Título: Gunslinger Stratos The Animation
Adaptação: Jogo
Produtora: A-1 Pictures
Géneros: Ação, Ficção Científica
Ficha Técnica: Disponível
Enredo
Quando olhei para a ficha técnica de Gunslinger Stratos The Animation, fiquei relativamente entusiasmado com os nomes que se encontram por detrás da sua génese. Nitroplus é a produtora responsável pelo desenvolvimento do jogo a partir do qual esta obra foi adaptada. É uma empresa conhecida pelos seus envolvimentos em obras como Fate/Zero (em parceria com a Type Moon) e por exemplo Aldnoah.Zero – um dos últimos sucessos contemporâneos no âmbito do género futurístico. Aliado a esta produtora ouve-se o nome Gen Urobuchi, que apesar das muitas controvérsias relativas à sua escrita, é uma das grandes mentes criativas no que diz respeito à elaboração de conceitos e argumentos de grande poderio no ramo da ficção científica atual. Com isto tudo, o último toque que me deixou certo de uma boa adaptação foi tomar conhecimento que a A-1 Pictures seria a responsável pela adaptação e criação da animação.
Dito isto, tinha tudo para dar certo não tinha?
Deu tudo e mais alguma coisa, mas “certo” é que não foi de certeza. A equipa da A-1 Pictures que está por detrás do desenvolvimento é um conjunto de amadores, nos mais variados departamentos. O conceito não é mau, mas está muito mal desenvolvido. A premissa encontra-se introduzida de forma pobre ao ponto de ser facilmente esquecida com o decurso do episódio. A exposição narrativa tanto está ausente, como nos é vomitada de formas tão horripilantes que com certeza vos irá fazer soltar uma ou outra gargalhada. Os diálogos são desprovidos de sentido, vazios e forçados.
O enredo só consegue ter dois pontos positivos, o conceito (pois não está envolvido com o anime, mas sim com o material fonte), e o final do episódio, que apesar de tudo foi misterioso o suficiente para nos convencer a ver o segundo episódio (infelizmente!).
Ambiente
O universo tecnológico, por enquanto, não passa de um aglomerado de ingredientes típicos já vistos em várias obras de ficção científica com tema futurístico, dando origem a uma carrada de elementos genéricos. O desenho é terrivelmente inconstante, possuindo erros visíveis até para o olho menos treinado, direcionados essencialmente à falha de perspetivas e de proporções corporais.
A animação saltita de forma inadequada entre o formato 2D e 3D, conseguindo afastar ainda mais o espetador. Além deste problema relativamente relevante, a própria animação é pouco fluída e bastante desleixada. Alguns segundos do filme Akira contêm mais frames, que Gunslinger Stratos em vinte minutos. Eu sei que é uma comparação completamente absurda e exagerada, e também bastante irreal, contudo parece-me um bom paralelismo para mostrar o quão má executada se encontra a animação. Não só porque é a A-1 Pictures a fazê-lo mas também porque estamos em 2015, produções assim nem deveriam ser financiadas.
A banda sonora é … espera, tinha banda sonora? Acho que se esqueceram dela neste primeiro episódio.
Agora falando de coisas menos horripilantes. A segunda parte do episódio possui uma evolução significativa em todos os aspetos (até na banda sonora!), sendo que é exatamente esta segunda metade que salva o episódio de sofrer uma nulidade existencial no mundo do Anime. A coloração fica mais interessante, a animação menos má, e as coreografias de batalha relativamente mais perceptíveis, apesar de serem completamente surrealistas. Até para um anime de ficção científica, estas são construídas de uma forma muito pouco credível.
Potencial
O que leram não foi suficiente para terem fechado esta primeira impressão? Não vejo muito sentido em continuarem a ler, a conclusão é simples: fujam desta obra!
Não vale o tempo de ninguém, a não ser que tenhas um gosto especial por aquele tipo de obras que “é tão má que fica boa e cómica”. Nesse caso convido-te a sentar e a perder vinte minutos do teu tempo neste desastre colossal da animação japonesa. É caso para questionar: A-1 Pictures, estás-te a sentir bem?
Análises
Gunslinger Stratos The Animation
Zero potencial.
Os Pros
- Nada.
Os Contras
- Tudo.