Eu sei, eu sei. Estou absurdamente atrasado para dar a minha opinião. Não foi uma semana fácil e espero que perdoem o meu atraso. Não acontecerá isso com o episódio #8 que foi lançado hoje.
E não acaba por ser curioso? Tal como espero reconciliar-me com vocês que seguem a minha opinião, o episódio #7 encaixa bem nesse tema!
>>>ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS!<<<
Mob Psycho 100 II – Opinião Episódio 7
Não porque queira acelerar a opinião, mas porque sinceramente é o que sinto, a primeira parte do episódio, até ao momento em que Reigen decide dar a conferência de imprensa, vai ser pouco falada (mas terá o seu destaque na Fanboy Zone). Embora competente, o verdadeiro “patarrão de força” deste episódio está na segunda metade e tornou-se sem dúvida um dos meus segmentos favoritos do anime até à data.
Vamos por partes.
Parte 1: Se a vergonha alheia matasse…
O “assassínio de carácter” Reigen ao-vivo era mais que previsível e, ainda assim, meteu-se um bocado comigo todo aquele pedaço de inferno. A mentira tem a perna curta, bla bla bla, whiskas saquetas. Claro que o Reigen se ia lixar, mas mesmo assim cada segundo foi doloroso.
Eu sofro imenso quando assisto ao retratar de alguém a passar por momentos de embaraço, humilhação ou simples atrapalhação. É talvez a situação que me transporta mais para a pele da personagem e faz-me arrancar cabelos e pausar a visualização várias vezes.
F***** velho jarreta! Mesmo tendo ele razão….FFFFFFFF Reigen is ma boy!
Facto curioso: Este episódio serviu, talvez mais do que qualquer outro, como uma janela para o mundo onde decorre a narrativa.
Em quase todos os aspectos, é como o nosso mundo, mas não deixa de ser engraçado que o tipo de tratamento que Reigen recebeu, a forma como a informação de propagou (e até os meios pelos quais ela se moveu – VER ABAIXO), são em tudo semelhantes ao que aqui aconteceria a uma figura pública de elevado perfil, e lá aconteceu a um “psíquico”.
Quem diria que as pessoas levavam isso tão a sério. Já imaginaram a Linda Reis no lugar do Reigen? Referência demasiado antiga… Damn, i’m getting old!
Parte 2: Smooth & Honest, Quem sou eu? e Entraram-me Mosquitos para os Olhos:
A rápida capacidade de Reigen para se reinventar que vimos no episódio #6, bloqueou que assistíssemos ao ruir do seu “mundo”. Com o alto atingido no final desse episódio – a chamada à televisão – começou a queda livre do mestre, à qual já aludi acima. Como também referi antes, o momento em que Reigen aceita dar a entrevista marcou para mim a viragem de um episódio “baunilha”, para todos os sabores do mundo.
Para tentar agilizar o processo de degustar o resto do episódio e facilitar a leitura (espero eu) vou separar por pontos os momentos que quero sublinhar.
- O e-mail da mãe de Reigen com um pedido de desculpas já escrito:
Ela já tinha “marcado presença” no episódio passado e nessa altura, tal como sinto que Reigen fez constantemente ao longo da vida, ignorou o guião dela e prosseguiu o seu processo de reinvenção pós-Mob.
Mas desta vez, Reigen acata as palavras da progenitora, sendo este um dos sinais que retratam o fundo do poço em que se encontra. Vê-lo clicar no “Print” custou…
- A conferência de imprensa TODA!:
Seja em realização, animação ou performance de Takahiro Sakurai, toda a conferência de imprensa é, para mim, digna de ser “encapsulada” e guardada em redoma de vidro para a prosperidade.
Reigen não deixa muito para o público desvendar; é tempo de transparência e clareza. Quando ele diz que teve uma branca antes de começar a falar, pensei seriamente que iria ser mais um momento de dolorosa humilhação…
Fiquei tão feliz e colado ao monitor ao ver que a branca levou consigo toda a bullshit, mentira e pressão para ser alguém a desempenhar um papel.
