Bleach Capítulo 666 – “Empty Hall of the Puppet Temple”
Bem, a verdade é que as coisas podiam ter sido bem piores. Claro que podiam ter sido melhores. Mas neste momento, e tendo em conta todo o desastre que temos presenciado em alguns desenvolvimentos de Bleach, não devemos esperar mais que isto. Portanto, abordando isto de forma objetiva foi bom. Certamente que uns retoques não lhe fariam mal, mas vamos manter o pés na terra, não vá a Ira do senhor Kubo atingir-nos com um mau capítulo.
A conversa de Urahara com Askin serve para concluir a grande batalha entre os dois. Esta por um lado fornece uma boa linha final a Askin através do bom diálogo e quebra de cliché a que nos habitou, por outro, aproveita para caracterizar o misterioso Urahara, dando-nos confirmação do interessante processo de pensamento desta personagem, que acompanhamos através de um comportamento mais silencioso ao longo de toda a obra.
Askin teve um bom fim. Não se transformou mil quinhentas vezes, nem atravessou um processo de metamorfismo divino para uma avestruz angelical. A personagem foi sólida, provavelmente um dos Quincy mais surpreendentes que já presenciamos. Além disto foi o primeiro a levar Urahara a extremos que nunca antes foram vistos, sem nunca decorar o grande valor do seu formidável adversário. Coisa que nem o Aizen conseguiu fazer, ainda que as circunstâncias sejam completamente diferentes, Askin merece todo o mérito, e teve a sua conclusão merecida.
Antes de virar o flanco vemos Nell a analisar a conclusão da batalha, sendo a chave final para a caracterização de Urahara ao referir que este previu as 5 possibilidades de batalha, sendo que ela ficou fora da bolha caso a pior acontecesse. Entretanto e como ela referiu muito bem, terá que fazer duas viagens. Uma para o resgate dos irmãos Shihoin, e outra para Grimmjow e Urahara. Será que vai acontecer algo por estes lados que leve a Nell a defender os feridos? Seria interessante. Nell e Grimmjow a defender Shinigamis feridos. Esperemos para ver.
E por fim, estamos de volta ao lado de Gerard. O último elite em pé. Fiquei com a impressão que este e Hitsugaya já se encontravam a lutar durante algum tempo, ou seja houve aqui um pequeno momento de batalha que ficou desenvolvido em background, mas nada de muito importante. Duas coisas me levam a argumentar este ponto. O primeiro refere-se ao facto de Hitsugaya estar a lutar em Bankai e ainda não ter arranhado Gerard. A segunda e bem mais importante, as Pétalas de Gelo da Bankai do Hitsugaya. Se repararem num dos painéis está explicito que faltam já duas. Isto informa-nos que já passou algum tempo de batalha, e adiciona que Hitsugaya pode ter evoluído mas não o suficiente para retirar o limite temporal à Bankai.
Após umas agradáveis e cómicas trocas de palavras entre Hitsugaya e Byakuya somos interrompidos por uma das variáveis desta Guerra: Kenpachi. Como poderia Kubo abandonar o capítulo 666 sem a sua Besta? Parece que já recuperou dos danos que Pernida lhe executou. Chegou e já marcou presença ao fazer o que mais nenhum dos capitães aqui presentes fez em muito tempo: causar dano real ao Gerard. Tal como afirmei no início da batalha contra Pernida, Kubo eliminou ali Kenpachi, não por ser fraco, mas sim por não ter qualquer tipo de vantagem contra um adversário que utiliza o cérebro. Kenpachi com Gerard terá então o seu elemento de redenção. Bankai de Kenpachi a caminho?
Apesar desta luta ser a fórmula da batalha contra o Espada número zero – Yammy – adiciona-se aqui um elemento quase poético bastante interessante. Gerard é o milagre que possui uma força cujo o próprio não conhece os limites. E Kenpachi fica mais forte sempre que se encontra em desvantagem numa batalha. Portanto, quem sai favorecido neste paradoxo? Penso que a Bankai do Kenpachi nos dará essa resposta.
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