Título: Madan no Ou to Vanadis
Adaptação: Light Novel
Produtora: Satelight, Media Factory
Géneros: Ecchi, Aventura, Fantasia, Romance, Harem
Madan no Ou to Vanadis | Opening
Ginsen no Kaze – Konomi Suzuki
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Enredo
War Maidens: as conhecidas “Donzelas da Guerra”, cuja reputação nos campos de batalha faz concorrência aos mais bravos e talentosos guerreiros. É em torno delas que a história de “Madan no Ou to Vanadis” se desenrola, com uma intervenção adicional de Vorn Tigrevurmud, soldado de Brune.
Durante mais uma batalha campal, na qual um destes grupos de donzelas – de nome “Vanadis” – sai praticamente ileso, o jovem “Tigre” atreve-se a tentar assassinar uma das guerreiras desta família, mais concretamente Eleanor “Ellen” Vertalia. Apesar de falhar o seu objetivo, indiretamente o rapaz acaba por assegurar a sua salvação em vez de uma licença de óbito. Tudo porque Ellen se apaixona instantaneamente pelo talento do rapaz com o arco, a sua arma de guerra.
Horas depois, Vorn surge em território Vanadisiano, onde Eleanor confessa a sua admiração pelo guerreiro e tenta convencê-lo a ficar junto de si. Vorn não parece disposto a concordar com esses termos, ainda que se tenha tornado “propriedade” de Ellen e seja obrigado a servi-la.
Sem entendimento aparente, poderá a paixão de Ellen ser determinante na sua tomada de decisão em relação à posição assumida por Vorn? Ou será que acontecimentos futuros irão mudar a ideia do Tigre em tentar o regresso a Brune?
Com uma premissa como a apresentada em cima, não é tão difícil quanto isso levar alguém – que não conheça a obra original – a dar uma oportunidade a “Madan no Ou to Vanadis”. Eu senti-me minimamente cativado a isso, ainda que alguns géneros que surgiram em destaque na apresentação da obra me levantaram dúvidas.
Seja como for, o que é facto é que a premissa inicial foi exatamente a relatada. Um rapaz viu a sua pele salva por ser talentoso com o arco, mesmo depois de ter tentado assassinar a sua subordinante. Não faz muito sentido para uma série de guerra certo? Pois, foi o que eu pensei, mas também deduzi que os acontecimentos não seriam tão simplistas quanto estes, havendo outras razões por trás. Enganei-me, e isso deixou-me desiludido, já que é algo demasiado forçado e vai acabar por condicionar o envolvimento entre as várias personagens.
Há dias atrás, sem ter acompanhado o light novel que deu origem a este anime, tomei conhecimento que muita matéria relativa à obra original foi incluída neste capítulo de estreia. Demasiado conteúdo foi aproveitado para uns simples 20 minutos, o que resultou numa grande onda de críticas à produção. Como referi, aqui tudo é novo para mim, mas não nego que também senti um acelerar exagerado na parte inicial. A tentativa de assassinato do Tigre a Eleanor passou a voar, fazendo falta a confusão da guerra e o aparecimento de mais inimigos no caminho de Tigre até este pegar no seu arco e disparar contra a donzela. Num abrir e piscar de olhos, o jovem estava no Palácio de Ellen Vertalia, totalmente tranquilo, e junto da sua apaixonada.
Por fim, uma outra crítica ao enredo, desta vez orientada para uma cena íntima. É certo que a série denota um caráter Harem e Ecchi, mas isso não invalida que tenha o mínimo de seriedade e coerência na maior parte dos momentos, como aliás se confirma. No entanto, a forma displicente com que Tigre, um desconhecido pelo Palácio que até já tentou matar Eleanor, circula pelos jardins daquele território sem qualquer tipo de vigilância até se deparar com a rapariga a tomar banho completamente nua é, no mínimo, estúpida. Se ele ou menos fosse às escondidas … Resumindo, parece que temos um início e um fim, mas que a parte de desenvolvimento desaparece em certas cenas sem se perceber muito bem porquê.
Ambiente
Numa obra que mistura rapidamente a vertente séria com outra mais sensual e fantasista são de esperar badaladas musicais distintas. Um episódio apenas para avaliar este aspeto é muito pouco, ainda para mais quando diálogo entre as personagens foi algo que não faltou. Independentemente disso, as pequenas amostras reproduzidas deixaram indicadores satisfatórios. A ver vamos se se confirma.
O opening e o ending também são agradáveis para os ouvidos de qualquer um. Mais vos digo, a melodia do encerramento de Madan no Ou to Vanadis assenta muito bem no vídeo exibido, enquanto que na abertura, visto que a música é bem mais mexida e animada, era de esperar um conjunto de cenas mais dinâmicas.
Relativamente aos ambientes em si, é caso para se dizer que estão perfeitamente adequados às partes da história contadas até ao momento. Sem serem espetaculares, é seguro afirmar que se ajustam perfeitamente ao relatado. O maior destaque aqui vai para a desenvoltura das cenas de ação e onde a intensidade dos acontecimentos é maior. Com muita satisfação recordo o momento em que Tigre dispara uma das setas do seu arco contra Eleanor, altura em que é feito um zoom à seta veloz para se perceber exatamente o que lhe acontece. Tudo de forma detalhada. Muito bom!
Madan no Ou to Vanadis | Potencial
Continuo na expetativa, mas sem expetativa, se é que me faço entender. É verdade, com aceleração ou desaceleração na história relativamente aos volumes da obra original, o que é certo é que, depois do que vi neste capítulo de estreia, tenho dificuldade em encontrar razões que me levem a pensar que esta obra pode ir além do bom ou satisfatório. Mas pelo menos este segundo patamar mencionado parece assegurado. Tudo o que dá cor e vida à história contada exibe qualidade.
Já o mesmo não se pode dizer do enredo que, para além de ser um pouco forçado em alguns acontecimentos, parece ficar a meio caminho entre a sua parte mais séria e aquela que se preocupa em destacar os atributos das personagens femininas e em tornar “Madan no Ou to Vanadis” sensualmente cómica. Até agora as mudanças de estilos não foram feitas nos tempos certos, algo que é super importante quando o objetivo é misturar dois géneros completamente distintos. Diria mesmo que é uma tarefa muito complicada.
Aconteça o que acontecer, eu cá estarei para acompanhar Madan no Ou to Vanadis até ao fim, pelo que em 2015 serão esclarecidas todas as dúvidas do presente e as merecidas críticas ou elogios serão proferidos. Até lá!
Análises
Madan no Ou to Vanadis
Enredo forçado, acelerado e constituído por um conjunto de personagens (maioritariamente femininas) que se destacam pelos seus atributos físicos. Os aspetos técnicos são os pontos mais positivos da obra até ao momento.
Os Pros
- Banda Sonora
- Produção Visual
- Enredo
Os Contras
- Personagens