Passa-se agora a falar, de forma breve, de alguns tipos de alojamento que podem encontrar no Japão e o que podemos esperar deles.
Hotéis
Bem, hotéis encontram-se em todo o lado e os do Japão não fogem ao normal – existem para qualquer gosto e carteira! No entanto, algo curioso que, confesso, não sei se acontece noutros locais é a possibilidade que alguns hotéis oferecem de reservar quartos para “pessoa e meia”, ou “semi-duplos”. São quartos com cama individual mas que podem ser ocupados por duas pessoas, o que os torna substancialmente mais baratos que quartos de casal normais ou que reservar dois quartos individuais.
Também existe, como sempre, serviço de pequeno-almoço (que pode ou não estar incluído na reserva). Numa das vezes que fiquei num hotel em Tóquio e tive direito a esta refeição, ela era um misto de pequeno-almoço continental com elementos japoneses. Ou seja, havia os “tradicionais” pão, manteiga e doce, e também ovos mexidos, pequenos pedaços de salmão grelhado, salsichas e até pequenas almôndegas com molho teriyaki! Em termos de bebidas não havia muita diferença em relação ao que se encontra noutros sítios: café, chá, leite e sumos.
Uma coisa curiosa que me aconteceu neste hotel que referi foi, na altura do check in, me ser dado um pequeno saco com produtos de beleza (amostras de cremes, esponjas esfoliantes e mola de cabelo), que era um “miminho” do hotel para as senhoras que ficavam lá alojadas. Um pormenor bastante simpático e revelador da cortesia nipónica!
Claro que não nos podemos esquecer dos famosos hotéis-cápsula! Nestes locais, em vez de quartos, temos literalmente cápsulas onde apenas cabe uma pessoa, cápsulas estas “coladas” umas às outras. Apesar de pequenos, estes “quartos” aparentam ter bastante conforto, com televisão e ar condicionado próprios. Este tipo de hotel tem ainda áreas comuns, como as zonas de banho ou de convívio. Se não forem claustrofóbicos, é uma opção bem mais em conta que um hotel normal.
Hostels
Os hostels são talvez a opção ideal para quem viaja em grupo (independentemente da idade) e pretende ter uma experiência mais imersiva e a menor custo. Como são mais vocacionados para pessoas jovens, os hostels costumam ter mais informações sobre eventos interessantes na área circundante, e alguns até servem de local para esses eventos! Os empregados também são na sua maioria jovens e, pela minha experiência, falam melhor e mais naturalmente em inglês do que os de um hotel, pois têm mais interacção com clientes estrangeiros.
Os quartos, como em qualquer lado, variam – existem desde quartos de casal a quartos partilhados com dez ou mais pessoas. Estes quartos partilhados também são o padrão, com vários beliches ou camas individuais, dependendo do sítio. Mas nem sempre é assim: num hostel em Osaka, tive a surpresa de ficar num quarto, que partilhei com outras 3 pessoas amigas, com chão de tatami e onde dormimos num futon ao modo tradicional!
A maior desvantagem de ficar num hostel é, sem dúvida, a falta de privacidade. A casa de banho e zona de duches são partilhadas por todos os hóspedes. Os duches são separados por sexo, mas nem sempre as casas de banho o são! Para além disso, deixar as malas no quarto que partilhamos com estranhos pode ser um pouco inquietante, ainda que haja a possibilidade de alugar um cofre para colocarmos lá as nossas coisas.
Um pormenor interessante: em todos os hostels em que fiquei era obrigatório deixar os sapatos à entrada do estabelecimento! Estes podiam ser guardados em pequenos cacifos à entrada, e em troca eram dados chinelos para se usar no interior.
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