One Piece | Capítulo 797 – ” Rebecca “
Com um título tão elucidativo quanto “Rebecca”, é fácil de concluir que as nossas antevisões para o conteúdo do capítulo 797 de One Piece estavam corretas. Luffy, após ouvir o quão injustiçada se tornou a relação de Kyros e Rebecca, decidiu aquilo a que fomos habituados: tomar a ação que ele considera correta e fazê-la pelas próprias mãos, quando os outros não o podem fazer por eles. Neste caso estava em questão o facto de Kyros não pertencer à realeza, e isso abanar a dinastia, colocando Rebecca como uma princesa que apenas tem 50% de sangue que pertence à nobreza.
Ainda que com algumas manobras narrativas Oda tenha levado (provavelmente) muita gente a achar que Rebecca se iria juntar aos Mugiwara, não é sobre isso que este capítulo se trata. Como já referi, Luffy apenas quis levar Rebecca onde ela pertence, junto a Kyros. Aqui acho que, apesar deste tipo de ação pertencer à personalidade de Luffy, num passado teria sido ainda mais impulsivo. Desta vez, e apesar do pouco tempo que tem para tal, vemos uma linha de pensamento, vemos um diálogo com as questões corretas, que levam à resposta rápida de Rebecca. Luffy fez de novo a coisa certa, todavia isso continua-lhe a trazer o ódio da população. “Uma vez pirata, pirata para sempre”.
Com algumas quedas (Usopp), alguns desvios (Zoro) e outros com afazeres mais ou menos misteriosos (Law e Luffy), o grupo da Aliança vai progredindo com a ajuda uns dos outros até atingir a margem. Estes atrasos vão sem dúvida causar embates desnecessários, mas possivelmente épicos (e claro, muito curtos), uma vez que o temível Fujitora chegou a toda velocidade e sabe-se lá onde anda o Sengoku!
Este capítulo deixa-nos então pelo menos dois grandes mistérios, sendo a localização de Law um deles .Terá ido à procura do corpo de Flamingo para o usar como manobra contra o Kaidou? Para obter informações cruciais à sua derrota? Ou até algo mais?
Sendo que o outro mistério se encontra na linha narrativa do Luffy, onde vemos um grupo de marinheirosa cair do nada. Ao que o vice-almirante questiona: Haoshoku (Haki dos Reis)? No entanto, conclui-se rapidamente que não pode ser isso, pois a consequência natural é deixar as pessoas inconscientes, coisa que não aconteceu neste caso. Algo físico não deve ter sido, além de que Luffy se encontra longe, está com a Rebecca às costas. Será que ele consegue controlar o nível de Haki utilizado, regulando deste modo se deixa ou não as pessoas inconscientes? Pode ainda ter sido outra pessoa a intervir, o que me parece menos provável de ter acontecido.
Resumindo e concluindo, por norma o momento emocional, típico de fecho de arc, teria como precedente o habitual banquete. Não obstante, e devido às circunstâncias, desta vez esse formato foi quebrado mas não nos deixou sem o momento de carga emocional. É certo que devido à quantidade de personagens e à longevidade deste arc, perde-se um pouco, ou melhor, esquece-se momentaneamente a ligação que temos por determinadas personagens, que foi rapidamente reacendida com os diálogos escolhidos a dedo e com as imagens oportunas. Este capítulo na sua maioria criou arrepios, em contrapartida, para os menos fãs da personagem Rebecca poderão tê-lo considerado mais aborrecido que o normal.