Coffee Talk | |
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Plataformas | PC, Playstation 4, Nintendo Switch, Xbox One |
Publicadora | Toge Productions |
Desenvolvedora | Toge Productions |
Género | Visual Novel |
Data de Lançamento | 29 de Janeiro de 2020 |
Quando comecei a estudar Desenvolvimento de Jogos em 2015, um dos hábitos que fui ganhando foi o de experimentar jogos produzidos por estúdios independentes, para ganhar um maior conhecimento sobre algumas ideias brilhantes que nunca chegam a receber o seu devido destaque.
Esse hábito levou-me a encontrar um pequeno estúdio na Indonésia chamado Toge Productions que impressionou bastante, não só pelos jogos que tinham produzido, como também pelo ambiente que existia entre os vários membros da equipa (algo que me faz querer juntar a uma equipa destas).
Um dos jogos que parece transmitir esse ambiente é nada mais nada menos que o seu mais recente lançamento, Coffee Talk, um simulador de barman no qual temos a oportunidade de conhecer a vida dos clientes que servimos.
Mas será o jogo um aborrecimento com falta de açúcar? Ou será que a história dos clientes nos irá afetar profundamente? Graças à Toge Productions, temos a possibilidade de responder a essa e a mais questões.
Sem mais demoras, aqui fica a análise a Coffee Talk.
Coffee Talk – Análise ptAnime
Coffee Talk é um visual novel onde ouvimos os problemas das pessoas que aparecem no nosso bar e tentamos ajudar com o auxílio de uma bebida quente com os ingredientes que estão à disposição.
Coffee Talk – Análise | Uma história em troca de uma bebida bem servida
Numa realidade em que os lobisomens andam pelo nosso mundo como se nada fosse e os elfos montam os seus próprios negócios, comportamentos como ir a um bar desfrutar de uma bebida e dar dois dedos de conversa continuam a fazer parte do quotidiano.
É essa a ideia que Coffee Talk quer transmitir através das histórias que são contadas ao jogador pelos vários clientes, os quais vêm ao nosso bar falar dos seus problemas pessoais num momento de descontracção acompanhado por café.
Problemas como excesso de trabalho, discussões entre pais e filhos ou até mesmo racismo, são alguns dos temas abordados em Coffee Talk e que acabam por ser fáceis de identificar, porque giram à volta dos problemas que atualmente vemos na sociedade.
Apesar de as histórias serem bastante lineares, exceto no final do jogo, não deixam de nos afetar profundamente pelo seu resultado, quer seja bom ou mau, e fazem com que o jogador queira jogar mais.
A diferença entre servir um Expresso e um Teh Tarik
Sendo este jogo uma espécie de visual novel, é bastante óbvio que o foco estará mais virado para a história do que para a jogabilidade, mas, ainda assim, Coffee Talk tentou não seguir a maré e implementou uma boa forma de balancear esse problema.
Quando um cliente pede uma bebida, o jogador tem de a fazer utilizando 3 ingredientes à sua disposição e com base nas especificações dadas, como utilizar um certo ingrediente ou se deve ser mais doce ou amarga. Os ingredientes variam desde café, leite, chá, chocolate, gengibre, menta, canela, etc.
Este mini-jogo é bastante divertido, especialmente porque temos uma lista de bebidas para desbloquear, que vão desde as mais conhecidas até as mais interessantes e estranhas com alguma inspiração na Indonésia.
Outro detalhe interessante é o de tentar fazer latte art em certas bebidas e, na minha opinião, uma das melhores partes do jogo. Só é pena que os meus dotes artísticos, de 0 a 10, sejam um “o Salvador Dali ainda me vai bater”.
As bebidas que servimos aos clientes acabam por influenciar a história, mas apenas no fim, porque todas as que ouvimos seguem de uma forma linear. Ainda assim, não deixa de dar um sentimento de orgulho e satisfação quando “coloca” um Green Tea Latte “à frente” de um cliente.
Um bar perfeito para desfrutar de uma pausa
Uma conversa entre amigos acaba por desenrolar bem quando juntamos uma bebida à mistura, mas muitas vezes o ambiente em que a conversa decorre também ajuda a melhorar a experiência.
Coffee Talk conseguiu capturar o ambiente calmo e relaxado de um Café através de uma combinação entre pixel art detalhada e bonita, e uma banda sonora ideal para acompanhar com um cappuccino.
Mesmo assim, a música consegue ser um pouco repetitiva, apesar de podermos mudar facilmente, mas não é algo que vá distrair o jogador que continuar a ouvir as histórias de Coffee Talk.
Coffee Talk – Análise | Veredito
Quando ouvi falar de Coffee Talk pela primeira vez achei que era uma ideia engraçada e que poderia funcionar, mas a medida que fui acompanhando o jogo, o meu interesse aumentou cada vez mais.
Esta análise demorou um pouco a ser escrita porque eu não conseguia expressar aquilo que eu senti a jogar Coffee Talk. As histórias contadas, a música tocada, as bebidas servidas, tudo isso contribuiu para que voltemos sempre para saber o que passa na vida destas personagens.
Coffee Talk não é o jogo do ano, mas não deixa de ser um ótimo jogo que nos leva numa jornada única que, no final, vai profundamente afetar-nos, ao lado de um café bem servido pois claro.
Análises
Coffee Talk
A combinação perfeita entre história, música e arte que nos faz desejar para que um bar destes existisse na vida real.
Os Pros
- História tocante
- Música harmoniosa
- Arte bonita
Os Contras
- Escassez de jogabilidade
- Música repetitiva