Estava completamente “fora de jogo” quando o final do episódio aconteceu! Tenho que admitir a minha falha. Já vi anime mais que suficiente para antecipar um “soco no estômago” daqueles. E os sinais estavam todos lá, mas esta temporada e, sobretudo, este episódio soube desviar a minha atenção para um lado, enquanto preparava o seu sinistro truque do outro.
Tiro o meu chapéu, mais uma vez e certamente não a última.
>>>ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS!<<<
Mob Psycho 100 II – Opinião Episódio 8
Apesar de todo o sleight of hand, tudo o que acontece no episódio, acontece às claras. Por esse mesmo motivo, análise momento a momento parece supérflua e pode retirar o merecido valor deste episódio #8. Por este motivo, tenciono dar a minha opinião sublinhando meramente o que gostei e como fui enganado pela realização e apresentação da narrativa.
Todos a Bordo do Comboio da Mudança:
Fosse para efeitos de preparar terreno para a tragédia do final do episódio ou não, eu não associei os momentos dados aos pais de Mob como premonições porque eles, a par dos restantes na vida do nosso protagonista, também já se estão a aperceber da sua mudança.
Como o red herring, quer dizer, o foco do episódio era Mob superar o desafio da “maratona” para agir sobre um dos maiores motivadores para o seu crescimento, a Tsubomi-chan, eu juntei o apoio dos pais ao de outras personagens que viram o nosso protagonista ambiciosa e afincadamente embarcar nessa final quest.
E todo esse apoio foi uma ternura de ver, fosse dos pais, do irmão, do Telepathy Club, do Body Improvement Club, de Reigen (dele já falamos daqui por um bocadinho…).
A mudança é tudo menos invisível agora e deixa-me muito feliz ver Mob rodeado de pessoas que lhe querem bem – mesmo com as “chamas do inferno” no horizonte.
Saber Mentir é uma Arte:
Várias vezes elogiei a capacidade de Reigen para manipular a situação através das maiores petas possíveis. Já o vimos mentir, repetidamente. Não estava preparado para o ver mentir para algo tão doce. A forma como ele mente a Mob para o ilibar do trabalho e para se focar no seu treino fez-me sorrir, sorriso esse potenciado ao ver Reigen treinar com Mob e ainda acompanhá-lo na corrida.
Become a good person. That is all.
Tsubomi: Mais que um mero “Token”?
Surpreendeu-me a moça! Como apenas a víamos através do olhar de Mob ou em pequenos cameos que nos faziam relembrar da sua presença, sempre olhei para ela como o token amiga da infância e interesse amoroso.
Novamente minha culpa assumir algo assim, mas apenas a via como um “símbolo” que representava um forte motivador para Mob se querer integrar no mundo.
Até pode ser apenas isso, embora agora ache que não, mas este episódio mostrou que ela é more than meets the eye (será que se vai transformar em camião e revelar-se como a Tsubomi Prime?).
O próprio Ritsu deixa uma pista para isso antes, mas toda a sequência dela no consultório de Reigen, o “teste” que ela lhe faz, a forma como analisa a situação mas não divulga tudo o que sabe e, claro, aquele momento na corrida quando Mob passa por ela, faz-me pensar que, ela é potencialmente interessante e claramente mais que um “manequim” para efeitos narrativos.
Mob is a good boy…
… mas a sorte não quer nada com ele (termo correcto seria: ‘can’t catch a break’, mas não sei como traduzir isto de forma suave).
Claro, mesmo com os azares ele não desistir e seguir em frente, devagar mas certamente, é uma prova da sua evolução e mais um motivo para torcer-mos por ele, mas caramba, era preciso tornar o seu “trabalho de hércules” ainda mais exigente? He really is a good boy e já cresceu tanto…
Mesmo receoso, cansado e magoado, só o corpo colapsar o fez parar. E, embora braceje contra o azar que o assola, gostei desse pormenor: o corpo desistiu, mas Mob não. Algo que toda a gente viu isso.
Mas um azar nunca vem só não é Sho?
Psycho Helmet Club: Red Herring The Sequel
Podia dizer que sem a atitude da Mezato em “pressionar” Mob a ganhar, usando os poderes para se revelar ao culto, não teríamos acesso a Mob perceber o porquê de ser importante ficar nesse ano no Top 10 da maratona e, dessa forma, rendilhar a narrativa do episódio.
Contudo, chamo à “secção” do culto red herring the sequel por senti que foi mais algo lançado para distrair as nossas atenções da tempestade que se aproximava.
O culto vai ser relevante? Vai, sem dúvida. Neste episódio tivemos acesso a mais migalhas de informação e já deu para perceber o seu crescimento (muito paralelismo com a cientologia eu acho). Mas aqui não os vi de outra forma que não fosse, mais uma coisa para termos em mente.
Mezato deixa o Mob em paz… Queres que o nosso Shige lidere um culto porque parece divertido? Pó c*****!
This Fire is Out of Control…
Yap, o final do episódio. Estava ansioso que o Mob chegasse a casa para comer os emblemáticos takoyaki no seu seio familiar, rodeado de carinho e apoio depois de um dia difícil, mas que em última instância, se provou de grande crescimento.
Mas, assim que vi o Ritsu ir abrir a porta e não aparecer um jump cut dele a abrir a porta a Mob, ou Mob do lado de fora à espera que a porta abrisse, que eu entendi a forma como falhei em entender os sinais deixados sempre que os pais apareceram… *** about to hit the fan!
Não estava a contar com o fogo e, embora não conheça o quão dark consegue ir o ONE-sensei, não creio que o “óbvio” tenha acontecido a Ritsu e aos pais de Mob, mas não deixou de ser tenso e de custar ver o Shigeo a atravessar a casa em chamas e a deparar-se com aquela cena…
Tadinho! Esmaga-os que nem mosquitos MOB! – Ah, obra errada xD
Fanboy Zone:
- Disto…
… para isto:
- Gostei de ver o Teruki com mais tempo de antena e gostei que tivesse sido partilhado com o Ritsu em toda a cena do consultório com a Tsubomi.
- Muito fashion e funcional.
- Forward… Always… Always… Forward…
- ???
Notas Finais:
Episódio #8 chegou e estava na altura de mudar o ritmo da série e introduzir os obstáculos malévolos e “fantásticos” que permeiam a obra.
A chegada do Sho é simultaneamente horrível e motivo de celebração. Horrível em termos narrativos e do caos que a sua vinda trouxe à aparente paz que se estava a sentir, mas celebração porque trouxe à série aquilo que também é sua característica: Mob é um herói manga e precisa dos seus confrontos físicos fantásticos, para além dos emocionais.
O opening deixa antever a chegada desses confrontos e the time is now…
Apesar do clímax parecer cair na sequência final, o terrível drama introduzido não apaga o positivismo que embebeu o resto do episódio: Mob superando obstáculos, uma família que o apoia e uma figura paternal que puxa por ele – love it!
Mas agora, it’s time to du… obra errada novamente. Agora é tempo de batalhas psíquicas!
E tu, que achaste deste episódio? Estavas a contar com um final de episódio assim? Veremos batalhas tão incríveis quanto a do episódio #5?
Deixa nos comentários a tua opinião!
Mob Psycho 100 II – Opinião Semanal