Lançado a 12 de janeiro de 2017, no Japão, e a setembro do mesmo ano no resto do mundo, Danganronpa V3 seria o primeiro da franquia a ser desenvolvido para uma consola doméstica, neste caso a PlayStation 4, recebendo também uma versão portátil na PS Vita.
Este terceiro jogo mainline da franquia inicia uma nova história completamente desconectada dos eventos da Escola Pico da Esperança. Neste jogo ao que os japoneses apelidam do “Novo Semestre de Morte de Todos”, a história de Danganronpa V3 introduz-nos a mais 16 estudantes Ultimate e ao nosso novo palco, a Escola Derradeira para Juvenis Dotados (em inglês, Ultimate Academy for Gifted Juveniles).
Apesar da nova história, Monokuma volta como a mascote do jogo, trazendo com ele os seus maravilhosos cinco filhos, os Monocubs: Monotaro, Monosuke, Monokid, Monophanie e Monodam.
Este jogo também conta com a primeira protagonista feminina num jogo mainline da série, Kaede Akamatsu, a Derradeira Pianista. A notar que as primeiras protagonistas da série foram Ryoko Otonashi, a Derradeira Proeza Analítica, na light lovel Danganronpa Zero e Komaru Naegi, irmã mais nova do primeiro protagonista Makoto Naegi, no jogo de ação-aventura Danganronpa Another Episode: Ultra Despair Girls.
Mas antes de continuarmos, queria agradecer à Spike Chunsoft por nos ter disponibilizado o jogo na sua Anniversary Edition para a Nintendo Switch. Esta versão inclui uma galeria onde se pode ver diálogos, vozes e sprites das personagens.
E agora… Let’s give it everything we’ve got! It’s… PUNISHMENT TIME!
Danganronpa V3: Killing Harmony – Análise (Nintendo Switch)
Jogabilidade
Depois do anime Danganronpa 3: The End of Hope’s Peak High School, a série começava agora um novo arco. Uma nova história completamente desconectada dos eventos anteriores a qual os japoneses apelidaram de New Danganronpa V3. O “New” para sinalizar o começo de algo novo e o V3 para o público não confundir este novo jogo com uma adaptação para jogo do anime previamente mencionado. Apesar de V3 ser o “novo” da franquia, a jogabilidade e a maneira como a história é dividida e como esta avança continuam como nos outros dois jogos mainline.
Uma nova mecânica introduzida à exploração da escola foi a de os jogadores serem convidados a esbofetear os cenários em procura das famosas Monocoins. Estas Monocoins servem para o mesmo gatcha de prendas, mas agora também para um Casino, desbloqueado mais à frente no jogo.
O centro do jogo continua nas Class Trials que receberam o maior update até agora. Em termos visuais, os pódios das personagens flutuam levemente de cima para baixo e quando entram em suspeitas, o pódio do alvo de tal suspeita, move-se para o meio do círculo de alunos, dando um significado literal à expressão “ser o centro das atenções”.
Como o tema do jogo desta vez é “a verdade e a mentira” (em vez do antigo “desespero contra esperança”), Danganronpa V3 introduz as Lie Bullets, “provas” falsas usadas para mentir e chegar a um novo percurso de discussão. Novos minijogos também foram adicionados enquanto outros foram melhorados, portanto vamos falar deles agora:
- Hangman’s Gambit Ver. 3.0 é bastante parecido com o Improved Hangman’s Gambit de Danganronpa 2, com letras a flutuar dum lado para o outro, mas desta vez, o tabuleiro está às escuras e teremos de iluminar as letras para ver quais são.
- Argument Armament é um jogo de ritmo parecido com os Bullet Time Battle e os Panic Talk Action mas com um novo formato. Desta vez, o jogador tem de premir a combinação de botões na ordem e no tempo correto. Quanto mais vida o inimigo perder, mais as suas roupas são destruídas e no ato final, quatro palavras ou partes de frases são mostradas e o jogador tem de as colocar na ordem correta rapidamente.
