Aceder a WiFi gratuitamente pode ser surpreendentemente difícil no Japão. Em aeroportos internacionais e hotéis geralmente não há problema, mas fora disso é precisa uma password, que ou se compra (existe a possibilidade de alugar HotSpots durante um certo período de tempo) ou é necessário um processo extremamente moroso para se obter. Também convém ressaltar que o acesso a WiFi está pensado predominantemente para smartphones, e não tanto para computadores portáteis.
Para quem está numa visita turística e de curta duração, isto pode acabar por ser vantajoso, pois não se perde tempo a olhar os ecrãs do telefone ou tablet e podemos aproveitar melhor o tempo. Se não podem de todo estar separados da Internet durante a estadia, há sempre os famosos netcafe. Também podem consultar a vossa operadora de rede móvel e ver as suas condições de roaming para o Japão (o que pode ser bastante dispendioso).
Outra opção seria comprar um cartão pré-pago japonês e colocá-lo num telemóvel desbloqueado. O inconveniente é que com este cartão apenas se podem receber e fazer chamadas – para SMS, os japoneses usam um sistema semelhante ao email (nos anime já devem ter reparado que se referem a mensagens escritas como mēru, “mail”) que os nossos telemóveis não possuem.
Assim, qual a melhor opção para quem está no Japão por um período prolongado? Quanto ao acesso à Internet, se forem em regime de estudo e ficarem numa residência, este é de certeza garantido pela Universidade à qual estiverem associados. Se tiverem de ter um alojamento pessoal, podem fazer contrato com uma empresa (tal e qual como seria aqui). Quanto ao telefone, a melhor opção seria comprar um aparelho e cartão de telemóvel japoneses com um plano que se adeqúe às vossas necessidades. As três maiores redes de telemóvel japonesas são a Softbank, a au, e a NTT Docomo.
Relatando a minha experiência pessoal, em relação ao acesso à Internet, a minha universidade deu-me um modem com ligação por cabo ao meu computador pessoal para usar em casa, acedendo à Web pelas minhas credenciais de aluna. Quando viajei e estive alojada em hostels e hotéis, houve sempre acesso WiFi. No que toca a serviço telefónico, eu comprei o telemóvel mais barato que pude (um flip phone simplicíssimo) e um cartão pré-pago na Softbank, que renovava de 3 em 3 meses (na prática, comprava-se um cartão novo por 3000 ienes (€25,52) ou 5000 ienes (€42,53), que se ativava com o nosso número de telefone “original”), no qual o serviço de mail tinha um custo acrescido de 300 ienes (€2,55), que se pagava uma única vez. Este pagamento do mail só se fazia novamente quando o cartão pré-pago expirava (o ideal é ativar um novo cartão no último dia de validade do anterior).
A maior parte dos estrangeiros com as mesmas circunstâncias que eu (regime de estudo de um ano) fez exatamente o mesmo, havendo alguns que preferiram outras redes com planos similares ou comprar um smartphone em vez de um telemóvel mais simples.
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