Olá pessoal! Estou de volta para mais uma rubrica Noites de Manga, desta vez falarei um pouco sobre o manga Kimi ni Koishite Ii desu ka.
Novo aqui? Não sabes do que se trata esta rubrica?
Clica aqui: Noites de Manga – Com Hari Tokeino
Noites de Mangas – Kimi ni Koishite Ii desu ka
Kimi ni koishitei desu ka (ou Kimikoi, como também é conhecido) foi um dos mangas que me deixou mais dividida, nos últimos tempo. No global, trata-se de um manga com um conceito interessante, a importância da aparência, mas com o protagonista masculino como guia narrativa. Em boa verdade, Kimikoi é bastante semelhante com um outro manga de sucesso, Ore Monogatari. Todavia, uma versão bastante inferior deste!
Tal como em Ore Monogatari o protagonista principal é masculino e possui características físicas muito pouco atrativas, inclusive assustadoras! O par feminino em ambos os mangas é o esterótipo de menina doce, pequena, ingénua e frágil fisicamente.
Apesar de ambas terem uma personalidade forte no que diz respeito à aceitação do “rapaz desfavorecido”, o sumo a reter delas continua a ser tão superficial quanto a sua descrição. Para piorar a situação a protagonista de Kimi ni koishitei desu ka, Sansa, possui como contraste o “par perfeito” como melhor amiga do protagonista, Ruiji.
É frustrante. Somos abalroados por painéis belíssimos, uma construção consistente mas bastante acelerada – algo incomum em shoujo – e um conceito que ainda tem muito para explorar. Contudo, tudo vai por água abaixo quando percebemos que a pretensão do autor é juntar a todo o custo a “menina perfeita” com Ruiji. Em suma, a partir do segundo volume é uma desilusão.
Poderiam criar algo pouco usual com a adição de uma melhor amiga do protagonista masculino com problemas amorosos orgânicos e que cativam. Em vez disso, optaram pelo genérico e criaram mais um Ore Monogatari, mas sem o Suna e a personalidade irreverente do Gouda. Ou seja, algo meh.
Kimi ni Koishite Ii desu ka – O Potencial Desperdiçado
Fiquei triste. Tal como referi em cima, KimiKoi foi dos mangas que mais me dividiu sobretudo pelo seu enorme potencial desperdiçado. Apesar do enredo não ser novidade, a construção é de uma qualidade acima da média que proporciona emoções de incerteza e de expetativa reais.
Geralmente, em mangas de shoujo escolar, sabemos quem acaba com quem. Os pares amorosos estão definidos à priori e toda a narrativa gira em torno da relação e não do seu “final”. Até ao terceiro capítulo (mais coisa menos coisa, dependendo da perspetiva) não fazemos ideia de quem fica com quem e quem é, de facto, a protagonista, se é que teremos apenas uma!
Depois de capítulos de suster a respiração na expetativa do rumo maravilhoso que tudo aquilo pode tornar, acabamos completamente defraudados. Tudo é condensado em algo pobre, incompleto e sem substância suficiente para ficar na memória.
Pontos positivos, tem um design e um clímax moment incrível! Lá está, há potencial no autor, e não se trata de alguém completamente inexperiente. Infelizmente, a história perdeu-se nela mesma, destruindo o pouco de bom que esta detinha.
Tratando-se de um manga da revista Margaret, tal descalabro deixou-me de facto estupefacta. Tenho acompanhado alguns mangas muito bons que têm vindo a ser publicados nesta revista e tenho a dizer que é uma boa revista de shoujo. Não é habitual um shoujo terminar tão rápido e aos tropeções, sobretudo um cuja a “imagem de marca” se tornou relativamente popular quando a sua estreia.
Caso para dizer que algo falhou nesta produção.
E por esta semana foi tudo! Espero ver-vos em breve para mais mangas e ficarei à espera de sugestões e comentários vossos! Até breve
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