A história dos videojogos está repleta de personalidades importantes. Desde Shigeru Miyamoto e Gunpei Yokoi, criadores de Super Mario Bros., até mesmo desenvolvedores de jogos recentes, como David Jaffe, Todd Papy, Cory Barlog e Mark Simon, que levaram até ao mercado God of War. Entre eles, um dos mais prolíficos é Hideo Kojima, de Metal Gear.
Ao longo da sua carreira, além da principal criação (Metal Gear), é também reconhecido por Policenauts, Snatcher, Boktai: The Sun Is In Your Hands, Zone of the Enders, Castlevania: Lords of Shadow e o mais recente Death Stranding, lançado pela sua desenvolvedora Kojima Productions.
Graças a histórias muito bem desenvolvidas, e uma jogabilidade que permitia o uso de equipamentos táticos reais usados por militares, como lunetas, além de várias opções de armas, deixou a sua marca em diversas gerações, ao trazer mais seriedade para o mundo dos videojogos, abrindo portas para várias outras franquias.
Conhece a História de Hideo Kojima – As Inspirações
– Cinema –
Nascido a 24 de agosto de 1963, no bairro de Setagaya, em Tóquio, Kojima mudou-se para Shirasaki, na região costeira de Wakayama, quando tinha 3 anos. Durante a sua infância e adolescência, o cinema esteve bastante presente na sua formação.
É possível ver a inspiração dos seus jogos em obras da franquia 007 e em The Great Escape, de 1963, que até mesmo serviu de base para a concepção do jogo que ficaria mundialmente famoso: Metal Gear (MSX 2, 1987).
Graças a isso, desenvolveu uma imaginação muito fértil. Segundo o próprio, chegava até mesmo a criar histórias somente ao olhar para objetos, rindo ou até mesmo chorando para eles, o que muitas pessoas nem sequer entendiam.
Mesmo quando atingira a idade adulta, Kojima ainda era apaixonado por obras como Terminator e Rambo. Isso motivou-o a tentar a carreira de operador de câmara durante alguns anos da sua vida, mas por falta de oportunidade optou por uma outra profissão.
– Escrita –
Após essa fase da vida dele, tentou a carreira de escritor. O maior sonho era o de ver o seu trabalho reconhecido, mas, como as suas histórias eram longas demais, não se encaixavam nos padrões de 100 páginas que eram exigidos na época.
Sentindo-se completamente rejeitado e sozinho dentro de uma realidade que não aceitava a sua criatividade, Kojima viu-se perdido, e até chegou a desistir momentaneamente do seu sonho, ao candidatar-se numa faculdade de economia.
– A entrada nos videojogos –
Tudo começou no quarto ano de faculdade, onde, encantado através da Famicom, descobriu Xevious e Super Mario Bros, que o fizeram descobrir o mundo dos videojogos e traçar para sempre o rumo de Kojima.
Mesmo sendo constantemente avisado por amigos e familiares de que trabalhar com isso não o levaria a lugar algum, prosseguiu com a ideia. Segundo Kojima, diferentemente da escrita e do cinema, os videojogos traziam uma nova dinâmica, permitindo que o jogador participasse na história e ele via um grande potencial nessa componente.
Após algum tempo, conseguiu um emprego na Konami, e a sua primeira função foi de assistente em Penguin Adventure 3, que era uma continuação de Antartic Adventure, que fazia sucesso no MSX.
– A consolidação do sucesso –
Apesar de novo, Kojima trabalhava incansavelmente dentro da Konami para trazer novas ideias e consolidar o seu nome no mercado. Até que um dia os superiores, vendo o esforço do jovem, deram-lhe um projeto de um jogo de guerra.
Através dele, conseguiu imprimir todas as suas ideias, criando assim Metal Gear, que é considerado o primeiro jogo stealth, que precisava de furtividade ao invés de confronto direto, para avançar nas fases.
E como diria o poeta: o resto é história.