Já vi o filme há algum tempo, todavia não me senti capaz de analisá-lo. Além de não estar claramente inspirada, o filme deixou-me um sabor agridoce. Se me perguntassem se tinha ou não gostado do filme, a minha resposta seria: sim, gostei do filme! Agora, se achei um bom filme… a resposta já seria um: meh.
Boku no Hero Academia the Movie 1: Futari no Hero – Análise
Tive que rever o filme para conseguir colocar os pensamentos em ordem e perceber o que falhou para eu me ter sentido assim. No fundo, tem tudo haver com expectativas. Habituada a uma série de valor crescente, com uma narrativa que se aprofunda e trabalha todos os seus personagens de forma coesa, achei o filme demasiado “conveniente”. Nada me surpreendeu, nem mesmo o final. O plot twist foi expectável e o facto da turma 1-A estar quase toda na I-Island deu-me alguma comichão.
Estes foram os pontos que menos gostei e que, comparado ao que gostei, são míseros pormenores quando inseridos num todo que é o filme.
O que mais gostei em Boku no Hero Academia O Filme
Primeiro, adorei o início. Temos logo um vislumbre da Young Age do All Might que vale pelo filme todo. A sinergia entre ele e o Dave Shield é incrível e digna de um episódio especial de Marvel x Boku no Hero Academia (será que fui só eu a ver isso? xD).
A animação é de babar e sentimos todo o “brilho” que All Might transmitia às pessoas. Os primeiros passos do símbolo da paz foram, de facto, marcantes e conseguiram transparecer muito isso nesses breves minutos. Em boa verdade, senti-me que nem o Midoriya a ver uma das suas cassetes dos feitos de All Might!
Depois, voltamos ao presente. Midoriya e All Might dirigem-se para o cenário de todos os acontecimentos deste filme: I-Island, uma ilha onde estão reunidos os maiores cientistas de todo o mundo. Os dois visitam a ilha na altura da I-Expo, uma feira de exposição de experiências e todo o tipo de projetos científico-tecnológicos.
A ideia da ilha tecnológica com sistema de segurança electrónico nível máximo é apetecível, claro que conseguimos imaginar logo onde tudo isto vai parar. A ideia de alguém se apoderar de um sistema de segurança xpto não é nova no panorama do cinema, mas não será isso que tornará a experiência menos agradável.
Claro que percebemos que a base do enredo é cliché e até bastante usado em sci-fi ocidental, mas possui muitas coisas boas, algumas delas:
- Podermos ver os nossos heróis a lutar contra vilões;
- Melissa Shield – possível inserção no futuro no manga canon como cientista;
- Uma animação de fazer babar;
- All Might na sua Young Age;
- Bakugou a ser Bakugou.
Como se estas razões não fossem já suficientes, a animação está ao nível máximo, aquele ponto caramelo que desejo ardentemente poder ter visto no cinema (feliz por saber que vou poder ver o segundo ehehe). Conseguimos ter sequências de batalha a um nível ridículo, com movimento, fluidez e uma boa coloração. A banda sonora não acho que tenha sido memorável todavia funcionou muito bem em todo o filme.
Juízo final – Filme My Hero Academia Two Heroes
Confesso que gostei mais desta segunda vez que o vi que da primeira. Lá está: expectativas! Estava com elas no topo quando vi pela primeira vez e isso influenciou toda uma experiência para pior. O que vos aconselho é assistirem de uma forma polida sem conceitos prévios ou ideias de narrativa. Vão assistir a um filme de Boku no Hero Academia, óbvio que será bom! Mas claro, há partes menos boas (e exasperadamente convenientes para o plot) e temos que tentar não nos focarmos apenas nelas.
Além disso, e segundo o meu ponto de vista, o verdadeiro sumo está no Dave Shield e na sua filha, Melissa Shield, que poderá se tornar numa sidekick e cientista de valor para a série. Pelo que percebi, apesar do filme ser non-canon, Kohei inseriu a família Shield, num volume promocional especialmente feito aquando o filme.
Análises
Boku no Hero Academia the Movie 1: Futari no Hero
O primeiro filme da franquia Boku no Hero Academia coloca os nossos heróis numa ilha muito especial onde tudo pode acontecer.
Os Pros
- Animação
- Comédia
- Batalhas
Os Contras
- Conveniência de plot