Digimon World Next Order | Análise Playstation 4

Nome: Digimon World Next Order
Produtora: B.B Studio
Distribuidora: Bandai-Namco
Plataformas: Playstation Vita; Playstation 4
Género: RPG, Aventura, Virtual Pet
Horas de Jogo: 45

 

Digimon World Next Order | Análise Playstation 4

 

Digimon World Next Order | Enredo

Digimon World Next Order vai direto ao assunto no que toca ao enredo. Após escolhermos entre 2 personagens, rapaz ou rapariga, somos imediatamente transportados para o mundo digital. É aqui que nos reunimos com os Digimon da infância do protagonista, WarGreymon e MetalGarurumon. Infelizmente, enquanto lutamos com um Machinedramon, os nossos amigos digitais são derrotados e voltam a ser DigiEggs, ovos que vão dar origem a outros Digimon.

 

 

Rapidamente somos introduzidos à premissa básica do jogo. O DigiWorld, o mundo dos Digimon, está a ser atacado por vários Machinedramon que apareceram misteriosamente. Cabe-nos a nós treinar os nossos Digimon e ajudar os habitantes do DigiWorld a livrarem-se desta praga, se queremos voltar ao nosso mundo.

É um enredo bastante to the point que serve apenas como base para a jogabilidade. Claro está, existem desenvolvimentos, como a adição dos nossos colegas de turma, o Kouta e a Himari. Mas Digimon World Next Order não parece ter sido concebido para se desfrutar da história, mas sim da jogabilidade.

 

 

Digimon World Next Order | Jogabilidade

Pode-se descrever a jogabilidade de Digimon World Next Order como “RPG de Tamagotchis“. E no fundo, é essa a essência da franchise! Digimon sempre foi sobre virtual pets que lutam, e Next Order retrata esse sentimento na perfeição. Mas sejamos honestos: é para quem gosta. Digimon World Next Order é incrivelmente complexo. 

Pela primeira vez num jogo de Digimon, temos a oportunidade de treinar 2 Digimon ao mesmo tempo. Depois da introdução, escolhemos que Digimon bebé é que os nossos DigiEggs irão produzir, e a partir daí são 2 palavras: treinar e lutar.

 

Digimon World Next Order | Treinar

O treino dos nossos Digimon toma lugar num ginásio em Floatia, a aldeia onde começamos o jogo. Treinar os nossos monstros digitais é feito através de um sistema semi-aleatório de uma roleta, depois de escolhermos que atributos queremos treinar. E, no decorrer do treino, os nossos Digimon cansam-se, ficam com fome e precisam de usar a casa de banho. É literalmente como cuidar de um tamagotchi, se o nosso tamagotchi tivesse a treinar para ficar todo bombado.

 

 

E, muito semelhante aos tamagotchi, os Digimon em New Order também podem adoecer e até mesmo morrer. Sim, leram bem! Uma mecânica interessante é a Vida dos nossos Digimon. Cada um tem um tempo de vida, que é variável com a dieta, doenças, e até mesmo acumulação de cocó do parceiro. Inevitavelmente, eles morrem e regeneram em novos DigiEggs. É como diz a música: Digimons, monstros digitais! Digivuluam uma vez mais! E nada os vai deter! Excepto a mortalidade a que todos nós estamos sujeitos e que ninguém escapa! 

 

 

Neste ponto, podemos reiniciar o ciclo (se bem que mantendo algumas skills) e escolher novos Digimon e recomeçar o treino. Existem mais de 200 Digimon para treinar, por isso há muito que fazer em Digimon World Next Order!

 

Digimon World Next Order | Batalhas

A segunda grande parte da jogabilidade de Digimon World Next Order são as batalhas. E é aqui que os jogadores mais casuais, ou novos na série como eu, vão ter uma curva de aprendizagem.

Ao contrário dos RPGs tradicionais, em Next Order os nossos Digimon atacam sozinhos, sendo que o nosso papel é apenas alterar as táticas, encorajá-los, usar items e ordenar ataques especiais. É uma miscelânea de menus, botões e estratégia que, confesso, me deixou à nora no início. O jogo apresenta apenas o mais básico em termos de tutorias, sendo que temos de nos desenrascar sozinhos. Após muita tentativa e erro, no entanto, não é nada de transcendente. Mas é preciso persistência, pelo que entendo que Digimon World Next Order seja muito “love or hate”.

 

 

No entanto, quando finalmente já sabemos o que estamos a fazer, as batalhas são extremamente divertidas, principalmente com a introdução do sistema EXE (Extra Cross Evolution). Usando as habilidades EXE, podemos fundir e evoluir os nossos dois Digimon e criar um monstro super poderoso, capaz de tornar uma batalha difícil numa carnificina digital a nosso favor. É uma habilidade bastante satisfatória que me vi a usar sempre que podia.

 

 

Para além do treino e das batalhas, vamos também recrutando Digimon selvagens para juntarem-se à aldeia de Floatia. Quantos mais habitantes recrutamos, mais hipóteses de expansão da aldeia temos, podendo mesmo eventualmente transformá-la numa cidade. Isto proporciona-nos mais lojas e serviços, assim como atividades e side quests. Por alturas do fim da história principal, temos bastante que fazer e Digimon World Next Order oferece bastante para nos mantemos ocupados durante horas.

 

Digimon World Next Order | Estética e Som

A música em Digimon World Next Order é excelente, reminiscente da banda sonora do anime. Riffs de guitarra lançam-nos de volta para aquelas tardes dos anos 90, e os sons dos relógios digitais dos personagens humanos estão iguaizinhos! Já no departamento visual, nota-se que o jogo não se aproveita a 100% do poder da Playstation 4. No ecrã da Vita deve ficar bem, mas perde definição numa TV. No entanto, os efeitos de particulas são impressionantes. O nosso personagem emana uns “cubos digitais” bastante mesmerizantes, quando anda, e as batalhas são um deleite visual no que toca a efeitos. Mas sem dúvida o ponto mais forte é o design das personagens. A arte 2D e as roupas dos personagens humanos são absolutamente fantásticos, com um design moderno e cores vibrantes.

 

Digimon World Next Order | Juízo Final

Se nasceram ou cresceram nos anos 90 como eu, vão de certeza gostar de Digimon World Next Order. É na sua essência um tamagotchi moderno, com imenso para fazer para os jogadores que querem obter e treinar todos os Digimon. No entanto, a sua complexidade e pouca acessibilidade podem desiludir alguns dos jogadores que querem uma experiência mais light.