Bleach – Capítulo 593 – “Marching Out The Zombies 4”
Coincidência ou não, de um modo geral, a paragem de mangas fez bem aos escritores.
As lutas de Mayuri são por norma raras. No entanto, quando existem, são criações complexas e com o segmento “introdução-desenvolvimento-conclusão” muito bem estruturado. Deduzir que, a luta entre dois capitães deste calibre, seria algo épico não era complicado. Contudo, tentar delinear o rumo de uma batalha de Mayuri, isso sim é difícil. Como o próprio o disse num dos capítulos passados, “por vezes o melhor encontra-se nas coisas mais simples”.
A introdução é levada com uma conversa aliada com pormenores sublimares e trocadilhos por parte de Mayuri. O desenvolvimento tem a sua génese quando o Zombie Hitsugaya perde a “paciência” e salta para cima do seu adversário naquilo em que é melhor: luta corpo a corpo. De esperar, Mayuri não só estava prontíssimo para o ataque do companheiro, como também o colocou no lugar que ele precisava. Por entre artimanhas e bons truques, chega-nos o sempre fantástico ilusionismo!
A batalha começa a repetir-se a si mesma, no momento em que Hitsugaya matava Mayuri. A confusão nos olhos do usuário de gelo estava presente, mesmo sendo um Zombie. Um ciclo que se repete. Se Hitsugaya o mata, volta ao passado (antes de a batalha começar). Se não o matar continua indefinidamente pelo futuro. Mas, se o objetivo é matar o adversário, como o conseguirá fazer? Um paradoxo redundante e genial está aqui estabelecido até com alguns pormenores metafóricos.
A questão que fica a zumbir nas nossas mentes é a mesma que Mayuri colocou: “Quando é que a droga foi administrada?”. Será que foi nesta batalha? Ou a droga sempre esteve administrada em todos os capitães de forma a Mayuri evitar a sua morte?
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