Para além disso, parte de mim adorou a forma como ele dá “chapadas” de luva imaculada aos jornalistas sedentos de poder pegar em algo para tirar os últimos pedaços da carcaça de Reigen, por mais uns cliques e % de share. Pelo menos até aquele momento…
- Quem sou eu…
No episódio #6 deu para antever a grande crise de identidade que marca (ou marcava) profundamente Reigen, quando à saída do bar ele quase quebra e “desaparece” em tela branca, antes de repetir para si como uma espécie de mantra “parece que terei de me tornar alguém”.
É neste episódio que temos o verdadeiro entendimento de tudo isso. A forma como ele se sentiu deslocado do mundo, sempre quis ser alguém, saltando de interesse em interesse, agindo por impulso e tentando dar significado à sua vida, apenas para se aborrecer e dar reset. (tal como vimos mais ou menos no episódio #6).
Quando Reigen diz que um ano após estar na carreira de “psíquico”, já se sentia aborrecido e preparava-se para mudar de vida, eu senti logo que a chave para ele ter ficado seria o aparecimento de Mob, mas nada me preparou para a forma como tal aconteceu.
- Mini-Mob is love, Mini-Mob is life + Momento Chave de Introspeção:
A partir do momento em que se ouve a voz do chibi Mob, com aquela música de fundo, eu estava completamente imerso e de coração nas mãos. Ver o nosso pequeno tímido protagonista, claramente perdido e à procura de alguma luz que o guiasse, só assim Mob conseguiria falar com alguém…
Ver Reigen, que apesar de não levar a sério as palavras de Mob sobre ter poderes, entender que o “piqueno” estava mesmo preocupado com algo… É ténue, mas é claramente uma evidência do seu core self que, spoiler alert, Mob sempre viu!
Amei o momento em que vimos como Reigen se abriu sinceramente para Mob, falando sobre o seu eu passado para criar um pouco de contacto com uma criança assustada e perdida, mas que bebia cada uma das suas palavras, alimentando a esperança de que de facto não estaria sozinho e de que alguém o podia entender… M****, estes mosquitos!
Na altura e, de certa forma talvez Reigen acreditasse mesmo nisso, o conselho “genérico” que ele deu a Mob podia ter sido mesmo isso, mas como vimos em toda a primeira temporada e agora na segunda, transformou-se em algo mais!
Foi, não só, a candeia que Mob precisava para se guiar, como acabou por marcar o momento que deu significado e rumo ao próprio Reigen (mesmo que ele não se tenha apercebido), e não foi apenas por ele ter mostrado que tinha realmente poderes. Mob como inspiração para Reigen é algo tão incrível, tendo em conta como sempre acompanhámos o inverso…
Lembrança sagrada esta, hein?! Levou Reigen finalmente a perceber tudo o que fez de errado com Mob, a forma como tentou impedir o seu progresso, porque interferia com o status quo entre eles, e o egoísmo por si demonstrado. Adorei o “pedido de desculpas” do mestre e a “primeira reconciliação” levada a cabo pelo display dos poderes de Mob na sala de conferência de imprensa!
- Tu és alguém… um gajo genuinamente bom.
Claro que tinha que sublinhar a sequência final do episódio, já com o ending a dar de fundo. A reconciliação perfeita e, a meu ver, um ponto de evolução enorme para ambas as personagens. Mosquitos do c******!
Fanboy Zone:
- Mob Psycho 100 nunca desaponta e muito menos no que toca nas puns. Podemos criar algumas destas redes sociais?
- Esta cena #1:
- Esta cena #2:
- Esta cena #3:
- Esta cen… ok, não as posso enumerar todas; vá lá, só mais uma; ok… #4:
Notas Finais:
Quase nada a dizer porque acho que me drenei completamente no corpo do artigo, ao mesmo tempo que tentei não repisar demais os acontecimentos do episódio.
Vou sem dúvida rever este episódio, por motivos bem diferentes pelos quais vou rever o #5, mas com o mesmo fervor e alegria!
Venha o episódio #8, o qual já saiu…!
E tu, que achaste deste episódio? O teu coração também derreteu com o episódio #7?
Deixa nos comentários a tua opinião!
Mob Psycho 100 II – Opinião Semanal