Título: Black Clover
Adaptação: Manga
Estúdio: Studio Pierrot (Naruto, Tokyo Ghoul)
Demografia | Género: Ação, Comédia, Magia, Fantasia | Shounen
Ficha Técnica: Indisponível
Black Clover | Sinopse
Asta e Yuno são dois órfãos abandonados em bebés, numa igreja. Os dois não podiam ser mais diferentes, e isso revelou-se desde o primeiro dia. Asta é agitado, Yuno bastante sossegado, Asta não consegue usar magia, Yuno é um prodígio.
Num universo onde magia é tudo e toda a gente a sabe usar, com mais ou menos poder, a ideia de Asta não possuir qualquer magia é aterradora. Para piorar, além de barulhento, é persistente, imaturo e incapaz de desistir, o que acaba por levá-lo a situações bastante constrangedoras. No meio de tantas diferenças, os dois partilham do mesmo sonho: serem o Feiticeiro Imperador.
Black Clover | Enredo
Semelhante a algo que conheçam? Humm Naruto? Ou será Fairy Tail? Ou serão um pouco dos dois com um toque de Boku no Hero Academia? À primeira vista é uma conjugação de Naruto-criança dentro do universo de Fairy Tail.
Este shounen não foge às raízes supra-citadas, envolve uma personagem marcante – apesar de francamente irritante -, um rival com quem este cresceu e incrivelmente mais poderoso, e um objetivo em comum: ser o Feiticeiro Imperador.
No entanto, apesar dos protagonistas não fugirem muito do cliché shounen, a sua relação acaba por nos surpreender. Em apenas um episódio ficamos com o bichinho da curiosidade nestes dois órfãos e nas suas relações. Sobretudo no que diz respeito ao protagonista, Asta.
Nos primeiros 5 minutos, senti uma grande vontade de chapá-lo (bem como colocar no mute), todavia, à medida que a história avança os nossos sentimentos mudam drasticamente. Se havia forma de cativar a nossa empatia, a entrega dos Grimoires foi um ponto marcante! Depois daí, a narrativa começou a dar as suas cartas e a mostrar, indubitavelmente, que existe potencial para que este seja um dos novos grandes shounens.
Black Clover | Ambiente
Em termos de ambiente, as colorações mais escurecidas e o visual pesado favoreceram a imersão naquele universo medieval. A animação foi muito bem conseguida, fluída e consistente. A obra é exigente em termos de animação uma vez que envolve uma caracterização medieval com muita magia à mistura mas, à partida, parece ser uma adaptação muito bem conseguida neste parâmetro.
O recurso à animação 3D esteve sempre presente nos momentos “mágicos” deste primeiro episódio. Pessoalmente, não gostei. Achei um contraste um tanto desfasado com a animação 2D, fiquei com a sensação que iria usufruir muito mais sem essas quebras. No entanto, não posso dizer que está mal elaborada uma vez que toda ela é bastante consistente e adaptada à situação.
A banda sonora apesar de estar quase sempre presente passou-me um pouco despercebida. Ainda assim, ouvida com atenção possui sonoridades interessantes e moldadas à situação.
Black Clover | Potencial
Pessoalmente gosto muito da manga original, sigo-a quase desde que saiu e confesso que aguardava a sua adaptação. Acredito que seja um sucessor melhorado de Fairy Tail, no entanto, tudo depende do como e do quanto irão adaptar da obra original. Este primeiro episódio demonstrou uma pretensão de não seguir o manga à risca que não achei de todo negativa, pelo que me parece que haverá o cuidado de manter a essência. Ainda assim, e dado que o estúdio que está a adaptar não ser dos meus… preferidos… não quero elevar as expetativas. Todavia, para quem gostar das obras supra-citadas ou de shounen de ação este é possivelmente uma das melhores apostas da temporada.
Sugestão:
Noites de Manga – Black Clover
Análises
Black Clover
Um dos animes mais aguardados da temporada de outono finalmente estreou.
Os Pros
- Tema interessante e um ambiente a condizer.
Os Contras
- 3D e início um pouco irritante.