2021 não foi um ano fácil para ninguém, isto é um facto. Em um ano tão difícil tivemos diversos animes, mangas e jogos muito bons! Monster Hunter Stories é um destes. O jogo é muito complexo e, infelizmente, não serei capaz de detalhar tudo que ele apresenta. Esta análise será dividida em duas partes, a primeira farei um resumão, a segunda irei tentar detalhar o que for possível! Prontos? HORA DE MONTAR!
Monster Hunter Stories 2 Wings of Ruin – Análise
Vamos partir do início, que neste caso são algumas explicações minhas. Eu amo um bom RPG, mas tenho muita dificuldade com este estilo de jogo, quando as mecânicas de gameplay começam a complicar-se eu fico bem perdido. MHS2 é um jogo com uma mecânica BEM complexa, mas ao mesmo tempo extremamente acessível, isso não mudou o facto de ter demorado para terminar o jogo, por um problema meu.
Quanto a Monster Hunter, já tinha jogado um pouco da franquia principal, nunca terminei um jogo, e não havia jogado o Monster Hunter Stories 1. Apesar de se passarem no mesmo mundo, e até compartilhar alguns personagens, deu tranquilamente para jogar e entender a história. Então, se não conheces a história do primeiro, podes jogar o segundo com tranquilidade.
As Asas da Ruína
Tudo começa quando os Rathalos desaparecem sem deixar rasto. Um jovem Montador, o protagonista, decide investigar o que está a acontecer. Essa é a desculpa para iniciarmos o jogo, assim como nós, também o nosso protagonista está a aprender tudo sobre ser um Montador. Na nossa busca por descobrir o que aconteceu com os Rathalos acabamos por viajar o mundo, visitando lugares e pessoas conhecidas pelos jogadores mais experientes.
Na nossa jornada somos auxiliados por diversos NPCs, um para cada região, Chival e Reverto são nomes que retornam de MHS1. O mais importante é Navirou, um curioso Felyno que também tem grande importância em MHS1 e no anime.
O Resumão
MHS2 junta o melhor do RPG com as mecânicas já consagradas dos fãs de Monster Hunter e ainda por cima tem uma pitada de Pokémon. O jogo é basicamente dividido em duas partes: exploração e batalha. Temos diversas áreas para explorar, procurar itens, segredos e monstros, cada área com a sua personalidade, rios, montanhas, árvores, neve ou lava. Enquanto explora-se é necessário usar as habilidade únicas de cada monstie, termo para os monstros domesticados. Alguns permitem-nos nadar, outros cavar buracos, outros ainda pular por precipícios. Além deste uso exploratório eles também são usados nas batalhas.
As batalhas são no melhor modelo de RPG por turno. Escolhemos a ação do nosso personagem e o resto é decidido pelo computador. A única forma de decidirmos as ações de um monstie é se for um ataque especial. Durante as batalhas é carregada uma barra de afinidade, quando esta fica cheia podemos montar em nosso monstie e usar uma técnica especial. Isso também ajuda a recuperar a energia e a retirar status negativos. As batalhas têm um esquema misto de “jokenpo”, fórmula tradicional onde certo elemento tem vantagem contra outro, aqui temos os estilos de ataque:
- Força,
- Velocidade,
- Técnica.
Além disto ainda existem as armas de Corte, de Impacto e de Perfuração. Isso traz muita profundidade as batalhas e faz de cada uma única.
Todos estes detalhes, de exploração e de batalha, juntos a uma rica história, renderam-me 43+horas de gameplay. O que para alguns RPGs pode até ser pouco, mas eu achei de bom tamanho. Considerando que há muito conteúdo pós-game para ser explorado, considero que acertaram na medida do tempo. Apesar de me frustrar, por uma incompetência minha, o jogo é extremamente divertido e acredito que veio para agradar a muitos amantes de RPG, por isso, a minha nota será 9!
Que tal agora irmos mais a fundo nos detalhes?
A vida de um Montador
O gameplay do jogo é muito rico, e eu acredito que é neste ponto que ele brilha muito. Tenho até dificuldade em definir por onde começar, mas vou tentar seguir uma lógica aqui.
Os Monstie
Os Monstie são monstros domesticados, nem todos os monstros podem ser domesticados, mas há uma grande variedade. Para “capturar” um monstro é necessário invadir uma toca de monstro e roubar o ovo do ninho. Às vezes, ao vencer um monstro em batalha, ao invés de ser derrotado o monstro foge, desta forma ele abre uma toca onde teremos a certeza de que capturaremos um ovo daquele tipo de monstro. Há tocas normais e tocas raras, tocas de submissão e outros tipos, desta forma há diversidade de mapas, tocas e riqueza de biomas para explorar. Pode-se andar com 6 monsties em nossa equipa, sendo um deles o Rathalos principal do jogo, é importante escolhê-los de forma a utilizar as suas habilidades de batalha e de exploração.
