Um episódio quase tão bom quanto o primeiro! Yakusoku no Neverland continua a surpreender!
E agora? | Yakusoku no Neverland – Episódio 2 Opinião
Após o rescaldo do primeiro episódio ficaram as dúvidas se o segundo conseguiria manter a fasquia alta que o último alcançou. E não é que conseguiu?! Apesar do desenvolvimento ter sido completamente diferente, o episódio brilhou em todo o seu esplendor!
Algo interessante que vemos logo de início é que enquanto no primeiro episódio temos momentos e cores bastante destacadas entre a vida e a morte (tal como eu falei na minha primeira opinião), neste segundo capítulo do anime, todo o ambiente foi carregado de cores escuras e sombrias, tal e qual como os sentimentos dos personagens.
A parte técnica sobressaiu-se também neste episódio, com os ângulos utilizados pela “câmera”, a utilização das luzes e das sombras nas cenas de maior tensão e, claro está, pelas expressões dos personagens que são fenomenais.
A Tensão da Descoberta
Depois de descobrimos a verdadeira razão por trás do “orfanato”, a Emma e o Norman possuem a difícil missão de:
- 1º esconderem da Mãe que sabem o que aconteceu naquela noite e;
- 2º arranjarem maneira de fugir da quinta antes de completarem 12 anos e serem eles também enviados como comida gourmet para demónios.
O anime agora passa por ver…
Quem consegue ser o melhor ator?
Temos a Emma, o Norman e a Mãe nesta competição, sendo que a Mãe é a que possui melhores capacidades representativas, pois vemos que a mesma dessensibiliza todo o ocorrido da noite anterior, como se de algo rotineiro se tratasse (e trata).
Contudo, temos de tirar o chapéu à Emma na mítica cena do corredor que provocou arrepios a mim e a vocês também! A Emma conseguiu representar perfeitamente perante a Mãe e ainda a desafiou ao perguntar pela Conny.
É aqui que se vê que o anime tem atenção aos detalhes e que não se esqueceu que a Mãe é uma mestre no xadrez (aliás, nunca foi vencida por nenhum dos três protagonistas). Já percebemos desde o final do último episódio que ela sabe que pelo menos um dos três mais velhos (e mais inteligentes) estiveram presentes no dia da “venda da carne”, só não sabe quem.
É nesta cena que a tal atenção aos detalhes entra: subtilmente e como forma de carinho e aproximação com a Emma, a Mãe coloca a mão no seu pescoço com um propósito muito importante. Ao início não tinha entendido o zoom que estavam a dar naquela cena, mas depois de parar para pensar e ver que “a Mãe não é burra nenhuma”, consegui entender que aquele gesto foi pura e simplesmente para… medir a pulsação da Emma!!
Não foi um detalhe completamente GENIAL? As duas estavam ali em guerra para não demonstrarem emoções nenhumas, sendo que elas no seu íntimo sabiam que a outra também o sabia… apenas não podiam mostrar.
Para além dos detalhes na conversa e nas ações, a tensão e ansiedade dos personagens foi tanta que a mesma passou para o espetador. Eu vi-me ali colada na cadeira com o coração nas mãos e só no momento em que eles descem as escadas e finalmente deixam o desespero tomar conta de si é que eu também consegui relaxar e soltar toda a tensão acumulada.
A CloverWorks está a fazer um trabalho espetacular com a transmissão de emoções e sentimentos através das expressões dos personagens e da banda sonora, que aparece no momento certo. Parabéns ao estúdio!
O Plano de Fuga
Para além da excelente e emocionante cena entre os três na floresta, por conta da banda sonora que foi executada na perfeição…
(Ray, o único sensato)
… O possível plano de fuga é a coisa mais idiota que vi na vida. E tudo por culpa da Emma. Se já é complicado fugir daquela quinta com 3 crianças de 11 anos (por mais inteligentes que sejam), imaginem fugir com mais 37, a maioria na faixa etária abaixo dos 6 anos. Um verdadeiro desastre, claro ou com certeza?
Ainda para mais agora a Mãe adicionou um bebé à produção… Estão a imaginar fugir de um sítio super vigiado, em que a qualquer momento pode um bebé chorar, “estragar tudo” e alguém morrer por conta disso? Tal ideia só podia vir da cabeça da Emma, que tal como uma boa protagonista de um shonen possui uma ingenuidade ridícula e um coração maior do que devia.
O único com cabeça ali (Norman) decidiu que devia ajudá-la a conseguir esse objetivo, porque achou que aos 11 anos morrer pela mulher que “ama” é uma bela meta de vida.
Para além deste ser humano em miniatura ainda acrescentaram outro adulto que irá, obviamente, dificultar ainda mais o plano de fuga deles. A nova “irmã” está ali por meio da Mãe para descobrir a “fruta” podre da caixa. Esperem mais dela nos próximos episódios.
Ray: Aliado ou Inimigo?
Custa-me a crer que o Ray esteja metido no meio desta confusão toda, mas realmente toda a reação ao que lhe contaram mais o modo de agir desde o episódio anterior, está-me a fazer torcer o nariz…
Ainda para mais ele decidiu pegar no “sino das vacas” (cof cof), o que provavelmente não tem simbolismo nenhum, mas para mim acendeu logo uma red flag – ou estou a fazer muitos filmes?
Além disso, fiquei intrigada com o livro que ele mostrou à Emma e ao Norman na floresta. Eles focaram no título do mesmo, logo significa que deverá ter alguma importância. Fui pesquisar e vi numa imagem que o livro é o “Mechanical Engineering and History of Humans” do Alex Mikhaylov, que foi um engenheiro russo/soviético e cientista de informação.
Se isto terá alguma importância para a obra? Não quero ir espreitar o mangá porque não quero levar com mais spoilers, então fiquemos na dúvida por enquanto (leitores de mangá, dedos quietos!).
Por fim, a Mãe…
A Mãe tem sido, até ao momento, o personagem que mais estou a gostar no anime. A vibe que ela transmite é de um verdadeiro integrante num anime de horror e tudo graças à espetacular voice actress por trás, a Yuuko Kaida.
Estou curiosa para ver se a Mãe poderá ser um demónio “mascarado”, mas no fundo espero que ela seja humana, já que quero saber o que aconteceu para ela chegar naquela posição.
Pensamentos finais:
- A ingenuidade do Norman: O amor é cego, surdo e… burro.
- Aquela cena inicial em que o ambiente segue o ritmo do relógio não vos deixou tontos?! Animação muito boa!
- A nova “irmã” parece o Hulk… Damn. E esse sorrisinho não engana, aposto que és uma víbora. E já entendi porque nunca gostei do Hulk.
- Emma, quando estás a planear uma fuga não podes gritar os teus planos aos berros… ok?
- Um localizador? Eles afinal são vacas ou cães? As vacas também têm chips? Alguém especializado em gado que me elucide, sff.
- Uma última questão: de onde virão os bebés? Serão de humanos que vendem os filhos para sobreviver ou existirá uma “fábrica de produção de bebés”? Quais são as vossas apostas?
E vocês, o que acharam do 2º episódio de Yakusoku no Neverland?
Podem ler a minha opinião ao primeiro episódio no link abaixo:
>> Um início promissor | Yakusoku no Neverland – Episódio 1 Opinião <<