- No Debate Scrum, a class trial é dividida em dois, enquanto o jogador encontra rapidamente uma contradição em cada argumento da equipa contrária para os convencer da verdade.
- Mind Mine é um jogo de puzzle onde o jogador vai destruindo blocos até descobrir a imagem que precisa.
- Psyche Taxi é a evolução do Logic Dive onde o jogador desta vez conduz um carro, desviando-se de obstáculos e dando boleia às bonecas que contêm as respostas corretas para cada pergunta.
- Mass Panic Debate é parecido com o titular Nonstop Debate, mas desta vez, múltiplas personagens falam ao mesmo tempo criando o caos na class trial. Devido a isto, o ecrã é dividido entre várias personagens que falam umas por cima das outras, das quais uma terá a contradição que precisa de ser acertada com a Truth Bullet correta.
Este é o pico de jogabilidade de Danganronpa. Sendo feito para uma consola caseira, este é o jogo mais responsivo e “smooth” que joguei na série. Por favor, façam o V4 neste estilo. E nem me falem do grafismo todo… AAAHHH! Lindo! Não consigo expressar o quanto amo os visuais do jogo, desde as caixas de texto, aos cenários, às personagens, etc…
Conteúdo Pós-Jogo
Em cima disto, Danganronpa V3 contém quatro modos depois da história ser concluída:
- Love Across the Universe é o School/Island Mode deste jogo, onde o jogo mortal não acontece e o jogador tem um tempo limitado para construir robôs para o Monokuma enquanto passa o tempo livre com as outras 15 personagens.
- Card Death Machine é um gatcha que contém cartas de cinco raridades diferentes de todas as personagens de Danganronpa, Danganronpa 2 e Danganronpa V3. Estas cartas podem ser usadas nos restantes dois modos.
- Despair Dungeon: Monokuma’s Test é um rpg dungeon crawler. As cartas devem ser evoluídas no tabuleiro para poderem avançar nas dungeons, derrotando vários inimigos e bosses em batalhas por turno.
Estes modos não são nada de mais como sempre, mas o DDMT foi engraçado pelo fanservice das personagens de um jogo interagirem com as de outro.
História
Eu realmente preciso de endereçar o que é para mim o elefante na sala, a conclusão de Danganronpa V3.
Tentando me manter o mais vago possível para não dar muitos spoilers, o antagonista deste título é… pois, não é bom. O que tornou o antagonista da saga anterior tão memorável é que ele era justo com as regras que impunha. Se a regra fosse X, o vilão não a iria quebrar.
Agora, chegar ao último capítulo do V3 e descobrir que uma das Class Trials foi manipulada para a identidade do vilão ser preservada… é uma facada nas costas, porque isso significa que houve uma personagem que morreu sem uma razão justificada.
Apesar disso, gostei do plot twist final apesar de, na minha teoria, ser falso. Como não posso dizer muito sobre o assunto sem entrar em território de spoilers, talvez deixe para outro artigo de opinião, se assim o desejarem.
Juízo Final | Danganronpa V3: Killing Harmony – Análise (Nintendo Switch)
Danganronpa V3 apesar de não estar conectado com os outros jogos em termos de história, é extremamente aconselhado a ser jogado a seguir da saga toda da Hope’s Peak Academy. Esta recomendação não vem só de mim, mas também pelo criador Kazutaka Kodaka, a Spike Chunsoft e outros membros do staff.
O jogo é visualmente o melhor, mas devido ao seu final controverso ainda sem continuação, V3 continua a ovelha negra da família. Na minha opinião, o final é bastante bem conseguido e deixa-se suficientemente aberto para teorias enquanto esperamos pelo Danganronpa V4.
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Análises
Danganronpa V3: Killing Harmony
Danganronpa volta em força com uma nova história de deixar o jogador colado à cadeira até ao final!
Os Pros
- Final bastante memorável (positiva ou negativamente) com espaço para teoria
- Personagens originais e com designs nunca antes vistos
Os Contras
- Antagonista muito mau comparado com o de Hope’s Peak