A sociedade nipónica é enormemente competitiva e exigente, como qualquer fã de manga shonen de ação provavelmente sabe. Estudantes que vão a cram school depois das aulas normais, trabalhadores de escritório que trabalham até altas horas, e existe o uso frequente da palavra, ganbaru, que significa “faz o teu melhor”.
Mas o artista manga, Michihiko Tōei (Concierge, The Last Restaurant, Yōkai no Shi’ikuin-san), acredita que a pop culture moderna está, por sua vez, a baixar os padrões e a validar feitos medíocres para a sua audiência. Ele serviu-se do Twitter para explicar.
Mangaka critica Validação da Mediocridade pela Cultura Pop:
“Sou maravilhoso da maneira que sou”, “cada um de nós é naturalmente especial”, “não tens que ser o número um” – a verdade é, todos os trabalhos criativos que afirmam isto, estão a mentir para terem vendas. Se eles o dizem, toda a gente vai alegremente comprá-los. Se realmente acreditarmos nisto, fazer uma recuperação nas nossas vidas, torna-se mais difícil.
Desde o final dos anos 90 até aos primeiros anos do novo milénio, temas como “não tens que te esforçar”, “não tens que sobrecarregar” e “não tens que insistir” tornaram-se comuns, mas olhem para onde seguem as vidas dos jovens que cresceram com estes ideais.
Se olharem para protagonistas de populares manga dos anos 70, vão entender que foi uma altura onde, se não colocassem a vossa vida em organizações ou missões ou aptidões, não eram aceites… bem, tudo bem, talvez fique com a sensação que isto vai longe demais, mas se não colocam tudo o que têm em viver, ficarão com nada a não ser arrependimentos.
“Colocar tudo o que têm em viver” pode ser uma expressão bizarra, mas não é melhor a perspetiva de alguém como Kazuhiko Shimamoto?
O estilo de Shimamoto-sensei foi descrito por Jason Thompson como “mundos de suor e sangue, de balões de fala aos gritos e grandes cabelos negros”.
Fonte: Anime News Network