Bleach | Capítulo 651 – ” The Theatre Suicide Scene 5 “
Ainda que não tenhamos obtido um capítulo flashback, foram-nos dadas algumas janelas do passado ao longo do mesmo, e através destas conseguimos ver Kyouraku enquanto jovem. Como era esperado, este tinha uma relação com a mãe de Nanao. Esperei uma ligação mais direta, no entanto, e melhor desta forma, Kyouraku e a mãe de Nanao eram cunhados por intermédio do irmão deste.
Portanto, o Capitão e a Tenente são de facto relacionados por laços familiares e não por laços de sangue diretos. E, embora tenha especulado que essa seria uma das razões pela qual Kyouraku era capaz de utilizar a Zanpakuto de Nanao, isso não se revelou dessa forma. Além de que, a explicação de Kubo foi bem melhor que uma simples relação de sangue.
A maldição das Ise
A linhagem das Ise (à qual Nanao pertence) é exclusivamente constituída por mulheres. Sendo assim, sempre que as mulheres desta família queriam casar, eram obrigadas a sair da linhagem para o conseguirem. Porém, e como se tudo isto não fosse suficiente, todo o Homem que esteve envolvido com uma Mulher desta linhagem, acabava por contrair uma maldição, levando-os a uma morte prematura.
A mãe da Nanao, não quis seguir esta “lenga-lenga”, renunciou a família, abandonou-a, e casou com um homem. Este, não fugiu à regra dos outros, e acabou por sofrer de morte precoce. Este homem, era nada mais nada menos que o irmão mais velho de Kyouraku.
O Capitão, aparentemente, não tinha uma grande ligação com o irmão, mas isso mudou com o aparecimento da mãe de Nanao. Mostrando não só aqui, mas em vários momentos que estes dois tinham uma ligação muito forte, como por exemplo as várias indicações de que o Kimono que este usa atualmente lhe pertencera. O último desejo da mãe de Nanao foi que Kyouraku guarda-se a Espada da linhagem das Ise. E assim o fez…
Katen Kyoukotsu e a Shinken Hakkyouken
Neste ponto mais vale começar pela premissa, e pela questão que pode ser erroneamente interpretada como uma falha narrativa. Afinal, como poderia um Shinigami usar a Zanpakutode de outro Shinigami, se sempre nos foi dito que esta é realizada através de uma ligação espiritual única entre usuário e katana. Isto resume-se ao simples e brilhante facto da Espada das Ise, ser precisamente isso, uma Espada, e não uma Zanpakuto.
Kyouraku nunca utilizou a espada das Ise, revelando a sua legitimidade enquanto usuário de “espadas gémeas”. Portanto, a Katen (mais velha, mulher de Kyouraku) teve uma filha, a Kyoukotsu (mais nova). Isto explica logo a razão de serem tão semelhantes uma à outra. E como referi numas análises atrás, a pequena representa a Shikai, e a adulta representa a Bankai. Se isto se pode inverter, não sabemos.
Considerando que a reprodução se dá pelos mesmos métodos, à partida diria que Kyouraku e Katen são os pais de Kyoukotsu, dando origem assim a uma nova Zanpakutou. A Kyoukotsu com a sua habilidade única escondeu a Shinken, tentando evitar que a maldição das Ise se propaga-se na Nanao.
Afinal esta Batalha não foi escrita para o Kyouraku
O Capitão Comandante não conseguiu dar conta do recado, tendo escolhido batalhar contra um adversário que se revelou imune às suas habilidades. Tendo em conta que Lille é a personificação de um elemento divino, nada melhor que uma Shinigami de linhagens espirituais para o derrotar. Treinadas em cânticos, selamentos, peritas em nulificar Deuses, e que possuem uma espada que por acaso tem esse mesmo propósito.
Já para não falar do facto de a Nanao nunca ter usado aquela espada na vida, será que é só segurar os espelhos, refletir um ataque do Lille e voilá?
Se os elementos que constituem o capítulo foram maus? Não, de todo. Foram todos muito interessantes, mesmo que alguns pareçam saídos da caixa de invenções mais recentes do Kubo para poder dar relevância a todas as personagens antes de terminar a obra. A arte continua com uma organização incrível, com o poder de contar a história em poucas palavras.
Se no seu todo está a ser uma batalha fraca e de uma incrível falta de respeito para uma das melhores personagens de Bleach? Sim.
E vocês, o que estão a achar desta batalha?