Naruto – Capítulo 670 – “The beginning…!!”
O hiatos protagonizado por Naruto chega ao fim neste capítulo explicativo. Kishimoto cedo nos habituou às suas explicações tardias, ao cruzamento de histórias, e sobretudo à enorme teia de enredo que este mesmo criou à volta do jovem ninja que sonha um dia ser Hokage.
“The beginning…!!” é mais uma prova que tudo nesta obra está ligado, tudo tem uma razão de ser, e o passado e presente não são assim tão diferentes quanto isso. O efeito espelho é continuamente objecto de eleição deste autor.
Ao longo das últimas publicações Naruto encontrava-se num estado de “coma” ou “quase-morte”, induzido pela extração da Kyuubi. Estaria ele somente adormecido, inconsciente? Claro que não, infelizmente considero totalmente expectável algo estar a acontecer longe da vista dos restantes personagens, algo que só o Naruto pode ter acesso, ainda para mais nesta fase, que se aproxima vertiginosamente do clímax final.
Uma nova personagem é nos apresentada, de seu nome Hagoromo, desde logo nos apercebemos das semelhanças com o famoso, Eremita dos Seis Caminhos. Obviamente tais características passaram despercebidas pelo nosso protagonista, com a excepção do Rinnegan, tão bem conhecido por este através dos seus encontros com Nagato.
O velho sábio caracteriza-se como uma entidade que transcende a tempos e épocas, apesar de já estar morto seu espírito perdura. Consciente do estado desta guerra decide agora intervir ao contar, mais uma vez, a tão famosa história do nascimento da era ninja, do Chakra e a relevância dos seus dois filhos Ashura e Indra, salientando as semelhanças do primeiro com Naruto.
Ao longo da narrativa do Eremita, dificilmente não associamos a velha história dos irmãos com a de Naruto e Sasuke, o “bom-em-nada” Naruto e o génio Sasuke, o lutador e conquistador de multidões Naruto vrs o especial, o poderoso Sasuke. Apesar de os nomes dos irmãos serem claramente diferentes, dificilmente conseguimos ler sem comparar, ver sem achar que tais atos, esforços e divergências são espelhos entre o passado e o presente.
As reencarnações dos dois irmãos têm o seu peso ao longo do desenvolvimento e crescimento do mundo ninja. Kishimoto não nos surpreendeu quando revelou a reencarnação do bondoso, tolerante e poderoso Ashura, conseguirá nos surpreender com o de Indra?
O próximo capitulo promete a continuação desta extensa, e quiçá um pouco repetitiva analepse. Conseguirá o autor, por fim, nos surpreender?
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