Título: Boku no Hero Academia
Adaptação: Manga
Produtora: Bones
Géneros: Shounen, Superpoderes, Ação, Drama
Ficha Técnica: Indisponível
Boku no Hero Academia | Opening
“The Day” – Porno Graffitti
https://www.youtube.com/watch?v=EsO-VAToYJo
Boku no Hero Academia | Enredo
Num universo onde os super-poderes (denominados Quirks) são uma realidade habitual, uma nova estrutura política e governativa é criada – uma sociedade de heróis é implementada no mundo, e ser-se “herói” é uma profissão como qualquer outra. Izuku Midoriya tem um sonho desde criança: tornar-se um herói! Sendo que 80% da população é detentora de uma habilidade especial, não parece um sonho tão descabido assim… Não fizesse ele parte dos raros 20% da população mundial que não sustenta qualquer tipo de poder.
A obra mais esperada da temporada chegou e conquistou o público afoito por mais uma obra épica. O aclamado sucessor dos clássicos da Shonen Jump, instigou um frenesim incalculável nos jovens seguidores da obra original. O conceito é já por si bastante interessante: um mundo de heróis, onde ter poderes é o normal. O protagonista, como um típico protagonista shounen, alguém desfavorecido comparativamente aos outros, cuja genética retirou-lhe a possibilidade de seguir o seu sonho: ser um herói.
As peças foram montadas, e desde o primeiro episódio que o potencial transbordava desde as entranhas. Mal nós sabíamos que estávamos na presença de um possível clássico desta geração.
O enredo tem início de forma lenta e calculada. Como qualquer obra shounen de longo curso, o começo apresenta os intervenientes, superpoderes e universo, podendo dar, ou não, um vislumbre dos obstáculos a enfrentar. Escusado será dizer que temos que olhar para Boku no Hero Academia como uma obra de continuidade, uma obra que apenas revelou as suas cartas sem sequer as montar nos seus devidos papéis. Com apenas 13 episódios, o resultado foi bem melhor que o esperado nos mais variados departamentos.
O enredo é um crescendo de carga dramática e peso emocional, com alguns pináculos pelo meio que exacerbam o devido reconhecimento que esta obra merece.
Claro que numa primeira instância, e para quem não conhece a obra original, existem personagens que falham redondamente. Com apenas duas dimensões, e mal desenvolvidas, as primeiras impressões às personagens não são as melhores, assemelhando-as a meros genéricos, sem qualquer substância ou expetativa de progressão. O protagonista poderá ser uma das personagens a quem seja apontado o dedo devido a essa mesma progressão lenta, no entanto, ressalvo: em longo curso, isto poderá demonstrar-se algo bastante positivo, quiçá essencial para demarcar o peso da mesma na obra final.
O que é um herói?
Como referi nas primeiras impressões, a obra gira em torno do significado do “verdadeiro herói” e o que este símbolo acarreta. Esta filosofia serve de cenário para maravilhosas coreografias de batalha, e disputas apaixonantes onde o psicológico colide contra maravilhosos superpoderes, num universo cuja a realidade é bem mais fria que o esperado.
Boku no Hero Academia | Ambiente
O ambiente ajuda portanto a potenciar todo o background emocional. Kohei transpôs na sua obra todo o sentimento e fascínio que possui pelo universo dos super-heróis ocidentais. O traço forte e requintado, repleto de pormenores visuais, foi maravilhosamente esculpido pelo estúdio Bones. Se dúvidas haviam quanto à escolha do estúdio, estas dissiparam-se desde o primeiro episódio. Fizeram um trabalho excelente, completo e com uma conjugação próxima do perfeita com os restantes departamentos.
Banda sonora + Animação + Voice Acting
A conjugação desses três departamentos foi próxima à perfeição. A imersão era quase que instantânea, e assim se mantinha durante grande parte do episódio. A animação manteve-se fluída mesmo nos momentos mais exigentes da série, e sobretudo orgânica. No global o visual e animação foram acima da média, com a Bones a presentear-nos com um festim de tonalidades vibrantes e uma conjugação meticulosa entre visual, design de personagens, jogo de cores e fotografia.
A banda sonora é composta por uma seleção musical simplesmente deslumbrante, completa e caprichada. O reportório é vasto e altamente diversificado, que varia desde composições orquestradas clássicas, rock, e sinfonias vocais. Como referido, a banda sonora enaltece todos os departamentos de Boku no Hero Academia graças à sua excelente colocação e conjugação com a narrativa. Um especial destaque para a faixa Hero A e as músicas de abertura e encerramento.
Boku no Hero Academia | Juízo Final
Em suma, Boku no Hero Academia é uma obra para todos os grandes amantes de animação japonesa. Os ingredientes para mais um sucesso mundial estão lá, e não é apontado como o sucessor de Naruto por acaso. O potencial está todo na obra original, e escusado será dizer que merece leitura obrigatória. Estes 13 episódios foram apenas uma apresentação da história, e é preciso ter isso em conta aquando a sua visualização.
O cerne narrativo apesar de ser mostrado, não é desenvolvido porque… bem, são só 13 episódios! Contudo, isso está patente desde início, pelo que para quem está familiarizado com obras de longo curso, não estranhará este desenvolvimento. Posto isto, devem assistir e desfrutar da obra, com a certeza que uma nova temporada vem aí e que desenvolverá este magnífico universo.
Ressalvo que se trata de um puro shounen e como tal, agradará a quem gostar da demografia em questão e tudo o que esta normalmente acarreta.
Análises
Boku no Hero Academia
Uma história original sobre a conquista de um sonho: ser herói!
Os Pros
- Ambiente
- Banda Sonora
Os Contras
- Personagens pouco desenvolvidas