Título: Gakuen Babysitters
Adaptação: Manga
Estúdio: Brain’s Base
Demografia | Género: Shoujo | Vida escolar, Slice of Life, Comédia
Ficha Técnica: Indisponível
“Endless happy world” – Daisuke Ono
Gakuen Babysitters – Um enredo de aquecer o coração
Gakuen Babysitters é um slice of life saboroso. Daquelas obras que nos deixam com um sorriso nos lábios e uma lagriminha a espreitar, no olho. Além de extremamente adorável, aborda temas que não vemos com frequência na literatura japonesa, e muito menos no pequeno ecrã, tais como a infância, a educação infantil, o valor da família, a criação de laços em criança e jovem adulto, entre outros. Como pináculo criativo temos estes temas trabalhados de forma simples e fluida de modo a que a mensagem seja transmitida com a harmonia e o carinho que tanto caracterizam Gakuen Babysitters.
Estas características são entregues através de personagens como o Kotaru, que é simplesmente a criança mais adorável que possam imaginar! Criada na perfeição para nos deixar de coração derretido e soltar ternurosos “ohhhh“, inconscientemente! Só para preencher a dose de fofura – que já é muita – adicionaram mais 5 fofuzuras com as personalidades mais… adoráveis! É… podemos dizer que é um banho de fofura difícil de controlar…
Mas será Gakuen Babysitters apenas um anime adorável?
Não! Gakuen Babysitters é adorável sim, mas é muito mais que isso. Começando pela cereja no topo do bolo, a comédia!
Juro-vos, não é por ser mega fã da manga, e ser o tipo de histórias que aprecio, mas a comédia é mesmo bem feita! Eles pegam nas particularidades das crianças e usam-nas a favor da narrativa, criando uma espécie de bolha que nos faz acompanhar a trama como mais um elemento daquele jardim de infância.
Esta imersão não seria possível sem a qualidade da apresentação das personagens.
Gakuen Babysitters não é uma obra complexa, não possuiu qualquer tipo de adorno ou drama na sua construção que crie uma ascensão singular de cada personagem. Em vez disso, a aproximação que sentimos pelas personagens advém da simplicidade das mesmas.
Taka é a típica criança teimosa e irrequieta, o Hayato Tamitani o rapaz sossegado e desportista badass que tende a resolver os problemas com “pancadinhas de amor“, a Kirin a doce menina de personalidade forte etc, etc. Em suma, conseguimos descrever as personagens com a mesma facilidade com que nos ligamos a elas.
Por serem tão características, acabam por ser extremamente orgânicas dentro daquele conceito. Passados poucos episódios já conseguimos adivinhar quando o Taka vai chorar! (Que difícil, não haja dúvida…)
Claro que nem tudo é ouro. Infelizmente, e como dá para reparar, existe um número enorme de personagens para apenas 12 episódios. Tratando-se de uma série que gira em torno de dois protagonistas, os irmãos Kashima, e das suas relações com as pessoas à sua volta, acabamos com um sabor agridoce. Há personagens que simplesmente surgem nos episódios para eventualmente aparecerem quase que “ao acaso” noutros. Na manga conseguimos acompanhar a ideia de “vida escolar” e não estranhamos, mas no anime isso nem sempre é perceptível.
Como se trata de uma escola e a maioria dos intervenientes são de turmas diferentes, a fugacidade com que eles surgem é equivalente à de um dia a dia agitado nas escolas japonesas. Claro que este tipo de interações deverão ser avaliadas pelos produtores, sob o risco de darem a menos que o devido de cada personagem secundária. Que acredito que foi o que aconteceu com personagens como a família Nezu ou o Inui.
Gakuen Babysitters – Um ambiente harmonioso
Felizmente, a harmonia de Gakuen Babysitters desfaz todos os possíveis plot holes que poderão aparecer. As cores pastel e o character design a explodir de fofura apagam qualquer resquício de confusão da nossa mente.
O objetivo desta obra é claro: heart-warming, em bom português, aquecer o coração. A animação é simples, fluida e coesa, sem grandes sequências ou cenas de qualidade e execução acima da média. O foco não é deixar-nos deslumbrados pela qualidade técnica, é aquecer o nosso coração. E acredito mesmo que a animação e coloração está no ponto para esse efeito.
Quanto à banda sonora, além dos fantásticos e “on point” temas de abertura e encerramento, devo dar um bem haja aos dobradores/seiyuu! Sei que nas minhas primeiras impressões referi que uma ou outra voz era uma pouco estranha, mas confesso que o “primeiro estranha-se depois entranha-se” assentou-me que nem uma luva no final destes 12 episódios!
Gakuen Babysitters – Uma ternura que deixará saudades
Sou fã incondicional de anime. Se me acompanham neste blogue sabem que tenho uma queda por obras um pouco underrated, muitas delas heart-warming. Depois de uma semana de trabalho, chegar a casa e desfrutar de uns 25 minutos de pura paz e harmonia é algo que não dispenso e obras como Gakuen Babysitters foram criadas na perfeição para esse efeito.
Pode-vos parecer que é uma obra vazia e linear, mas não entendam mal, lá por ser uma série episódica não significa que não tem conteúdo e, muito menos, que este seja vazia. É uma obra rica dentro dos temas que aborda!
Claro que é sobretudo uma comédia slice of life, pelo que só a aconselho a quem desejar assistir a algo dentro desses géneros. Ainda assim, é uma boa obra que poderá constar no reportório de qualquer amante de anime sem que sintam que é “tempo perdido”.
Queres saber mais sobre a série? Podes também ler:
Gakuen Babysitters – Primeiras Impressões
The Review
Gakuen Babysitters
Uma adorável obra que nos aquece o coração desde o primeiro episódio.
PROS
- Personagens
- Construção da história
- Design de personagens
CONS
- Animação
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