Uma instituição vocacional, na qual várias pessoas portadoras de deficiência física e mental ajudam na criação de anime, tem vindo a reunir elogios – e críticas – segundo reporta a Sankei News.
Na Fukushi Kobo P&P, de Kyoto, uma instituição vocacional de bem-estar social na qual membros da comunidade que vivem com várias deficiências podem encontrar empregabilidade, uma equia de 11 pessoas colocou os toques finais em células digitais para o estúdio Anime R (GATE, Aquarion Logos).
Mayuko Kumagaya, de 25 anos que nasceu com paralisia cerebral, é uma das trabalhadoras anime empregada na P&P. Ela disse à Sankei, “Quando eu vejo algo no qual trabalhei na TV ou na net, eu penso, ‘Estou mesmo a trabalhar’. Quando vejo o meu nome nos créditos, sinto-me incrivelmente feliz”.
Os trabalhadores da instituição usam um software especial para corrigir linhas e pintar, digitalmente, frames chave. O treino tem a duração de 6 meses até um ano.
Denotando a sua satisfação com o trabalho, Moriyasu Taniguchi, da Anime R, disse à Sankei, “não importa se eles possuem deficiências ou não. Fazem um trabalho excelente.”
Instituição Anime para Pessoas com Deficiência Paga Abaixo da Média
Mas, devido à forma como estas instituições vocacionais foram establecidas pelo Decreto dos Serviços e Apoios para Pessoas com Deficiências, os salários na P&P são outro assunto.
Uma vez que não existe, atualmente, nenhuma provisão na lei que separa o simples trabalho manual, do trabalho anime altamente especializado que Kumagaya e os seus colegas estão a fazer, o pagamento diário para alguém que trabalha das 10 às 16 hora é de ¥800 – cerca de 6.50 €. Isso equivale, sensivelmente, a ¥16,000, ou cerca de 130 €, por mês.
Claramente, diz a Sankei, uma resolução para este problema no pagamento é necessária.
Fonte: Otaku USA Magazine