Noites de Manga - Dengeki Love Machine

Olá pessoal! Estou de volta para mais uma rubrica Noites de Manga, desta vez falarei um pouco sobre a minha experiência com: Dengeki Love Machine.

Novo aqui? Não sabes do que se trata esta rubrica?

Clica aqui: Noites de Manga – Com Hari Tokeino

Noites de Manga – Dengeki Love Machine

Enquanto navegava pelos ramos sinuosos da internet descobri, ou redescobri, um conjunto de 4 one-shots que compõe o manga Dengeki Love Machine. O design das personagens chamou-me a atenção suscitando em mim aquela dose pouco suportável de nostalgia dos tempos vindouros, em que lia manga shoujo e romance de forma pouco saudável; em que obras como Yamato Nadeshiko Shichihenge e Ouran Koukou Host Club, ocupavam o meu top de romances mais desejados.

Pois bem, (como podem ver na imagem abaixo) as semelhanças do design com Yamato Nadeshiko Shichihenge são notórias! O que nem é tão estranho assim, afinal são do mesmo género (shoujo), da mesma revista (Bessatsu Friend) e foram publicados com a diferença de um ano – este conjunto saiu em 2001 e Yamato Nadeshiko Shichihenge começou a sair um ano antes, em 2000 (tendo terminado apenas em 2015).

Agora, será que a qualidade da história é a mesma?

Não. Nem aos calcanhares, coitada!

Nenhuma das 4 histórias de Dengeki Love Machine é boa, ficando-se pelo aceitável. Dá para distrair, divertir e até rir um bocado da parvoíce de algumas premissas (Like in Cinderella continua a dar-me comichão).

As quatro histórias são elas:

Electrical Shock Love Machine

Típica história de rapariga popular que recusa todos os rapazes que se propõe a ela, e acaba apaixonada por um comum mortal que não dá a mínima para ela.

Na minha opinião, é capaz de ser o capítulo mais divertido dos 4 que compõe a coleção. Os episódios entre Madoka e Bansaku são cómicos e, apesar de moralmente questionáveis, em manga shoujo fica um plot twist interessante em termos de personagens-tipo.

My Baby

Rapaz demasiado bonito para o seu próprio bem atrai multidões dos mais variados géneros e orientações sexuais. Rapariga de libido questionável e com vontade de libertar raiva através da violência, acaba por virar guarda-costas dele.

Já li “alguns” mangas escolares com esta premissa, pelo que não consigo formular uma crítica objetiva e com mínimos de qualidade: mais do mesmo.

Like in Cinderella

Rapariga pobre que acaba a trabalhar para um herdeiro milionário que a usa para sair de casa, alegando querer casar com ela.

É… a sinopse diz muito do que posso comentar, nada de novo, e também sem grande piada. Para piorar a minha avaliação a este one shot em particular, já li grandes mangas com premissas bastante semelhantes a esta, como o caso de Hapi Mari: Happy Marriage!?. Em suma, quando vejo algo tão básico a ser usado num romance, a fasquia deve pelo menos ser a mínima, mesmo em one-shot, o que não se verificou neste em nenhum dos parâmetros.

Don’t Get Me into It

Rapaz lindo de morrer consegue que todos os seus explicadores se despeçam devido à sua má personalidade. Rapariga poucos anos mais velha que ele é selecionada para o cargo.

Cliché eu sei mas, curiosamente, foi o melhor dos 4 one-shots em termos de desenvolvimento da história e temas abordados. Conseguiu expor o que pretendia, apresentar o genérico de personagens de forma coerente e ainda “surpreender” com o tema que abordou. Claro que quando digo “surpreender”, refiro-me apenas à boa nova que é ver esse tema abordado numa história onde tanto pode dar errado.