será alguma coisa decente. Logo no primeiro episódio a maneira como a narrativa é construída e apresentada dá-nos uma sensação agridoce. Quando nos tentam explicar a realidade apresentada, referem basicamente o que está descrito na premissa. Não explicam a origem do “sobrenatural” ou de que modo as pessoas designadas de Orders são escolhidas.
E é aqui que entendemos que tudo principiou mal. Apesar da narrativa não me ter elucidado eu também não fiquei com a mínima curiosidade de saber mais. Nada naquele mundo paranormal me chamou à atenção ao ponto de eu ansiar respostas. Depois de dois minutos de explicações mastigadas e pouco nítidas, a trama avança com um ritmo frenético. Realmente, Big Order não é secante e tem sempre algo a acontecer, porém nada do que acontece é apelativo. E conforme o avanço começamos a entender o porquê de tudo naquele anime parecer confuso e pouco sinuoso: direção podre.
O diretor desta obra dá-se pelo nome de Kamanaka Nobuharu e nunca dirigiu um anime. Porém vai uma grande diferença entre ser novato a ser bêbado e a ir trabalhar de ressaca. A exposição narrativa do anime é medíocre e isso poderia-se “desculpar” pela inexperiência do diretor. Contudo, e a música jazz a orquestrar as cenas dramáticas? PELO AMOR DE DEUS. Enquanto a psicopata Rin apontava uma faca ao pescoço da irmã mais nova de Eiji, tocava uma música de pantera cor-de-rosa no fundo. Se a intenção era criar tensão na cena, adivinhem, não criou. Assassinou completamente qualquer drama que pudesse existir. E este “cancro” fez-se sentir também no segundo episódio, em cenas tristes, alegres ou tensas, sempre o raio da música Jazz.
E não foi esse o único parâmetro condenável dos dois episódios. As tentativas (falhadas) de sexualizar o anime foram completamente parvas e idiotas. Eu sou a primeira a defender fan service quando este não atrapalha a narrativa, contudo Big Order não é um ecchi e não havia abertura para tais “obscenidades”.
E os pontos negativos não terminam aqui. A arte do anime é semelhante à de Mirai Nikki, inclusive parece que foi produzida no mesmo ano. Se compararem a animação de Big Order com a dos restantes animes da temporada vão entender que esta está bem abaixo da média. Cores pouco vivas e sequências de batalhas pouco fluídas.
Juízo Final | Big Order poderá melhorar?
Neste momento, o único ponto favorável de Big Order é as suas personagens principais. A Rin é psicopata como a Yuno e o Eiji é mais corajoso do que o Yuki. Contudo, esse pequeno aspeto positivo é algo que acaba por se perder nas lacunas gravíssimas da exposição narrativa da obra.
Depois de assistir dois episódios e ver o fail plot twist do final do segundo capitulo, acho difícil Big Order sair do buraco em que o estúdio o enfiou. É impossível? Não. Mas sinceramente não acredito que vá melhorar. A esta hora o anime já deve estar praticamente terminado e não me parece que a direção se torne mais sóbria.
Para dizer a verdade, acredito que com o passar dos episódios este vá ficar pior do que já está. Talvez esteja a ser pessimista demais, porém dadas as circunstâncias julgo que seja muito difícil fazer de Big Order algo decente.
Análises
Big Order
Os Pros
- Personagens
Os Contras
- Exposição narrativa
- Banda sonora