Depois da estreia dos primeiros episódios de Guilty Crown na edição de Nova York da Comic Con, David Cabrera sentou-se com os produtores da série para uma entrevista. Os produtores Koji Yamamoto e Ryo Ohyama e o representante da Production I.G., George Wada, foram os entrevistados.
Aqui fica a tradução da entrevista sobre um dos animes mais populares desta temporada de Outono.
Entrevista com os produtores de Guilty Crown
Cabrera: Quando soube que a série ia para o ar no horário Noitamina fiquei um pouco surpreendido por ser diferente do tipo de programas que habitualmente lá passam. Gostaria de saber, dos produtores, qual é o público-alvo de Guilty Crown?
Yamamoto: Esse horário, inicialmente, era só para um programa, mas quando a Fuji TV o aumentou foi incluindo mais títulos para agradar a mais gente. A nossa série foi criada com esse objectivo.
Ohyama: Nós damos ênfase à ação e ao enredo, é uma série inovadora! Nós usamos esta abordagem pela primeira vez com Shiki, e foi assim que começou.
Wada: O mais importante foi nós querermos fazer uma série original, portanto, segundo o ponto de vista do estúdio, nós queremos criar a nova geração de Anime. Com Ghost in the Shell, o público alvo tem idades entre os vinte e trinta anos, mas com Guilty Crown tentamos apelar a um público mais novo.
Cabrera: Reparei que o Redjuice faz o design das personagens e o Ryo trata da banda sonora. Apesar de não serem muito reconhecidos no mundo da animação, são bastante populares na comunidade online. Quem teve a ideia de os contactar para a série?
Yamamoto: Foi ideia de toda a equipa, incluindo o director, Sr. Araki. Sentimos que tinham grande potencial e podiam fazer um trabalho do agrado de muita gente.
Ohyama: Quando o Redjuice assinou, o Ryo assinou também por fazer parte da supercell.
Cabrera: Então vieram em pack. A série está programada para ter duas temporadas, no entanto é considerado arriscado quando um anime assina por dois anos. Vê esse risco numa série como Guilty Crown?
Yamamoto: Existe sem dúvida um risco muito grande em fazer uma série de duas temporadas, ainda para mais sendo uma série original. Mas se nós fizéssemos uma só temporada acabava ao fim de um ano, portanto, daqui em diante, vamos fazer mais séries de duas temporadas.
Cabrera: Reparei que na série estão presentes vários temas especificamente japoneses, como a independência externa e o orgulho nacional. Como acha que o público internacional vai reagir? Acha que se vão relacionar?
Yamamoto: A série tem um estilo e conceito japonês e é isto que a torna mais original que outras séries, portanto, como uma série internacional, acho que o tema japonês é muito importante.
Cabrera: Quando vi o primeiro episódio da série fui imediatamente à internet ver as reações e surgiram muitas comparações com Code Geass. As séries partilham um argumentista, mas a minha questão é esta: No decorrer de Guilty Crown, como planeiam diferenciarem-se de Code Geass?
Todos: Onde vês isso?
Cabrera: A premissa da história, os distritos, o Japão controlado e o rapaz que conhece uma rapariga que lhe concede um poder.
Yamamoto: Não estamos a tentar copiar Code Geass. Não planeamos tirar nada para a nossa série. Aliás, quanto à premissa da história, Guilty Crown está bem longe do Japão moderno de Code Geass. Em Guilty Crown a situação é mais normal, portanto não estamos a tentar fazer nada igual. No entanto, é claro que há algumas parecenças.
Fonte/Entrevista Original: Anime News Network