Nome: Dragon Ball FighterZ
Produtora: Arc System Works
Distribuidora: Bandai Namco
Plataformas: XBox One; Windows; Playstation 4
Género: Luta
Horas de Jogo: 24
Dragon Ball FighterZ – Análise Playstation 4
O primeiro jogo de Dragon Ball que eu alguma vez joguei foi o DB GT: Final Bout. Lembro-me que na altura fiquei completamente embasbacado com o sistema de luta. Desde então, os jogos da saga evoluíram bastante, com a mudança para ambientes 3D desde o Dragon Ball Budokai e o sistema MMO do Xenoverse. Seria uma loucura regressar ao sistema de luta 2D do início, certo? Nope! Dragon Ball FighterZ mistura o melhor de tudo!
Dragon Ball FighterZ | Enredo
Dragon Ball FighterZ tem um enredo que mistura nostalgia com conteúdo novo. Começamos o jogo a controlar o Goku. Literalmente. O espírito do Goku está adormecido, e um misterioso espírito (nós, o jogador) está a controlar o seu corpo. Uma “onda” neutralizou todos os Z-fighters e roubou-lhes os poderes. O Android 16 está de volta. Cópias dos Z-fighters estão à solta e fora de controlo. O Frieza e o Cell ressuscitaram (pela milésima vez…). Sem querer spoilar muito, uma nova personagem feminina também está metida ao barulho. Basicamente, a história do jogo começa com tudo já de pernas para o ar. E lá vamos nós ter que salvar o mundo!
Pessoalmente, eu adorei o enredo de Dragon Ball Fighter Z, principalmente porque é uma abordagem nova do meu tema preferido da série: O Red Ribbon Army e os Androides, com um bocado de Majin Saga à mistura. E também revela um pouco de backstory sobre alguns personagens que fomos conhecendo ao longo dos anos!
O enredo está separado em 3 capítulos principais, nos quais controlámos o Goku, o Frieza e a Android 18. À medida que vamos avançando na história, vamos salvando e recrutando mais personagens para se juntarem à equipa. É super interessante avançar na história como um vilão! Confesso que, como na maioria dos jogos de luta, não tinha grandes expectativas em relação ao Story Mode de Dragon Ball FighterZ. Mas agora tenho a dizer que é, sem dúvida, a melhor história original de um jogo de Dragon Ball! Dá mesmo o feeling de ser uma arc do anime original, com os plot twists, high-stakes e final forms que fazem de Dragon Ball…Dragon Ball!
Dragon Ball FighterZ | Jogabilidade
A jogabilidade de Dragon Ball FighterZ contém elementos de vários títulos de dentro e fora da saga, e implementa-os perfeitamente! Reminiscente do Xenoverse, controlámos um personagem numa main hub que nos permite escolher os modos de jogo. Temos o Story Mode, um modo de treino, arcade mode, VS mode, e batalhas Online. Também temos uma loja onde podemos gastar o dinheiro que ganhámos nas batalhas em cápsulas. Faz lembrar os atuais jogos de telemóvel, no sentido em que cada cápsula nos dá um prémio aleatório. Podemos ganhar avatars novos, títulos e imagens para exibir no modo online, entre outras coisas.
Dragon Ball FighterZ | Combate
No que diz respeito ao combate, a polpa do jogo, temos a marca de qualidade da produtora Arc System Works. Para quem não conhece, é a responsável pelos icónicos Guilty Gear, BlazBlue e Persona 4 Arena.
O que explica o excelente sistema de combate 2.5D à base de sprites. O combate é fluido e simples. Quadrado, Triângulo e Círculo para ataques leves, médios e fortes, respetivamente, e o X para ataques de energia. O R1 dá-nos um combo especial o R2 um dash.
Um novo elemento, reminiscente dos recentes jogos de Naruto ou do mais antigo Tekken Tag Tournament, é o sistema de equipas. Podemos ter até 3 Z-fighters na nossa equipa, e um toque no L1/L2 chama os nossos companheiros para nos ajudarem na luta. Se mantivermos os botões premidos, trocamos de personagem. O antigo passa a ser de suporte e recupera vida, o que abre novas portas para estratégia.
Claro que, como um bom jogo de luta, controlos simples apenas permitem que o jogo seja acessível a toda a gente. Jogadores mais ambiciosos e experientes têm a possibilidade de fazerem uma dança de dedos em botões que permitem fazer ataques especiais, finishing moves ou os meus preferidos: Destructive Finishes, ataques que mandam o oponente a voar para fora do mapa contra uma montanha ou prédio, ou até mesmo que destroem o planeta!
O ponto mais fraco, e que seria de esperar para quem conhece os jogos da ASW, é a pouca variedade de personagens. Um sistema 2.5D à base de sprites exige imenso trabalho e recursos gráficos por personagem para produzir. Mas numa saga como Dragon Ball, onde estamos habituados a ter mais de 80 personagens, não deixo de sentir uma pontada de tristeza ao ter apenas 25 personagens (já a contar com o DLC) em Dragon Ball FighterZ.
Dragon Ball FighterZ | Estética e Som
Os visuais de Dragon Ball FighterZ são, numa palavra, perfeitos. As animações e diálogos pré-batalha são únicas por personagem e respetivo oponente. As animações de vitória são as minhas preferidas: O Goku dá-nos a sua icónica thumbs up pose, a careca do Krillin brilha, a Androide 18 faz pose com o 17. Enfim, é incrível! Durante as batalhas, os sprites das personagens alternam entre 2D e 3D perfeitamente. Nada como fazer um combo de 16 hits em 2D e acabar com um ataque especial em 3D que manda o oponente para a estratosfera! Na primeira vez que derrotei um inimigo, apenas para ter o próximo a voar até mim em 3D e continuar a luta, fiquei com pele de galinha!
Durante as cutscenes temos os modelos de personagem no já conhecido estilo cell shade que a Bandai nos habituou. 3D tão bem texturizado que até parece anime!
No departamento sonoro, temos os prós e os contras. Como já é de esperar, podemos alterar as vozes entre Inglês e Japonês. Durante as cutscenes e as batalhas é um regalo ouvir os efeitos de som característicos da série, desde os sons de teletransporte e ataques de energia, até às coisas mais simples como os efeitos de som de momentos cómicos do anime. Mas por outro lado, as músicas durante as batalhas deixam muito a desejar. São apenas faixas de rock que apesar de condizerem bem com a ação da luta, não têm a essência de Dragon Ball. É uma pena, mas se isso é o ponto mais fraco do jogo, é muito bom sinal!
Dragon Ball FighterZ | Juízo Final
Dragon Ball FighterZ é na minha opinião um dos melhores jogos da série dos últimos tempos. O enredo parece uma temporada da série, e as batalhas em 2.5D são fluidas e uma maravilha de se ver. O departamento visual do jogo está excelente, com um estilo como eu nunca vi em Dragon Ball. A pouca variedade de personagens jogáveis, embora de esperar para o estilo de sistema de luta, é uma pena. Mas tudo o resto faz de Dragon Ball FighterZ o jogo de Dragon Ball que já fazia cá falta há muito tempo!
Análises
Dragon Ball FighterZ
Um jogo de Dragon Ball que não é em 3D? Será um passo atrás ou à frente nesta franchise que já tem 1 milhão de jogos debaixo do cinto?
Os Pros
- Sistema de combate excelente
- Enredo principal ao nivel de Dragon Ball Z
- Efeitos visuais excelentes
Os Contras
- Poucos personagens comparado com os títulos anteriores