Fairy Tail – Capítulo 384 – “Attack of the Stars”
A obra prima de Hiro Mashima é frequentemente menosprezada comparativamente com os restantes Shonen. Demasiado monótono, demasiado simples e sem grandes surpresas onde tudo que acontece surge de forma regular e com foco no “poder da amizade”, a principal demanda da famosa Guilda.
Dito isto, fácil prever que capítulos como o desta semana silenciaram muitos dos críticos deste manga.
O capítulo continua a saga de Lucy, finalmente com algum destaque, todo ele envolve uma desmistificação da personagem querida de Hiro. Os magos celestiais regem-se por determinadas regras, impostas para sua própria sobrevivência, contudo Lucy vê-se obrigada a quebrar uma delas: convocar 3 espíritos celestiais simultaneamente. A única sobrevivente da maldição Alegria chama o seu último trunfo, a sua “amiga” mais antiga Aquarius.
Com os 3 espíritos do Zodíaco, a batalha parecia equilibrada, um 3 contra 3 seria aparentemente certo. As surpresas principiam com as primeiras conclusões precipitadas por parte dos leitores, a discrepância de poderes não podia ser maior: Trafzer vê as suas forças renovadas com a entrada de Aquarius e sua água para o campo de batalha. Em seu meio natural, facilmente derruba a manipuladora de água. Jackal, antes impedido de se movimentar pela água, encontra-se livre para o contra-ataque. É a vez de Leo e Virgem sofrerem nas suas mãos.
A esperança desvanece-se como se de uma rajada se trata-se, num simples ataque, os trunfos da maga estelar foram totalmente aniquilados, acabando indefesa nas mãos dos verdadeiros demónios.
O duplo significado da descrição de Lucy proferida pelos demónios tocou até o mais insensível dos críticos, afinal quem não a julgou como sendo uma personagens oca e incapaz, com peito excessivamente grande e que apenas servia para fanservice?
O autor decide, por fim, demonstrar algum do poder que reservou à sua primogénita: a capacidade de convocar o Rei dos Espíritos. A única hipótese de vencer vem, porém, com um preço muito elevado: abdicar de uma das chaves douradas.
Das cenas mais marcantes de toda a obra, presenciamos o ponto de vista e história da relação conflituosa de Aquarius e Lucy. Amigas? Inimigas? Nunca ninguém percebeu muito bem a natureza das duas mulheres.
O ódio de Aquarius pela sua portadora apenas é ultrapassado pelo respeito a Leila, e agora, por algo mais em relação à sua descendente. O sacrifício é necessário, mesmo contra vontade e desespero, Lucy sabe que é a única hipótese.
A quebra ocorre, o Rei dos Espíritos Celestiais é convocado para o campo de batalha. Um dos melhores momentos do arco ocorre e graças à “inútil” Lucy. Quem diria que seria ela a realmente salvar a Guilda e o mundo mágico?
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