Depois da minha análise ao Guilty Gear Xrd Rev. 2, o ptAnime desafiou-me a fazer a análise de mais jogos da série Guilty Gear. Para quem me conhece, sabe que isto é um desafio que eu teria de aceitar!
Para isso, vamos recuar até ao maravilhoso ano de 1998 onde um homem chamado Daisuke Ishiwatari criou um jogo que seria mais tarde desenvolvido pela Arc System Works: o Guilty Gear.
Com o subtítulo de The Missing Link no Japão, Guilty Gear saiu em Maio de 1998 nas lojas japonesas para a PlayStation. Depois de retirado o subtítulo, o jogo iria chegar 5 meses depois, em Outubro, à América, mas apenas em Maio de 2000 à Europa (2 anos depois do seu lançamento original).
Em Maio de 2007, foi lançado para a PlayStation 3 no Japão e em Agosto de 2009 no resto do mundo. A versão jogada para esta análise é a mais recente para a PlayStation 4, que saiu em Maio de 2019. Esta versão saiu igualmente para a Nintendo Switch e PC (via Steam), em conjunto com o jogo Guilty Gear XX Λ Core Plus R.
Estas versões não mudaram nada no jogo, apenas adicionaram bordas nos lados para manter um aspeto 16:9 nas televisões da altura. Mas, sem mais demoras, Heaven or Hell?! Let’s Rock!
Guilty Gear – Análise ao Jogo (PlayStation 4)
Jogabilidade
Guilty Gear é um jogo de luta 2D com o foco na sua jogabilidade rápida e focada em combos. O jogo tem 10 personagens base, com mais 3 para desbloquear (Testament, Justice e Baiken). Contém ainda 13 arenas, uma por cada personagem, onde as batalhas são disputadas à melhor de três rondas.
No menu inicial podemos encontrar quatro opções: Normal Mode, Versus Mode, Option Mode e Training Mode (Nomes bastante simples e intuitivos).
O Normal Mode é o nosso modo de arcade. Depois de escolher uma personagem, o jogador terá de enfrentar 11 lutas para ter o final da sua personagem. Quanto à história, este é provavelmente o jogo com menos conteúdo dentro dele mesmo. A única informação que temos no manual do jogo é que isto é um torneio para parar um ser chamado Justice de renascer.
Se este modo for passado com um dos protagonistas (Sol Badguy ou Ky Kyske) sem perder qualquer encontro, o jogador terá um décimo segundo combate na forma de Baiken, a personagem secreta. Isto não é um feito fácil, daí o jogo ter uma tela de parabéns se o jogador conseguir fazê-lo.
O nosso modo versus é o que já se está à espera de um jogo de luta: um modo onde dois jogadores se podem defrontar. Antes de escolherem as personagens, os jogadores podem escolher uma arena pressionando no botão Start ou no seu equivalente na consola que usarem.
No modo de treino, os jogadores podem premir Select (ou o seu equivalente) para abrir o menu de configurações, onde podem mudar as personagens ou até mesmo o nível de Chaos (barra que se usa para ativar os Chaos Moves).
O modo de opções serve para se mudar de controlos, ouvir a banda sonora, gravar/carregar, ligar ou desligar a vibração do comando, Frame Skip e o volume do jogo.
Mecânicas de Jogo
O jogo tem 6 botões: Soco, Pontapé, Slash, Heavy Slash, Taunt e Respeito. Os movimentos especiais das personagens (que aparecem quase todos na tela de carregamento, antes de uma luta) podem ser executados com movimentos direcionais específicos mais um destes botões de ataque.
Os Taunts podem ser cancelados, mas os Respeitos, que são uma espécie de “Reverse Taunt” não podem ser cancelados.
Adicionalmente, o jogador tem mais opções para serem exploradas e descobertas como throws, launcher attacks, Chase Jump, Dead Angle Attacks e Perfect Guard.
Esta última técnica gasta a nossa barra de Chaos. Esta barra começa vazia e vai enchendo com cada golpe conectado. Esta barra pode ser usada na sua totalidade para se usar o Chaos Move da personagem selecionada.
Todas as personagens, menos 3 delas, podem carregar um certo ataque para causar mais dano. Para fazer isto, o jogador tem de fazer o input desse move específico, mas em vez de carregar no botão de ataque, deixa o dedo no botão de Taunt ou de Respeito. Ataques podem ser carregados até ao nível 3.
Por fim, cada personagem tem o seu ataque Instant Kill que acaba o jogo, independentemente da vida do adversário ou das rondas do jogo.
Juízo Final | Guilty Gear – Análise ao Jogo (PlayStation 4)
Apesar de alguns CPUs repetirem incessantemente os Chaos Moves ou os Instant Kills, o jogo não deixa de ser muito bom, apesar de ter uma curva apertada de dificuldade.
Receber a Baiken também é muito gratificante, apesar de ser fácil quando o jogador aprende sobre os loops que certas personagens têm, nomeadamente o Sol com o seu loop de Volcanic Vipers.
Análises
Guilty Gear
Um jogo clássico e intemporal que não se pode perder!
Os Pros
- Fácil de jogar
- Variedade boa de personagens, apesar do seu número pequeno e limitado
- Visuais e banda sonora incríveis
Os Contras
- Dificuldade sobe bastante a partir do sexto estágio
- Testament usa demasiadas vezes o Instant Kill, o que se torna frustrante
- Justice usa demasiadas vezes o Chaos Move que tira bastante vida mesmo quando bloqueado