Hachi-ko (cão número 8) , também conhecido pelo seu diminutivo Hachi, raça canina Akita, nasceu em 1923. É no Japão, até aos dias de hoje lembrado pela sua lealdade ao seu dono, que se manteve ainda depois da morte deste.
Hachi foi adoptado por um professor de Tóquio, Ueno, conhecido como amante de cães. Ueno levou Hachi para sua casa em Shibuya, onde o encheu de carinho e amor. E todos os dias Hachi acompanhava o seu dono até a estação de Shibuya e esperava pelo seu regresso.
Mas um dia o professor Ueno, em 1925, foi vítima de um AVC e não regressou a casa. Até ao seu enterro, Hachi tentou manter-se o mais próximo fisicamente do seu dono. Existem dois relatos sobre essa tentativa. O primeiro diz que durante o velório, Hachi entrou na sala onde tinham colocado o corpo e deitou-se ao lado do seu dono; o outro relato diz que, quando chegou a tradição de colocar objetos pessoais importantes do falecido dentro do caixão, Hachi saltou para dentro do caixão e deitou-se em cima do seu dono, sendo retirado à força pelos populares.
Depois do funeral do seu dono, Hachi voltou sempre à estação todos os dias à aguardar o regresso do dono, frequentando algumas vezes a sepultura dele. Durante sete anos, Hachi manteve-se sentado à espera, e saia apenas quando as dores da fome o obrigavam. Os passageiros que frequentemente viam Hachi e o dono juntos, perceberam que o cão esperava em vão e começaram a trazer guloseimas e petiscos para Hachi de forma a aliviar sua vigília .
Em 1934, Hachi morreu sofrendo de dirofilariose, um parasita que ataca o coração.
O total de tempo de espera pelo seu dono foi de 9 anos e 10 meses. A notícia da sua morte chegou a ser a primeira página dos principais jornais japoneses. Os ossos deste fiel amigo foram enterrados ao lado do dono (figura em baixo à direita) e sua pele preservada, onde permanece numa figura empalhada no Museu Nacional de Ciências em Ueno (figura em baixo à esquerda).
Foi erguida uma estátua , no local onde Hachi se sentava todos os dias e que é usada como ponto de encontro para as pessoas que combinam saídas com amigos, ou encontros com familiares, visto que a entrada da movimentada estação de Shibuya, torna impossível combater a avalanche de pessoas que circulam por lá diariamente.
A história de Hachi , ou a sua estátua, já foi mostrada em animes, mangas e até no Scooby-Doo. Também teve como base para o filme de cinema, Hachi, em versão americana, com Richard Gere.