Título: Hisone to Masotan | Hisone to Maso-tan | Dragon Pilot: Hisone and Masotan
Adaptação: Original
Estúdio: Bones
Demografia | Género: Fantasia, Militar
Hisone to Masotan – Primeiras Impressões
Confesso que estava com algum hype em relação a Hisone to Masotan. Algo no design me fazia recordar uma das séries que mais me surpreendeu nos últimos tempos, Shoujo Shuumatsu Ryokou (Girls’ Last Tour). Além disso, o facto de ser um original do estúdio Bones com um visual claramente 2D puro, pesou bastante na minha escolha. Sem aquele design polido, repleto de imagens límpidas e brilhantes, Hisone to Masotan marcou pela diferença por se distanciar do típico visual moderno.
Hisone to Maso-tan – Uma obra peculiar
Desde o primeiro momento que tudo nela transpira anos 80/90. O ambiente estilo “estilo animação em Cel” foi claramente o que mais me cativou, foi a minha porta de entrada para esta franquia que, após dois episódios, me deixou rendida!
Sem vos querer spoilar ou elevar (ainda mais!) as expetativas, é capaz de ser a série mais “Ghibli” que assisti nos últimos tempos. E digo isto como o maior elogio que posso dar a uma série.
Hisone to Maso-tan é simplesmente brilhante!
Comecemos pelo primeiro episódio. Sem opening nem ending para nos spoilar, entramos na vida da protagonista, Hisone Amakasu, uma finalista do ensino secundário que, sem saber bem o que fazer no futuro, decide enveredar pela vida militar. Amakasu escolheu assim entrar na força aérea japonesa.
Como cadete, é chamada para fazer parte da Hangar 8, uma base secreta, supostamente inexistente…
Lá encontra o seu avião, ou devo dizer…dragão?
A partir daí temos o início de uma cascata de acontecimentos e surpresas que nos fazem, em apenas 25 minutos, conhecer o enredo, criar ligação com a personagem e maravilharmo-nos com o universo.
Na minha opinião, a construção dos dois episódios é simplesmente brilhante. Não há ação vibrante ou cenas de suster a respiração, em vez disso, Hisone to Masotan possui uma aura de mistério envolvida por doçura. Tal característica poderá ser uma espada de dois gumes.
Uma vez que não existe um “ultimate challenge” (pelo menos do que têm mostrado atá agora), ou algo que potencie o enredo a caminhar em determinada direção, somos envolvidos “apenas” pelo universo e personagens. Como tal, a menos que a construção seja realmente boa, é fácil nos aborrecermos com uma história tão slice of life com uma componente mística-militar tão peculiar, uma vez que as nossas expetativas têm a tendência de pedir algo mais… fantástico.
Hisone to Masotan – O How to Train your Dragon Japonês?
Comparo-a muito com “How to Train your Dragon“, da DreamWorks, uma premissa com as suas semelhanças mas que opta pela ação (o que acaba por ser uma ótima escolha tendo em conta que se trata de um filme) para guiar a nossa aventura num universo onde a relação entre dragões e humanos está a ser trabalhada.
Aqui, além do tratamento da premissa ser diferente, as personagens não são nada heróicas ou possuem ambição por marcarem pela diferença. Em vez disso, temos personagens orgânicas com uma forte componente de comédia refrescante.
Hisone to Maso-tan – Potencial
Acredito que esta produção poderá ser uma das hidden gem desta temporada. Em dois episódios não posso deduzir muito relativamente ao enredo, isto porque em nenhum momento nos dão um “objetivo final” ou “vilão”, não há nada que nos permita prever o caminho que Hisone to Masotan seguirá.
Em vez disso, temos um incrível opening que nos dá um vislumbre do que poderá ser o futuro da franquia. Em suma, se não quiserem ser spoilados não assistam ao opening e ending, MAS ouçam as músicas, sobretudo a do ending… Prometo que não se irão arrepender!
Não só são temas incríveis, como transpiram a época de finais de anos 60, inícios de anos 70. Uma homenagem que aspira a uma imersão mais profunda nesta série militar onde a fantasia ocupa o pedestal.
Análises
Hisone to Masotan
Hisone to Maso-tan desenvolve-se num universo onde dragões existem e co-habitam com os seres humanos de forma... disfarçada. Será este o How to Train your Dragon Japonês?
Os Pros
- Animação "old school" com um "feeling Ghibli"
- Personagens originais e carismáticas
- Um ending incrível!
Os Contras
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