Sistema de Batalha
Já vimos que as batalhas têm um sistema “jokenpo“, neste ponto não há mistério, há somente como ampliar. Cada monstie tem uma especialidade, seja força, velocidade ou técnica, então nas batalhas temos que saber com que tipo de ataque o monstro rival atacará, para então colocar o monstie correto ao nosso lado. Os monsties podem ser trocados no meio da batalha, quantos vezes quisermos, mas somente uma vez por turno, ou seja, caso o monstro que estejamos enfrentando vá usar um ataque de força, devemos equipar o monsties de ataque veloz, mas se por acaso equiparmos o monstie de ataque técnico, teremos que esperar até o próximo turno, para trocá-los novamente.
As armas e armaduras
Outro ponto crucial em MHS2 são as armas e as armaduras, acredito que esta seja a mecânica onde o jogo mais se assemelha aos demais Monster Hunters. Como já havia dito há 3 tipos de armas, de corte, de impacto e de perfuração. De forma geral podemos generalizar as de corte como espadas e espada e escudo, as de impacto como martelos, machados e instrumentos musicais, e as de perfuração como arco e flecha, e lanças. Para as armas não há um sistema “jokenpo“, para elas é o simples fato de qual arma afeta qual parte do monstro.
Imaginemos que estás a batalhar contra um Tobi-Kadachi, aí terás que acertar nas suas Patas e Estômago, talvez ambos sejam fracos contra o mesmo tipo de arma, mas há casos em que cada parte do corpo do monstro é fraca contra um tipo. Após “destruir” as Patas e o Estômago, atacamos a Cauda dele, que é a parte mais sensível. Após vencer um monstro em batalha ele deixará itens como escamas, garras, pele, entre outros. Estes itens são usados para forjar e melhorar nossas armas e armaduras. Ter uma arma forte faz toda diferença em uma batalha longa!
Missões
Em cada cidade principal há um Quadro de Missões, são elas que irão ajudar-te a evoluir de nível no jogo. Há diversos tipos de missões, desde trazer itens, a equipar armas específicas, abater monstros específicos, etc. Mais para o final do jogo, quando estivermos com um nível alto e a precisar de uns 12k de exp para evoluir, uma missão que te dá 1010 de experiência (que pode ser repetida quantas vezes quisermos e que consiste em abater um monstro cuja estratégia já dominamos) será de grande utilidade! Elas também nos incentivam a explorar mais o mundo e todas as cavernas, o que é uma forma de fazer a exploração no jogo ser super útil.
Monster Hunter Stories 2 Wings of Ruin – Análise
O Julgamento Final
Para os meus padrões de análise esta está bem longa, e acreditem: deixei muita coisa de fora. Há ainda muitos detalhes sobre a gestão dos monstie, sobre alguns detalhes das batalhas, sobre os personagens, a história, e a própria moral por traz de tudo que ficam como uma surpresa. Monster Hunter Stories 2, para mim, é um jogo extremamente completo. O tipo de jogo que dá aquela impressão de terem pensado em cada detalhe.
Enquanto jogava existiram algumas atualizações no jogo, o que significa um cuidado da Capcom em mantê-lo organizado e a funcionar. Não comentei nada sobre os Gráficos ou a Banda Sonora, porque acredito que, apesar de ótimos, pouco importam num sistema de jogo tão bem estruturado! Mas deixemos anotado, os gráficos são ótimos, os ambientes bem vivos, as animações de batalha bem feitas. Quando um monstro está fraco, por exemplo, ele começa a babar e fica com a cabeça baixa, é um detalhe mas, numa luta contra boss, ver o monstro assim, já dá um animo extra. Também acho que o jogo adapta os monstros e todos os detalhes da melhor forma possível na passagem dos gráficos realistas dos Monster Hunters tradicionais para o anime-style do Monster Hunter Stories.
Por mim foi uma ótima jornada. Recomendo a todos jogar Monster Hunter Stories 2! Principalmente aos fãs de RPG e da franquia Monster Hunter! Vai fácil a nota de 9, simplesmente porque tem uma ou outra coisa que frusta ou irrita! Vou ficar por aqui, não se esqueçam de seguir o ptAnime em todas as redes sociais e caso queiram sigam-me no instagram @oladobeto.
Análises
Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin
Monster Hunter Stories 2, o grande J-RPG da Capcom para o conturbado ano de 2021 veio com tudo! Um jogo muito completo, com ótimos sistemas de batalhas, ótimos gráficos e várias horas de conteúdo para aqueles que gostam de completar 100% do jogo!
Os Pros
- Sistema de Batalhas
- Personagens
- Navirou
- Sistema de Forja
Os Contras
- História um pouco enrolada