Quando vi o trailer deste filme, a minha memória levou-me, de imediato, a um particular anime, criado em 1952. Foi exatamente por isso que não me espantei ao saber que os dois anime têm tanto em comum.
Fiquem comigo nesta análise ao filme Metropolis!
Metropolis – Análise do Filme
Metropolis – a origem
Esta obra futurista foi baseada no Manga com o mesmo nome, criado em 1949, por Osamu Tezuka. Se este nome vos é familiar, provavelmente será devido a uma das suas obras mais famosas: Astro Boy! Foi exatamente este anime que recordei ao assistir o trailer de Metropolis. Tanto o tema como a animação são, inegavelmente, similares e ambos os anime partilham também o mesmo diretor: Rintaro.
No que respeita ao escritor, ao contrário do que pudesse pensar, não foi Osama quem escreveu Metropolis, mas sim o – também – famoso Katsuhiro Otomo, criador de Akira (podem ler mais sobre ele no meu artigo “Vamos falar mal de Akira!“).
Agora que sabemos da origem do filme, vamos ao resto 🙂
Metrópolis – o enredo
Entramos na futurista cidade de Metrópolis onde humanos, robots e ciborgues se misturam. Nesta cidade, a figura mais emblemática é o Duque Red, o governador oficial e responsável pela construção de Zigurate, uma torre gigantesca que, segundo o Duque, irá permitir que o futuro, como conhecem em Metrópolis, chegue a todo o planeta. No entanto, nem tudo são “rosas”. A evolução dos robots veio deixar muitos humanos na pobreza, visto que ficaram sem emprego. Por esse motivo, existem grupos rebeldes anti-robots, como os Marduks, que pretendem travar o avanço de Red.
Conhecemos também dois personagens fundamentais, o detetive Shunsaku Ban e o seu neto, Kenichi Shikishima, que entram em Metrópolis à procura do furagido Dr. Laughton, um cientista contratado em segredo por Red para a construção do robot Tima. E quem é Tima? Pois bem, esta é a personagens fulcral do filme pois é ela o segredo para o sucesso de Zigurate.
Metropolis – um ambiente de detetives
Gostei imenso da banda sonora, muito à base de Jazz, o que confere ao anime um aspeto de filme de detetives antigo.
A animação, apesar de não ser das minhas preferidas, está boa, com algumas falhas nos frames. Tirando isso, está aceitável para o tipo de filme – eu apostaria num tipo de animação mais realista devido à brutalidade de algumas das cenas. Não acho que seja um filme para crianças pequenas, por exemplo, algo que a animação não sugere.
Com um Duque sedento por poder, revoluções contra os robots e um super-robot capaz de coisas inimagináveis, vemo-nos envolvidos numa corrida contra o tempo para travar aquilo que poderá ser o fim da humanidade ou, pelo menos, da cidade Metropolis!
Metropolis – os personagens
Neste filme podemos contar com imensos personagens importantes, mas vou-me focar apenas nos mais emblemáticos: Shunsaku, Kenichi e Tima.
O detetive Shunsaku é muito engraçado e bastante astuto, mas aparenta ser demasiado relaxado – damos por ele muitas vezes a comer ou algo parecido, enquanto vai investigando – achei divertido. No que respeita ao seu neto, Kenichi, este é o menino que encontra Tima. A relação de ambos é muito querida, sentimento que aumenta quando percebemos que Tima é como se fosse uma bebé – depois perceberão porquê.
Como disse acima, além destes três personagens, existem muitos outros que desempenham papéis importantes, como o líder dos rebeldes (Atlas), o Duque Red e também o seu filho adotivo, Rock, que acaba por desempenhar também um dos papéis principais, já que pretende tomar o lugar de importância que Tima representa para Red.
Metropolis – Juízo Final
No geral, foi um ótimo serão. Apesar da história ser bastante básica – um futuro cheio de robots que acaba por correr mal – está bem trabalhada! Há imensa ação, raramente há partes mortas e, mesmo havendo algumas cenas mais confusas, acaba por ser tudo explicado e conseguimos encaixar tudo a um certo ponto.
Foi um filme bem pensado e com muitas frentes para cobrir e, por isso mesmo, Metropolis conseguiu deixar-me colada ao ecrã, do início ao fim. E, por falar em fim, adorei o deste filme. Foi perfeito!
E vocês? Vão dar uma oportunidade a este filme de 2001? Antigo, mas bom! Vale a pena 🙂
Análises
Metropolis
Uma agradável surpresa, neste filme que consegue ser interessante, mesmo usando um tema tão banal. Excelente serão!
Os Pros
- Enredo
- Construção dos personagens
- Banda sonora
Os Contras
- Algumas falhas nos frames