Com os capítulos finais de Naruto que foram publicados esta semana na Shounen Jump, um dos mais conceituados jornais Japoneses entrevistou o grande Masashi Kishimoto. Na segunda parte de entrevista, Kishimoto explorou um pouco as grandes semelhanças de Naruto com ele mesmo, e a forma como projetou imensas caraterísticas dele, e até experiências de vida, na obra Naruto como um todo.
Além de partilharem um grande amor pelo ramen, Kishimoto fala principalmente e mais especificamente dos paralelismos, das experiências passadas na infância, no que diz respeito ao seu sonho de se tornar um artista de manga.
“Eu sempre fui incapaz de ter sucesso na escola, e isto levou-me a sentir um grau de inferioridade em relação aos outros. Quando o Naruto dizia “Eu quero se Hokage”, as pessoas à volta dele riam-se sempre do sonho. Desde a minha infância que fui afirmando que me queria tornar um artista de manga, mas nunca teve grande fundamento para os restantes”.
“Ao contrário do Naruto, eu nunca tive a enorme coragem de gritar o meu sonho em voz alta. Mas na minha mente sempre esteve presente: ‘Talvez seja possível’. É inacreditável que eu seja um dos autores que criou um vasto diverso número personagens, que criam as suas próprias histórias, considerando ainda, que eu era mesmo mau a Japonês, durante os anos escolares. Eu nem conseguia responder a simples perguntas de Japonês, quando se referiam a personagens.”
Ainda assim, Kishimoto já ganhou prémios, e passou imenso tempo a ler livros, a estudar a criação de cenários e estruturação de diálogos, bem como técnicas de realização e planificação visual. Estudou também pintura com óleo na universidade de Arte.
Aproveitou ainda para explicar no como ele sente, que a sua obra se distancia um pouco do manga shounen mais convencional. “Por norma, os mangas deste género tem cenas violentas inevitáveis. Mas eu quis sempre poder mostrar aos meus leitores no como as minhas personagens não tinham outra hipótese, se não a recorrer à violência. Terminar uma batalha através do diálogo como fiz muitas vezes, tem sido um quase tabu.”
Fonte: Crunchyroll
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